ㅡ ANY ㅡ
Fazia dez minutos que eu estava rindo de "Mulher Achafone". Ou o irmão de Sofya era engraçado ou eu estava extremamente cansada. Ou os dois. Passamos alguns minutos inventando nomes novos para a minha super heroína que devolvia celulares perdidos, o que me ajudou a relaxar bastante. Eu não sabia quem ele era ou quantos anos tinha, mas era legal conversar durante o meu intervalo no Chikas Lokas. Eu até tinha perdido o sono...
Sabina de repente apareceu do lado de fora do restaurante, onde eu andava de um lado para o outro pensando em um novo nome para minha heroína. Ela se aproximou, abraçando o corpo por conta o vento frio daquele noite.
- Que nome você daria para uma super heroína que acha o telefone...
- Perdido das pessoas - terminou ela - você já me perguntou e eu disse "Capitã Celulari". Não consigo pensar em mais nada para alegrar seu namoradinho.
- Ele não é meu namoradinho - retruquei, um pouco chocada com a suposição - é um estranho!
- Um estranho que tá te prendendo no telefone a noite toda... - argumentou ela - eu não tô reclamando. Acho ótimo sua mente estar fora daqui. Acredita que o Sr. William vomitou no banheiro feminino? - Fiz uma cara de nojo. - Exato. Que bom que sua mente tá longe daqui - disse ela, olhando para o telefone - posso ver?
Estendi o telefone para Sabina, deixando que ela lesse minhas últimas mensagem e pegasse no celular super caro. Senti o vento frio finalmente bater em meus braços, observando enquanto Sabina mexia os dedos rapidamente.
- O que você ta fazendo?
- Vendo as fotos... - confessou Sabina, sem tirar os olhos do telefone.
- Não! - gritei, tomando o celular da mão dela - tá maluca? É falta de ética.
- Falta de ética meu cu! - Sabina tentou tomar o telefone da minha mão, esticando o corpo enquanto eu me curvava para que ela não pudesse pegar. Stan bateu a porta do restaurante, aparecendo revoltado do lado de fora - eu te conto como são as fotos! - disse ela, conseguindo pegar o celular - você não precisa ver.
- Que merda é essa!? - perguntou Stan, com raiva - se querem se pegar, façam isso lá dentro, onde os clientes podem ver - disse ele.
- Você é um nojento! - reclamou Sabina, caminhando para dentro do restaurante com o celular.
Stan bufou, passando a mão na careca brilhante dele.
- O que você tá esperando, mala? Vai lá pra dentro! As mesas não vão se servir sozinhas.
Caminhei para o lado de dentro e encontrei Sabina conversando com Shivani, a garota indiana que tinha começado na semana anterior. As duas olhavam para o meu celular resgatado.
- Hey! - protestei, pegando o celular de Sabina enquanto ela conversava com Shivani - era nosso segredo!
- Calma, ela não tem fotos no celular - contou Sabina, cruzando os braços - parece que a menina tem alguma coisa a esconder, já que a galeria de fotos dela tá vazia. Já tentou dar um Google no nome dela?
- Eu só sei que o nome dela é Sofya.
- Pergunta o sobrenome para seu namoradinho - falou, de forma simples - aposto que ele te conta. Ele te escreveu uma mensagem gigante agora pouco. Se fosse você, esperava lançarem o filme, porque ler tudo vai demorar muito!
Arregalei os olhos, logo me sentando atrás do bar para ler a mensagem gigante e me esconder de Stan. Eu não havia escrito mais nada, então a mensagem gigante do irmão de Sofya devia ser com o local, a hora e a data de quando eu e Sofya podíamos nos encontrar.
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A Vida é Dura Pra Quem é Any || Adaptação Noany
Hayran Kurgu+|| Adaptação noany Any tem certeza de que a vida dela é o roteiro ruim de uma novela mexicana. Quanto mais ela se mexe, mais as coisas dão errado. O primeiro ano de faculdade está muito mais difícil do que ela pensava, o trabalho à noite não a per...