David acordou assustado e arfando. Colocou a mão no peito e se sentou tentando normalizar a respiração. Ele estava confuso não estava entendo o que estava acontecendo. A ultima coisa que ele se lembrava era... era de morrer. Olhou pra cima e viu Peter agachado ao seu lado o observando.
- Calma! - Peter disse.- Está tudo bem.
- O que eu aconteceu? Como? - David olhou para seu corpo, não havia mais nenhuma ferida, nenhum arranhão. Como se ele nunca tivesse machucado, como se nunca tivesse caído de uma altura tão alta. - Isso... é impossível.
- Não era impossível você sobreviver, só era improvável...
- Como?! - David gritou.
- Como sempre, eu te dei um elixir e você ficou bem. - Peter tentava parecer confiante, mas claramente estava nervoso.
- Não venha com essa, elixir nenhum trás ninguém dos mortos!
- Eu não trouxe você dos mortos, eu não consigo trazer ninguém dos mortos, você apenas ficou inconsciente.
- Você é um curandeiro! - David constatou.
- O que? Não! - Peter era um péssimo mentiroso.
- E como você explica eu estar intacto depois dessa queda?
- Eu sou muito bom no que eu faço? - Peter tentou.
- Peter!
- Tá! Eu sou um curandeiro! - Ele finalmente admitiu.
- Porque você não nos contou antes?! Isso seria de grande ajuda.
- Eu nunca neguei ajuda a vocês, eu sempre curei vocês quando seu machucaram. Ou você acha que Vicktor teria recuperado aquela perna sem mim?
- Então os elixir's não servem pra nada?
- Não.
- Então o que estávamos bebendo?
- Protótipos de cervejas.
- Você tinha cerveja o tempo todo e não nos contou?!
- Sério? De tudo que ficou sabendo é com isso que está preocupado?
- Por que cerveja? - David estava curioso.
- Porque o álcool deixa vocês mais dispersos e menos preocupados com os machucados, assim vocês não notariam que eles se curavam do nada. - Peter se sentou em frente a David.
- Por que você teve todo esse trabalho pra esconder isso? - David ainda estava impressionado.
- Por que? Pessoas como eu são sequestradas o tempo todo e escravizadas. - Havia fúria em sua voz.
- Você poderia trabalhar no palácio.
- Eu não quero trabalhar no palácio! Eu quero ter a liberdade de poder escolher o que eu quero da vida, por isso não contei a ninguém. E por favor, não conte aos outros. - Ele parecia realmente preocupado.
- Era sobre isso? Seu medo?
- Sim...
- Então foi isso aconteceu com seu irmão? Ele foi sequestrado?
- Foi... quando eu era criança.- Ele abaixou a cabeça, mas continuou falando. - Ele me escondeu quando os contrabandistas apareceram, disse que se ele sumisse era pra eu pedir para alguém me deixar na Rosa Branca e que ele voltaria para me buscar, mas ele nunca voltou.
- Sinto muito.
- Ele também disse para eu nunca revelar o que eu era pra ninguém.
- Nem para o seus pais?
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Os Escolhidos
AdventureA cerca de 100 anos atrás, uma bruxa se apaixonou pelo rei de Mirebelly, mas esse amor não foi correspondido. Então ela jogou uma praga sobre todo o reino. A única forma de acabar com a praga foi fazendo um acordo com um anjo. No qual todo ano no an...