Capítulo 05

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Eu, particularmente, gosto muito desse capítulo, nosso pequeno coelho alcoolotra está começando a se descobrir kkkk

Boa leitura~

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Quando Wei Ying abriu os olhos a primeira coisa que ele viu foi um teto branco, desejou que fosse o teto de seu quarto, mas quando olhou para os cantos, sentiu falta das sancas de madeira que os adornavam, ao olhar melhor seu entorno pôde perceber que tudo era muito claro, haviam mais 3 ou 4 camas, uma mesa e um armário, ele com certeza não estava em casa.

-Que bom que acordou, A-Ying! Como se sente?

-Tio? – ele demorou a processar, foi então que prestou atenção no uniforme do homem a sua frente, claro, não era um pesadelo, ele realmente estava na Academia Militar – Ai que merda... – sua cabeça rodava e seu corpo parecia um saco de pedras – Parece que fui atropelado por uma manada... – o outro deu um delicado sorriso ponderado.

-Quer um pouco de água?

-Oh, sim, minha boca está um deserto. – o outro sorriu e lhe entregou um copo d’água.

-Por que não se alimenta um pouco? Aquele seu colega de quarto é realmente um bom amigo, ele veio em todos os intervalos ver como você estava, até te trouxe um mingau. – disse levantando da cadeira e pegando o recipiente sobre uma mesinha de apoio ao lado da cama – Ainda está morno. 

-Bom amigo nada, ele deve estar com a consciência pesada! A culpa é dele por eu ter adoecido.

-O que aconteceu?

-Digamos que eu... Infringi algumas regras da casa... – disse desviando o olhar.

-Mas já?! – primeiro ele se surpreendeu, depois riu – Você não tem mesmo jeito, não é?

-Ele poderia ter me acobertado! Não foi nada demais! Mas não, o senhor-perfeição-que-nunca-quebra-uma-regra tinha que me entregar! 

-Você fala engraçado sobre ele. Tenho certeza que em breve serão ótimos amigos. 

-Amigos uma ova. Não quero ser amigo de dedo-duro.

-Sente-se e coma o mingau que seu não-amigo-dedo-duro trouxe. – disse arrumando os travesseiros para ele e entregando-lhe a tigela e a colher.

-Que horas são?

-Hm... – ele olhou o relógio na parede – São 17:45.

-Nem acredito que me safei de todas as aulas hoje! – ele riu aliviado enquanto comia.

-A-Ying, você sabe que não deve exagerar, não é?

-Tio, não comece com o sermão.

-Enfermeiro Xiao. – corrigiu – E se você pegar uma doença grave? Você quer morrer?

-Não seja tão dramático, foi só uma febre, eu já estou ótimo! Além do mais, essas punições daqui são desumanas! 

-É uma Academia Militar, eles só estão preparando vocês para guerra. Você nem deveria estar aqui.

-Bem, eu devo minha vida aos Jiang, se eles mandaram o filho legítimo deles para cá, eu que não iria ficar na casa dele, não é? Além do mais, eu não vou morrer tão fácil. 

-Diga isso quando não estiver desmaiando na primeira punição.

-Não foi a primeira, foi a segunda e eu não desmaiei, tá? Eu resisti ferozmente e aí fiquei doente de madrugada, mas o que importa é que eu resisti!

-Segunda? Wei Ying, nós estamos há três dias nesse lugar e você foi punido duas vezes? Tem certeza que vai sobreviver até chegar ao campo de batalha?! – o outro revirou os olhos como resposta e continuou a comer.

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