sinto que dentro da minha cabeça
há uma máquina de tortura.
que, as vezes, me coloca presa
numa cadeira elétrica
e sempre que tento sair, não posso.
a eletricidade toma meu corpo
mesmo que eu tente resistir,
é como um ciclo sem fim de violência contra mim
e em outras vezes, eu volto a me colocar
em um quarto frio
trancado
e escuro.
eu tenho medo de escuro!
ou melhor, eu tenho medo do que eu não consigo captar com os meus olhos
e dentro da minha cabeça é, literalmente, assim.
é uma imagem ofuscada do que vejo de mim.
as vezes penso que é complicado viver assim.
Mas alguns momentos, essa máquina tenta me desmembrar
me mutilar
tirar as vísceras
e me deixa sangrar
exatamente, assim.
meus órgãos expostos.
meus olhos vidrados
sem oxigênio
sem pulsação.
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As várias versões de mim
RandomMesmo que você queira ser a mesma pessoa sempre, há algo que é inevitável, acaba mudando e não tem para onde correr. Por isso, esses poemas são designados aqueles que sabem que amanhã não será a mesma pessoa de minutos atrás. Haverá outro d...