Eu precisava de uma motivação para escrever
Então eu vi você
E senti todo ódio me sucumbir.
Descer pelas minhas entranhas até chegar meus pulsos.
Meus pulsos.
Coisa que deu forças para o que eu segurava na mão: talvez uma faca.
Para brincar de quem mata por omissão.
Eu comecei pelos dedos.
Um a um, fui retirando de mim
E colocando um fim,
Me pus no fim.
Cortei a minha própria garganta
para desabitar você de mim.
Não sei.
Não me olhe assim.
Não critique o ódio que pus em mim.
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As várias versões de mim
RandomMesmo que você queira ser a mesma pessoa sempre, há algo que é inevitável, acaba mudando e não tem para onde correr. Por isso, esses poemas são designados aqueles que sabem que amanhã não será a mesma pessoa de minutos atrás. Haverá outro d...