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Eu começei a pensar no que eu poderia fazer para ficar. Não teria motivos concretos para ela me demitir e ainda estar feliz por isso.
Mas ao invés de eu ir para o meu quarto, vou em direção a salinha afastada.

Eu precisava visitar a Clarrice.

Eu então puxo a maçaneta da porta e o túnel está frio e o vento bem forte. Vou engatinhando até chegar ao outro lado. Logo avisto Clarrice sentada no sofá chorando.

- Clarrice? - a chamo.

- (S/N)! - ela levanta a cabeça e abre os braços. Eu a abraço e ela me puxa para sentar no sofá.

- Por que está chorando? - pergunto.

- A Sra. Grose ela quer que eu me case com outra pessoa. - ela desaba em lágrimas - Felipe! É o nome dele. Eu não gosto dele. - ela olha para os lados e sussura - Eu... eu amo outra pessoa.

- Quem? - me aproximo mais dela sussurando.

- Marcos. O meu melhor amigo. - ela chora mais ainda.

- Ele te ama também! - digo - fuja e seja feliz.

- Mas não posso. - ela funga - Não posso.

- Faça isso por você! - insisto mais ela nega.

- Não. - ela limpa as lágrimas.

- Eu também estou com problemas...

- Problemas? - ela franze às sombrancelhas e agora o assunto sou eu.

- Eu trabalho para uma senhora e ela me demitiu. Eu preciso de dinheiro para pagar a faculdade. Não sei como... - Clarrice pega as minhas mãos.

- Não vai não. - diz.

- Como tem tanta certeza?

- Por que ele não vai deixar!

- Quem não vai?

Tudo fica escuro e eu apago.

[...]

Acordo com Milles me chamando. Eu estava caida na escada com o envelope ainda em mãos.

- O que aconteceu? - Milles me ajuda a levantar.

- Eu... Fui demitida.

O maxilar de Milles trinca na mesma hora.

- Você o que? - ele pergunta e percebo o ódio na sua voz.

- Tá tudo bem, Milles, eu arrumo outro emprego. Talvez como lavadora...

- Não, (S/N)! Como a Flora vai ficar? Como eu vou ficar?

- Você? Você vai ficar bem.

- Mas e a Flora?

- Uma nova babá está vindo... - digo - Ela diz que contratou uma melhor, mais experiente. - tento ser otimista - Talvez seja bom para a Flora.

- Mais não tanto quanto você! - ele segura as minhas mãos.

- Milles, por favor! Eu não quero complicar as coisas. Eu vou ficar bem!

- Eu não vou deixar você ir embora, (S/N). Não vou.

Eu não digo mais nada, apenas dou meia volta e subo às escadas.

[...]

No dia seguinte eu me levanto às cinco da manhã, pego minha mala e desço. Sra. Grose estava na sala. Tudo estava escuro lá fora e ela olhava a lareira com um olhar vazio. Parecia que estava olhando para o nada.

- Quer que eu conte uma história,
(S/N)? - eu tomo um susto. Ela provavélmente me viu pelo canto do olho. - Havia um bebê. Um bebê lindo, nascido saudável e que tinha os olhos mais intrigantes que alguém poderia ver em toda a sua vida. - ela falava com a voz rouca, sem desviar os olhos da lareira - Havia também uma casa. Nessa casa morava uma governanta que só queria o bem para a mãe da criança. - ela tamborilou com os dedos no sofá - Ela jogou o bebê no lago e o matou.

Ela olhou para mim.

- Triste não é mesmo?

- Sim, Sra. Grose. - engulo em seco.

- Já são seis horas provavélmente Kate já deve estar no estacionamento. Está com o cheque em mãos?

- Sim.

- Ok - ela se levanta e abre a porta - Coloque a bagagem no seu carro e encontre Kate do outro lado. Foi um prazer conhecer você - ela me fita - (S/N).

Eu saio caminhando até o carro assustada com o que ela me contou. Quem faria isso com um bebê?





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Eai? Gostaram?

Não tá revisado

Eu quero terminar logo essa fic, por que tenho outras para atualizar.

Vão lá na minha nova fanfic

https://my.w.tt/nstScplWo9

Até o próximo capitulo

Kiss <33

SCARY LOVE - MILLES FAIRCHILD.Onde histórias criam vida. Descubra agora