Trauma e refúgio.-Melizabeth

Capítulo 8: Algo Errado

   Uma pessoa estava atrás de uma árvore olhando para o casal, ela tirou uma foto com o celular. Essa pessoa estava com um sorriso maléfico no rosto, é óbvio que estava com um plano em mente. Então seu celular toca e ela atende.

–Sim, foi tudo como o planejado. Sim, eu já te enviei a foto, hora de espalhar o rumor...felizmente, ninguém me viu.–Diz a pessoa enquanto olha em volta para confirmar.

     Então ela desliga a ligação. Já estava escurecendo, então todos estavam prestes a sair da sala. Rapidamente a pessoa sai após ver um sinal feito por uma pessoa a sua frente.

–É melhor eu ir pro meu quarto, ou Diane vai acabar ficando preocupada novamente.–Digo enquanto me afasto do abraço de Estarossa.

–Você pode voltar me ver quando quiser, pode ser nos seus sonhos ou na vida real.–Diz Estarossa enquanto beija a minha mão.

–O-ok, tchau–Digo enquanto me levanto com um sorriso no rosto, logo em seguida eu saio da sala.

      Continuo andando pelo prédio em busca da saída, mas logo a frente eu vejo Meliodas. Meu coração começa a doer novamente, tento passar por ele rapidamente, mas ele acaba segurando meu braço. Eu paro e fico olhando pra ele, seu rosto estava triste e preocupado.

–B-boa noite...–Digo olhando pro chão.

–Por que você não olha pra mim? Eu quero conversar com você.–Diz ele com a voz suave, eu podia sentir seu olhar queimando em mim.

–Ok...–Digo ainda olhando para o chão.

      Ele então gentilmente pega minha mão e sai andando, eu começo a seguir ele quase correndo. Passamos pela sala aonde Estarossa estava, mas agora estava vazia.

      Paramos na praça do campus, aonde era bastante afastado de todos os prédios que faziam parte da faculdade. Eu me sento em um dos bancos, estava exausta como sempre, Meliodas ficou parado na minha frente, sua expressão estava escura, era uma mistura de tristeza, dor e um pouco de arrependimento.

–Elizabeth, eu tenho que te contar algo importante...–Diz ele enquanto olhava para mim.

–O que?–Pergunto confusa e com um certo medo. O que será que ele vai dizer?

–É que eu...–Diz ele enquanto é interrompido pelos nossos celulares vibrando.

     Nós dois olhamos e eu vi uma mensagem de alguém misterioso pedindo para verificar uma postagem no Instagram. Logo em seguida, vem uma mensagem de Diane.

"Ellie, é verdade o que está na postagem? Você está mesmo namorando com o Estarossa e se encontrando com ele escondida?"

–O-oque?!–Digo enquanto vou pro Instagram e vejo a postagem de uma pessoa anônima, era uma foto minha enquanto Estarossa me abraçava. Meu coração congela por um momento, olho para frente e olho Meliodas. Ele estava pasmo com a postagem.

–Então você está com o meu irmão...–Diz ele ainda olhando pro celular com uma expressão de nojo.

–N-não é verdade, eu me encontrei com Estarossa para esclarecer algumas coisas. Por favor, acredite em mim.–Digo meio desesperada, como eu vou falar pra todos que isso é mentira?

    Fico olhando Meliodas por um momento, sua expressão se alivia um pouco. Ele também fica me encarando, deve estar procurando alguma expressão minha que mostre que eu estava mentindo.

     Mas, minha expressão ainda mostrava desespero, eu sempre me preocupei em não chamar muita atenção, eu não gosto nem um pouco de ter todos olhando para mim. Olho para frente e vejo Meliodas me dando uma rosa branca, pego e fico olhando para ela. Aonde eu vi essa flor?

–Se você estiver falando a verdade mesmo, temos que saber quem postou isso e saber o motivo.–Diz Meliodas com um olhar sério.

–Ok...–Digo ainda olhando para a linda rosa branca nas minhas mãos.

–É melhor a gente voltar pros nossos quartos.–Diz ele enquanto se afasta.

–Espera, o que você queria me dizer?–Digo enquanto olho ele.

–Outro dia eu te conto...–Diz Meliodas.

–O que será que ele queria me falar?–Digo olhando novamente pra flor. Eu sinto como se essa flor fosse a resposta pra algo importante, mas o que será?

Escritora-chan on:

Uma flor, uma memória.
O que podemos falar sobre ela?
Ela esconde mais segredos do que você pode imaginar.
Traumas e traumas a fazem murchar
Mas nada que um Sol possa ajudar

Dois Sois a separam
Um trás um calor tão forte que a queima
Outro trás um calor gentil que a faz se recuperar.