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- Oi! - Milles entra no meu quarto.

- Oi!

- Como foi a visita aos nossos vizinhos? - pergunta.

- Foi meio maluca, mais foi até legal.

- Oi, (S/N). - Flora entra e me abraça - Ontem à noite eu tive pesadelos.

Eu não tinha nada a dizer, então a puxei para sentar no meu colo e fiquei alisando os seus cabelos. Eu e Milles trocamos um olhar de alerta.

- Hoje eu encontrei lesmas no caminho de volta. - Digo e Flora faz careta.

- Que nojo, (S/N)!

- E se eu for uma lesma disfarçada? - faço uma voz engraçada e começo a fazer cocégas nela.

Flora começou a rir que nem uma louca e Milles ficou observando a cena. Eu paro de fazer cocégas em Flora e olho para Milles.

- Tá tudo bem?

- Flora você pode sair? - ele pede sem desviar os olhos de mim.

- Claro.

Flora se levanta e sai correndo como um gato.

O gato.

Espera eu não o vi mais desde ontem a noite.

- (S/N)? Tá me ouvindo?

- Oi Milles, pode falar. - me desperto.

- Estava mesmo bebendo água ontem à noite? - Ele pergunta.

- Sim, mais por que toda essa preocupação?

- Não sei. - ele coça a nuca - Tenho tido pesadelos desde que a Sra. Groose falou que você vinha trabalhar aqui. - franzo o cenho - Isso foi antes de nós conhecermos.

Eu continuo quieta.

- Eu tenho ouvido passos. Como se tivesse alguém na casa. - eu me arrepio na mesma hora.

- Como assim? - pergunto.

- Shiiu! - ele leva o dedo aos lábios - fale baixo.

Eu suspiro.

- Olha, só tranque a sua porta e a porta de Flora à noite. - ele diz. - Eu não quero que algo de ruim aconteça.

- Pode deixar, Milles. Eu posso pedir pra ela vir dormir comigo. - digo.

Ele me olha mais uma vez e sai do quarto.

- Puta que Pariu! - murmurro. Tudo o que eu mais quero agora é sair daqui.

Então desço às escadas lembrando do que aquele velho maluco disse. Possa ser mesmo que ratos saibam que eu encontrei uma porta na casa?

Ninguém manda em mim, e não vão ser ratos que vai me impedir.

Vou para o cômodo onde está a porta, olho novamente para o quadro na parede. Quando puxo a porta, vejo que está trancada.

Começo a procurar atrás do sofá, nos potes velhos que tinha lá, e até mesmo na lareira. Quando eu não tenho mais esperanças eu olho para o retrato da mulher. Eu tiro o quadro que está na parede e lá pendurada atrás dele está a chave. Nela está uma palavra escrita em outra lingua. Provalvélmente russa.

Тридцать три года

Eu então puxo com um pedacinho de madeira velha as teias de aranha da fechadura. Coloco a chave nela e a giro.

Quando eu puxo a porta revela um tunél vazio e frio. Parecia um pequeno duto de ar. Como eu sou pequena eu consegui passar.
Vou andando e percebo que era como estar em um trapolim. É uma sensação estranha.

Quando eu vejo o final do tunél da em outra porta. Eu a empurro e saio em outra sala. Era exatamente igual. Ou seja, eu voltei para o castelo Fairchild e para a sala.

Mas logo vejo que não era bem assim.

Eu vou andando até a cozinha onde tinha uma mulher e uma adolescente.

- Ai está ela, Sra. Grose! - a adolescente fala. Ela parecia a mulher do retrato. - Me chamo Clarrice Fairchild.

- O que? - pergunto.

- Estavámos à sua espera. - ela sorri. - Eu sou Clarrice e essa é a Sra. Grose.

O rosto da Sra. Grose está mais jovem e mais firme. Os cabelos não estão brancos e sim pretos como jabuticaba.

- Cadê o Milles? E a Flora?

- Eu não conhece esses dois de quem você fala - Clarrice diz - Mais esse é o nome que eu queria colocar em meus filhos.

- São nomes muitos bonitos. - Sra. Grose diz.

- Sim. - a adolescente concorda.

Eu olho ao redor e tudo parece mais antigo.

- Em qual ano estamos? - pergunto.

- 1978. - Ela se levanta e pega biscoitos em um pote.

- 1978. - sussuro.

- Marcos está te esperando no Jardim. - Clarrice aponta para fora.

- Quem?

- Marcos. - ela diz - Meu melhor amigo.

Eu não sabia o que estava acontecendo. Apenas vou caminhando até um jardim. A sala não está com a mesma decoração. Era diferente. 

Quando vou para fora, vejo um adolescente.. Ele está poudando rosas. Quando me vê faz um sinal com a cabeça para eu me aproximar

- Oi, (S/N). Nossa como está bonita. Pena que não nós conhecemos antes. - ele diz olhando para o meu rosto.

- Como assim? - pergunto. Aquilo foi estranho e sem nenhum sentido.

- Nada. - ele larga a tesoura - vamos caminhar pelo jardim?

Eu assinto e começamos a andar.

- Aqui é bonito não é?

- Sim.

- Você pode nos visitar o quanto quiser. - ele diz - Vamos estar aqui sempre.

Em um pisca de olhos vejo Clarrice e Sra. Grose ao lado do garoto. Vejo que Sra. Grose olhava torto pra ele, com nojo e fúria.

- Até mais. - digo e eles começam a ficar borrados.

Acordo deitada na sala. Parecia que eu havia dormido ali mesmo. A porta ainda está aberta e quando me levanto pra fechar, sinto uma pontada na cabeça.

Parecia que eu estava morta.

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Oii, gostaram?
Meu Deus eu fiquei com medo. Jesus.

Próximo capitulo vai sair logo.

O capitulo não tá revisado.

Obrigada pelos votos e comentários, eu ri muito.

Kiss.

SCARY LOVE - MILLES FAIRCHILD.Onde histórias criam vida. Descubra agora