Prevejo a morte de muitos nesse capitulo, então espero que vocês comentem muito.
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Silêncio.
Silêncio.
As batidas irregulares do meu coração entregavam tudo que eu sentia no momento, como se o ar fosse fugir dos meus pulmões. Sabe aqueles momentos de filme em que tudo gira em câmera lenta, a boca dos personagens se mexendo devagar, as luzes opacas? Eu estou nesse momento.
Se eu não estivesse tão assustada e quase chorando (eu estava chorando sim, mas vamos ignorar isso) iria rir disso. Sério, eu choraria de rir com a capacidade criativa dessa pessoa, mas eu sou a pessoa, e rir seria totalmente sem sentido.
- Sina, olha para mim! – Os olhos azuis de Josh estão desesperados, procurando os meus. Ele havia estacionado o carro então não havia mais buzinas.
- Eu não posso acreditar que ela está aqui. Eu não consigo.
– É o que murmuro ao meu melhor amigo, passando a mão nas lágrimas que ameaçaram rolar pelo meu rosto. Estou envergonhada por minha reação. Josh toma uma das minhas mãos nas suas, elas estavam bem quentes, e eu puxo o ar para meu peito. Calma Sina. Se acalma.
- Eu sei disso. É um desastre. E dos grandes. Preciso ligar para Jojo. Ela vai para a sua casa e eu também.
O loiro saca o celular da mochila, se pondo a ligar para a minha irmã e me deixando com meus pensamentos. Eu vi a minha mãe. Depois de anos. Como se fosse uma daquelas miragens que dão nos desertos quando você está desesperado, como nos desenhos. Ela estava tão diferente... e se eu não conhecesse, diria que era qualquer madame fazendo compras em Miami.
- Não precisa disso. – Digo a ele, pegando em seu pulso do telefone, mas Josh ignora, falando com a irmã.
Tomo um folego, encostando minha cabeça no apoio do banco do carro, fitando a calçada lá fora. Eu mal conseguia processar toda aquela informação e parecia que um buraco estava se abrindo em meu cérebro.
- Joalin está indo para a sua casa. E ela vai falar com Any, e todos vamos estar lá. Coloque seu cinto.
Josh fala tudo rápido, ligando o carro e dando partida, saindo dali o mais rápido que podia. Decerto que era o temor de minha querida mamãe aparecer por ali e dar um show de encontroo familiar.
- Isso é uma merda. Porra. – Josh resmungou, olhando para o trânsito com atenção e de segundos em segundos passando a mão em seus cabelos que já estavam bem bagunçados.
– Por que pelo o amor de deus, não podemos ter dias de sossego?! Já não basta aquele merda do Brad, e agora isso!
Abro a boca para responder mas observo que ele não está esperando minha resposta. Ele está conversando consigo mesmo, algo bem frequente. Mordo meu lábio pela vigésima vez em menos de 10 minutos, sentindo as lágrimas secas em minhas bochechas.
