Capítulo 10

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Patterson

4:00 da manhã

- Pra onde você vai?- pergunto ao acordar e ver tasha levantar do sofá.

Zapata: Fechar a janela!- responde na falha tentativa de levantar mas eu a impesso puxando-a para mim.

- Deixa aberta mesmo!- beijo seus lábios e ao olhar em seus olhos eles estavam marejados- O que foi?

Zapata: Nada!- sorri fraco desviando o olhar.

- Não sou boa nisso mas sei que está mentindo - seguro seu rosto fazendo-a me olhar novamente.

Zapata: Só não estou me sentindo bem

- O que aconteceu? Eu fiz algo errado?

Zapata: Você não fez nada tá bem?! - responde sentando no sofá.

- Então me fala o que está acontecendo, eu não gosto de te ver assim

Zapata: Eu também não gosto de me ver assim!- fala dando um sorriso triste enquanto uma lágrima corria pelo seu rosto- Lembra na última conversa que tivemos a alguns dias atrás? Eu menti! Eu não estou bem! Não estou bem com a morte da minha mãe, não estou bem com toda minha vida, eu não estou bem comigo mesma! É como se eu conseguisse me ver sem me olhar no espelho e é uma visão horrível, eu não gosto da maneira que ajo, da maneira que falo, eu não gosto de mim mesma e sentir tudo isso dói por que é sufocante e por que me sinto extremamente sozinha, me perdoa por dizer isso, não estou dizendo que você não está presente, ao contrário, você tem sido minha válvula de escape, a única pessoa que tem me feito sentir melhor mas eu sinto como se estivesse perdida e às vezes só quero ceder e não quero lutar, eu tento e tento de todas as maneiras mais tem sido falhas... Eu estou cansada de tudo isso, amor!!!- fala aos prantos me fazendo sentir um aperto no coração- Me perdoa mas não aguento mais fazer isso, não aguento mais fingir que está tudo bem, eu não aguento mais chorar escondida de você, hoje era pra ser um dia especial, me perdoa eu só não aguento mais tudo isso!!

- Calma, não precisa pedir perdão!- á puxo para meus braços na tentativa de conforta-la- Eu estou aqui meu bem! Não tenha medo de chorar.

Tasha descansa sua cabeça na curva do meu pescoço enquanto chorava e soluçava, nunca havia visto ela dessa meneira, não ter minha garota sorridente dói e saber que ela não anda bem a algum tempo só me faz perceber o quão sem atenção sou.

Zapata: Desculpa!- choraminga baixinho

- Não peça desculpas meu amor, não é culpa sua você não estar bem! Eu quem te peço desculpas por não ter percebido nada antes!- aperto seu corpo mais forte em meu colo - Vamos arrumar toda essa bagunça, eu estou aqui!- beijo seu pescoço de leve enquanto ela me abraça ainda mais.

Zapata: Eu sou uma agente não posso perder o controle assim

- Você também é humana, você também sente, não se cobre por estar cansada.

Durante um bom tempo Tasha se manteve em meu colo, aos poucos seu choro foi se cessando mas ela ainda estava bastante distante, seu rosto vermelho e olhos inchados, a mulher frágil e triste em meus braços nem se compara a agente Zapata que costuma ser tão séria e destemida.

O inesperado amor de agentesOnde histórias criam vida. Descubra agora