Ato 14

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O Ato da vitória

Os dois continuam me olhando abobados. Eles foram até lá esperando o pior, e eu sou o pior. Mas como todo vilão preciso ter outro momento de glória e explicar meu plano. Talvez devesse ter lutado contra meu ego e tê-los matado naquele momento.

— Acho que chegamos naquele momento não é? — pergunto, de maneira retórica — Sou filho de Bizarro, mas estou ao lado de Despero, vamos acabar com tudo da liga da justiça ama e preza. E qual a melhor forma de começar, senão pelos seus filhos? — percebo o olhar de Poppy sobre Danton, a briga deles foi pelo fato de todos terem achado que meu ataque apenas começou por ele ter antecipado e vejo que a morena o olha com uma desculpa já pronta e não posso permitir. — Não faça isso, a culpa é dele sim! — os dois me encaram — Danton Prince Kent, o garoto prodígio, o filho dos dois maiores heróis de todos os tempos. Meu ódio por você é imensurável. — me levanto e continuo admirando toda minha vitória pelas telas, já era tarde demais para impedir o fim, mas algo levanta minha curiosidade — Posso saber o que vocês fazem aqui ?

Os dois se olham e tarde demais percebo o perigo.

— Te distrair — Poppy avisa com sua doce voz, quando me viro o projeto de Superman tenta lançar seu grito sônico, mas não adianta, consigo me proteger, sou filho de Bizarro, isso não funciona comigo e dou risada enquanto tiro minhas mãos das orelhas.

— Essa é sua distração? Achei que era muito melhor — provoco o encarando.

— Sim, essa é a distração — ele afirma e olha para o lado, quando me viro Poppy arremessa alguns boomerangs em mim e me prende na parede.

Estou preso com o símbolo do morcego ao meu lado. Estou marcado.

De maneira coreografada ele voa até mim, coloca a mão no meu coração e o congela. Eles sabem que meu coração é a fonte do poder. Talvez apenas a junção dos meus erros ou até obra do destino me levaram aquele momento, sinto todo meu poder, toda minha força, todo meu eu indo embora. Mas tenho um sopro de força para apenas uma última coisa.

— A-A-Achei que se-e-eu... irmão era mais... morcego —minha fala está lenta, embaralhada e fraca, sinto gosto de sangue na minha boca e me sinto cada vez mais gelado. — Por... isso eu... eu-eu acabei com ele primeiro —finalizo minha provocação e a vejo fora de si.

— Eu dou a porra de uma Wayne! Estou pronta para tudo! — retruca, ela mostra suas garras e perfura meu coração.

Naquele momento ela desconta toda sua raiva em mim, tudo que sente, de tudo que esconde, de coisas que são culpa minha e de outras que não são. Danton a puxa e atira de cima de mim, segurando seu rosto coloca seu cabelo para trás e deposita o pequeno beijo em sua boca, ela recua. Mas não se afasta dele.

Eles olham para a tela do computador e vem o momento em que todos os marcianos caem e que todo exército desperta do transe.

É o fim.


Notas Finais

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