Capítulo 6 - Dia 2

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- Vocês ouviram isso? - Perguntou David. Parecia barulho de pássaros.

- Acho que já amanheceu. - Disse Liz.

Finick saiu da barraca.

- Galera vem aqui! - Ele gritou.

Todos saíram correndo para fora da barraca. Liz esperou pelo vento forte, mas ele não veio, muito pelo contrário. O sol brilhava, a neve havia sumido e a floresta havia voltado. Se ouvia sons de passarinhos e algumas borboletas azuis voavam. Uma chegou perto de Peter e ele estendeu a mão para ela pousar, mas antes que ele a tocasse David bateu na mão dele e ele se encolheu.

- Está louco? - Peter disse, segurando sua mão contra o peito.

-Você que deve estar louco, ela pode ser venenosa. Esqueceu onde estamos? - Peter não respondeu, apenas ficou envergonhado. Eles ouviram um grito e todos se viraram em direção ao som, era Crystal.

- O que houve? - Perguntou Finick preocupado.

- Eu disse para você não tocar nela. - Disse Liz irritada.

- Ela te machucou? – Anne perguntou e Crystal balançou a cabeça em afirmação, enquanto segurava sua mão. - Calma, mostre para gente, vamos te ajudar. - Todos olharam para ela apreensivos, ela estendeu a mão e havia apenas uma picada de inseto comum.

-Pelos anjos Crystal! Você vai perder a mão. - Disse David dramaticamente.

- Sério? - Ela perguntou preocupada.

- David! - Reprendeu Liz enquanto ele ria. - Não se preocupe Crystal, sua mão não vai cair, apenas coçar um pouco.

- Vamos aproveitar que o clima está bom para procuramos um abrigo. - Disse Finick.

- Por que não podemos continuar na barraca? - Crystal perguntou.

- Não é totalmente seguro, um animal poderia facilmente rasgar o pano e nos atacar. Melhor procurarmos uma caverna. - Explicou Finick.

- Mas cavernas são sujas. - Disse Crystal

- O que importa é que são mais seguras. - Disse Vicktor e Crystal revirou os olhos.

Eles guardaram os componentes da barraca, mas tiveram que deixar o fogo líquido para trás. Liz não sabia ao certo a quanto tempo eles estavam caminhando, mas imaginava que já havia se passado algumas horas.

- Será que realmente existem cavernas nessa floresta? - David indagou.

- Estou começando achar que não. - Respondeu Liz

- Vamos procurar mais um pouco, se não acharmos montamos a barraca novamente. - Disse Finick

- Podemos pelo menos descansarmos um pouco, não estou acostumado a andar tanto. - Pediu Peter.

- Nem eu. – Disse Crystal

- Tudo bem, vamos descansar um pouco. – Finick concordou.

Eles se sentaram no chão para descansarem por um momento. Liz e David saíram para dar uma olhada no perímetro para ver se era seguro e quando voltaram Vicktor e Crystal discutiam.

- Vicktor pare! - Finick gritava.

- Por quê? Devemos fingir que gostamos um do outro? - Vicktor perguntava a Finick, mas olhava para Crystal furioso. Finick parecia estar tentando resolver a situação junto com Anne. Peter apenas observava tudo sentado.

- Certo Vicktor, não devemos fingir que gostamos um outro, você tem razão. -Dizia Crystal. - Da mesma forma que não vamos fingir que confiamos um nos outro. Ou vai todo mundo fingir que você não é filho de um assassino, um traidor.

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