Capítulo 29 - penúltimo

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Patterson

Depois de um longo banho, ponho um vestido longo rose e deixo meus cabelos soltos. Pego meu carro na garagem e dirijo até o hospital. Chegando na recepção as primeiras pessoas que vejo são Jane, Kurt e Brenda, os três estavam tomando café em copos descartáveis.

Jane: Que saudades eu tava de você- sorri me abraçando e os outros dois fazem o mesmo

Brenda: Como você tá?

- Bem. O restante cadê?

Kurt: Reade está no sioc, Britney está com a CIA a chamado do Keaton e Rich e Boston foram tomar banho

- Algum medico já veio falar com vocês? Tasha acordou?

Brenda: Passou um médico por aqui, pelo o que parece ela teria que fazer alguns exames mas ainda não acordou

Jane: Vocês ainda estão juntas?

- Pra falar bem a verdade, eu não sei- sorrio sem graça

Brenda: Bem que Britney nos disse que vocês são confusas- da um revirar de olhos nos fazendo rir 

-Nossa relação pode ser confusa pra vocês mas a gente se entende direitinho

Antes que os demais podessem falar algo uma médica adentra a sala de espera com um cara nada boa.

- Bom dia, meu nome Lexie sou a neurocirurgiã desse departamento. Infelizmente a notícia que trago a vocês não são boas- fala séria fazendo sinal para sentarmos- Bom, como já sabem a cirurgia feita no avião foi de grande risco, até a chegada dela aqui todos imaginamos que estivesse tudo bem, porém, estavamos errados, a bala havia ficado alojada em uma das veias do coração, ao tirá-la foi preciso parar o coração dela para evitar uma hemorragia e nesse meio tempo em que o coração dela ficou sem bater o fluxo sanguíneo não chegou até o cérebro causando sequelas

- Essas sequelas são reversíveis né?- pergunto sentindo meus olhos marejarem

Lexie: Sim e não, infelizmente essas sequelas só podem se reverterem sozinhas, para pouparmos a vida dela foi preciso coloca-la em coma induzido, pode ser que ela acorde totalmente saudável daqui a algumas horas, daqui a alguns dias ou talvez ela nunca acorde e pelo o que vi na sua ficha ela assinou a ordem para desligar os aparelhos depois de um mês em coma

Brenda: Isso significa que ela só tem um mês para se recuperar e caso não aconteça a perdemos de vez?

Lexie: Sinto muito, mas sim. Daqui a pouco um dos enfermeiros irá levar vocês para vê-la!- levanta saindo do local.

Meu corpo parecia anestesiado. Meu peito ardia, um nó logo se formou em minha garganta e ao ouvir todas aquelas palavras um desespero imenso invadiu meu corpo me deixando totalmente sem ação

Brenda: Patterson...- toca meu ombro na intenção de me abraçar mas logo me afasto indo em direção a porta- Onde você vai?- pergunta preocupada

- Me deixa sozinha...- peço sem olha-la

Ao passar pelas portas da sala de espera sigo caminho pelos corredores movimentados. A cada passo dado por mim mais meu peito doía e mais as lágrimas em meus olhos tentavam escapar, depois de andar por alguns corredores encontro uma sala completamente vazia e só então me deixo desmoronar por completo. Meu corpo cai no chão sem forças e só então as lágrimas presas foram embora junto ao choro contido, a dor que estava sentindo me fazia querer gritar, meu corpo tremia e a falta de ar se fazia presente de maneira absurda. Ao me encostar na parede me encolho abraçando meu próprio corpo e fecho os olhos desejando por um minuto poder voltar ao dia em que tudo estava bem.

O inesperado amor de agentesOnde histórias criam vida. Descubra agora