Capítulo 04

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Emma pv:

Quando acordei na manhã seguinte depois de garantir a mim mesmo que jantaria da próxima vez mais cedo, pude presenciar pela primeira vez desde que cheguei a mansão com um pouco de movimento fora do comum.

Da janela do meu quarto até as escadas principais pude assistir pessoas passando com coisas de lá para cá, apressadamente, homens cortando a grama e cuidado das plantas e flores do jardim. Pude notar que os seguranças estavam um pouco agitado, eles pareciam estar fazendo uma reunião visto que estavam todos reunidos em frente a mansão. Pude ver também a grande quantidade faxineiras para limpar a casa que na minha opinião estava muito bem limpa. Na cozinha já dava para se perceber de longe a agitação das cozinheiras correndo de um lado para o outro.

E o meu único pensamento era: "pra que tudo isso?"

Quando percebi que nada podia ficar pior, eu estava completamente enganada. Quando minha mãe me viu entrando pela porta um pouco embarbascada por tudo que vi desde o momento que desci, veio em minha direção em um rápido lampejo de luz de se admirar.

Segurando uma prancheta, seus cabelos curtos um pouco fora do habitual, o uniforme bem alinhado no corpo assim como todas os outros, ela parecia inquieta, parecia apavorada, no entanto parecia que necessitava falar comigo urgentemente.

Olhando paras mulheres preparando o almoço (eu acho) deixei o meu olhar cair para meu pulso parcialmente e lá constatei que faltavam uma hora para meio dia, chocada por ter acordado tão tarde, passo a mão no rosto e espero pela conversa com a minha mãe que possivelmente ocorrerá agora.

Mary sinaliza para que eu lhe siga para um local menos conturbado. Formos para salinha de funcionários que ela me trouxe na última vez.

Me sentei ereta no sofá já me preparando pelo assunto que tanto me importunou a noite. Enquanto isso sentia minhas entranhas se fecharem e as gotas de suor escorrem por minha costa em ansiedade.

- Hey, querida. Tudo bem?

Engulo em seco sabendo que aquilo era apenas um pretexto para conversa que viria a seguir.

- Você sabe que sim... Mãe, o que realmente a senhora quer falar comigo?

Sou direta até porque ainda sairia aquela manhã e bom, todo tempo é precioso.

- Certo, você está certa. - A mulher em minha frente passa a mão por seu pescoço e depois puxa uma cadeira para se sentar em minha frente. Mantendo aquele contado visual tão próximo com a minha mãe pude perceber o quão estranho era lhe encarar naquela posição nada agradável.

Pigarreio sinalizando com as mãos para que ela prosseguisse o que não tardou a acontecer.

- Bom, a senhorita Mills mandou que eu lhe enformasse algumas regras...

- O que? Por quê?

Engulo em seco ao perguntar. O que essa louca controladora quer com isso? penso um pouco assustada.

- Você deve ter ouvido que os filhos da senhorita Mills chegariam essa semana, certo?

- Não tive como evitar.

Comento baixo me lembrando de como Regina não estava nem um pouco interessada naquela notícia.

- Eles voltam hoje... - Diz rompendo os meus pensamentos. - preciso esclarecer algumas coisas sobre eles que serão necessário visto que você morara aqui por algum tempo. - Dias eu diria...

- Ho... certo.

Inclino meu corpo para frente e deixo meu queixo apoiada nas minhas mãos enquanto mordia a bochecha na expectativa de entender aquele assunto que aos olhos da minha mãe parecia bem sério.

A juízaOnde histórias criam vida. Descubra agora