Capítulo 25

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2 mês depois


Natasha Zapata

Dois meses desde aquela maldita ligação e eu ainda não consigo segurar o choro todas as vezes que lembro do sorriso de Patterson. Minha vida está uma bagunça total, nesse período de tempo já tenho "dormido" em dez países diferentes sempre sendo seguida por alguém, sempre fingindo ser Audrey, uma mulher traficante. A primeira parte do plano se sucedeu muito bem e felizmente tenho conseguido ganhar a confiança de Raymond e Paul. Keaton acabou descobrindo sobre as mensagens e ligações que troquei com Rich e Patterson e me deu um bom esporro pois eu estava colocando a missão em risco.
Apesar de toda angústia que venho sentindo nos últimos dias, tenho conseguido fazer novas amizades que sempre me propõe conhecer novas pessoas. Dias depois da missão em Moscou acabei conhecendo Britney, uma agente da CIA que também estava trabalhando comigo sob disfarce.

Britney: Pensando nela de novo?- pergunta me assustando com um pescotapa

- Ai sua praga!- xingo-a puxando seu cabelo com pouco de força- E não, eu não estou pensando nela

Britney: Ok então, eu acredito, só falta você acreditar também- fala me entregando uma xícara de café- Sabe Tasha, você foi bem burra em ter feito o que fez com a nerd, principalmente por ter prometido coisas que você não cumpriria

- E você acha que eu não sei disso? Se arrependimento matasse eu já nem estaria aqui

Britney: Então que tal mais tarde a gente beber até esquecer nossos próprios nomes?

- Por que você tenta resolver todos os problemas com álcool?

Britney: Ahh não sei, minha mãe ser alcoólatra foi um grande gatilho pra isso

- Sua mãe era alcoólatra?

Britney: Sim e meu pai era usuário de drogas

- Nossa que chato! Mas se te ajuda, a minha mãe gostava de explodir bombas

Britney: Quem era sua mãe?

- Kate

Britney: Sério?- pergunta surpresa- Essa mulher implantou uma bomba na casa branca

- Pois é, ela também queria que a casa branca tivesse o tema de Star Wars

Britney: Ela era bem doida! Onde ela está agora?

- Acho que no inferno- dou de ombros

Britney: Nossa... Mas como você acha isso?

- Bom, ela levou um tiro no peito e morreu no meu colo

Britney: Ahhh tá explicado- ri sem graça- O quê acha de irmos pro bar?

- A gente chegou aqui tem menos de 24 horas, sério que você já sabe onde tem bar?

Britney: Claro ué! Na esquina dessa rua tem um

- Já que você encontrou então vamos- falo pegando o celular e pondo no bolso

Saímos da casa em que estávamos hospedadas e andamos em direção ao bar. O lugar era pequeno mas aconchegante, marrom definia a sua cor tanto pela madeira das paredes e do chão quanto pelos móveis. As músicas que tocavam baixinho no fundo eram lentas mas bastante conhecidas, havia poucas pessoas ali porém o barulho de suas risadas e conversas faziam parecer que havia dezenas de pessoas. Britney e eu sentamos em uma mesa que ficava próxima ao balcão, a mesma rapidamente compra algumas cervejas geladas e trás para mesa.

O inesperado amor de agentesOnde histórias criam vida. Descubra agora