avisos: as partes (não palavras) que NÃO estão no presente estão escritas em ITÁLICO, e a mudança de ponto de vista está em NEGRITO (e o Charles foi para Londres e no momento trabalhava como advogado).
JUNGKOOK
Tic, toc.
Poc.
Um garoto estourou sua bola de chiclete de modo ritmado com o relógio, em um dos bancos mais afastados. Passara-se meia hora. Ele estava ao lado de uma adolescente, que remexia-se, inquieta, em seu lugar. Ela consertava as próprias presilhas de cabelo, sem necessidade, e repetia, para si mesmo algumas palavras, como um mantra. Estava suando como um chafariz.
Um senhor, membro do júri, sussurrou de modo bem humorado que poderia morrer de calor ali dentro, mas não obteve resposta pois os presentes no salão mal respiravam, a tensão constante entupindo-lhes a traqueia.
Do lado de fora, as crianças durante esse dia ensolarado se divertiam, completamente alheias ao que estava acontecendo ali.
Jungkook, desacostumado com a temperatura, travava uma luta interna contra afroxar ou não a gravata que adornava seu colarinho.
— Essa é simplesmente a história mais ridícula que eu já ouvi! – Jungkook exaltou-se, levantando-se da cadeira reservada ao acusado. Seokjin, seu advogado, tentava acalmá-lo ao máximo, repetindo para que mantesse a postura frente aquela audiência cheia.
Jasmine “Jamie” Parker, em contraposto, apenas recostou-se na cadeira. O olhar apático perante a fala do garoto denunciava que manteria sua palavra até o fim, não importando o que Jungkook dissesse.— Chega! – O Juíz, Dylan Hall, proferiu, seguido de três batidas compassadas com martelo de madeira em suas mãos. Acariciou as têmporas, frustrado. – Daremos uma pausa. Controle seu cliente, senhor Kim! - A partir do comando, o burburinho no salão se iniciou e, a cada segundo, aumentava gradativamente. Jungkook, desvencilhou-se dos braços de Seokjin e foi em direção a garota, desenfreadamente, antes que esta pudesse sair do local.
— Você sequer pensa antes de falar? – Pousou suas mãos sobre a mesa de madeira, olhando-a diretamente nos olhos. Antes que ela pudesse respondê-lo, Seokjin agarrou-o pelos braços novamente, sussurrando algo em seus ouvidos que o fez voltar ao seu lugar, ainda encarando-a com um olhar fulminante. Ele tinha muito a perder, e arrumar confusão durante o intervalo não o colocava em uma posição favorável.
Jungkook lembrava de quando tudo começou, no inverno do ano anterior. Lembrava do quanto estava ansioso em participar daquela sessão de autógrafos na cidade que passara a amar durante os anos em que fizera faculdade, Londres.
Afinal, como poderia esquecer do inverno onde tudo virou de cabeça pra baixo ao reencontrar aquela garçonete depois de 2 anos? De como perdera a própria história naquela tarde, a qual tanto ansiara por meses? Do lobo se escondendo atrás daquele olhar acastanhado e inexpressivo? De como ela fingiu a própria identidade de modo teatral naquele dia, mas não abandonou o personagem, até que percebesse que não era a única caçando ali...
(...)
NARRADOR
Em 15 minutos — Hall desejou que fossem mais pois derretia debaixo das vestes longas. — todos estavam de volta a seus devidos lugares. A esposa de Charles, Nancy, fazia o rosário(1), pedindo misericórdia por sua cunhada, como se já soubesse o que estava por vir.
Nancy também se lembrava de quando tudo começou para si, afinal, Jamie contaria a história para todos que quisessem ouvir, cada vez incrementando-a um pouco mais. Os jornais, como abutres sedentos por um pouco de fofoca, não tardaram em aparecer em sua porta, querendo saber um pouco mais sobre a garota que fora tratada com tanto descaso por um dos mais populares escritores da atualidade após um caso romântico. Nancy afastou os pensamentos e se concentrou no objeto em suas mãos.
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plágio;; jungkook
Fanfiction"E através daquela vidraça coberta por flocos de neve e com iluminação natalina, eu pude claramente vê-lo. Seu sorriso angelical enquanto assinava os livros e trocava palavras breves com os fãs de "seu" trabalho. No fundo ainda esperava que não foss...