Mãe

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- Então, BANG, você simplesmente pulou na sua irmã e bateu nela? 

Questiona Josh, enquanto estamos sentados em um dos milhares de bancos de madeira que há em Constance, comendo dois donuts super caprichados.

Por um milagre divino Josh e eu não chegamos na hora certa, até adiantados um pouco, então tiramos aqueles minutos preciosos para poder conversar. 

- Foi. Ela foi uma completa idiota. – Respondo a ele, dando uma boa dentada em meu donuts, fazendo açúcar e polvilho sujarem minhas bochechas – Meu pai ficou muito bravo, e Sofya ligou para ele, dizendo tudo, e ainda me mandando ficar de castigo. 

- Seu pai te colocou de castigo? – Josh passa os dedos por seu topete loiro, bagunçando um pouco os fios. Até mesmo quando estava distraído aquele cara era bonito. 

- Não. Mas me disse para não bater mais na minha irmã. – Passo meus olhos onde um monte de estudantes vinha entrando. Eu estava torcendo internamente para não ver Brad em lugar algum, porque não queria mais problemas, e sentia que Josh poderia acabar com ele. 

- Sua irmã merecia ter aquele cabelo raspado. Dizer uma merda daquelas para você. Eu queria estar lá, aí iria mostrar para ela que ninguém faz ou diz o que quer para você. 

Sorrio com a forma agressiva/amorosa de Joshua, apertando suas bochechas e vendo ele ficar vermelho com isso.

Observo que Amber, a garota da minha classe e que estava no meio da confusão de Brad está andando em minha direção e na de Josh, e rapidamente me levanto puxando o braço do meu amigo. – Nós já podemos ir? Quero um lugar próximo do quadro hoje. 

- Ok. – Meu amigo dá de ombros, ajeitando sua mochila nos ombros e com a caixa aberta de donuts na mão. Dou as costas para de onde Amber vinha e caminho com Josh, o ouvindo tagarelar sobre algo aleatório.

Andar com ele pelos corredores me dava um pouco de segurança, já que ninguém se atreveria a me dizer algo ruim com ele ao meu lado, como um pitbull loiro e com dentes bem brancos. Pelo menos essa segurança eu tinha. Por alguns minutos. 
(...)

Eu fazia uns rabiscos aleatórios na parte de trás do meu caderno, meu polegar na boca, mordiscando a minha unha, e torcendo para aquela aula acabar logo.

Minha professora de artes explicava sistematicamente sobre texturas, e eu querendo fazer uma na cara dela, até que meu celular em cima da mesa vibra. 

Número desconhecido: oi 

Mordo o lábio ao ler isso. Ninguém de número desconhecido me manda mensagens, e a única pessoa para quem passei meu número foi Heyoon. Meu deus, será que é ela? 

Oi.

Número desconhecido: é a Heyoon :)

Oi Heyoon! Que bom que me enviou mensagem, eu não teria coragem de fazer o mesmo. 

Heyoon: eu sei! A gente se conhece pouco Sina, mas sei o bastante para deduzir o quão tímida você é. Ainda mais comigo. 

Minhas bochechas coram com a observação da mulher, ficando vermelhas. Eu realmente sou tímida, e não a chamaria de forma alguma. Eu entraria na minha concha de vergonha e timidez, hesitante demais para dar qualquer passo adiante. Ela me deixa nervosa, de uma forma que não sei descrever, e não confio em coisas que não consigo nomear. 

Você acertou. Eu não iria. Desculpe. 

Heyoon: não faz mal. Isso é algo que te faz ser adorável, já te disseram isso? 

𝑺𝒆𝒙𝒚 𝑳𝒊𝒔𝒕𝒆𝒏𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora