Capítulo 2 - Comemorações

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Logo depois de anunciarem o nome de Liz a luz violeta se apagou. Ela não acreditava no que tinha acabado de ouvir. Não sabia nem o que sentir depois de ter ouvido seu nome. Sentiu alguém apertando sua mão, era Ian. Ele parecia tão pálido quanto David.

Todos os seus amigos estavam olhando para ela e David. Algumas pessoas ao redor deles que os reconheceram também estavam. De repente David saiu correndo. Liz se soltou de Ian e foi atrás dele. Seus amigos os seguiram, mas ela os parou.

- Me deixem falar com ele sozinha. – Ela disse e depois voltou a correr atrás de David.

Ele foi em direção a praça central, mas ao invés de ir direto para ela ele virou em um beco. Ele se encostou em uma das paredes do beco e depois sentou no chão arfando. Ela nunca tinha visto David daquela forma. Ele sempre esbanjava confiança, era bom em tudo o que tentava fazer, metade do instituto tinha uma queda por ele. Agora ele só parecia um garoto assustado e ela entendia bem o que ele estava sentindo. Ela se sentou ao seu lado sem saber ao certo o que falar. Queria falar que tudo ficaria bem, mas seria uma grande mentira.

- Isso é loucura. - Ele quebrou o silêncio.

- Eu sei.

- Vamos morrer.

- Você não tem como ter certeza.

- É impossível sobreviver a floresta maldita Liz.

- As pessoas têm mania de confundir a palavra impossível com improvável. Já houve sobreviventes antes.

- Que saíram traumatizados.

- Nós vamos conseguir. Pelo menos vamos ter um ao outro. Somos amigos e ter um rosto conhecido deve ajudar a se manter são. Somos bons caçadores, você é um bom esgrimista e eu sou uma boa arqueira. - No fundo ela estava falando aquilo para si mesma. Ela precisava acreditar que conseguiria sobreviver a isso. Se não ela não conseguiria nem se levantar daquele beco. Aquilo tudo era muito assustador, mas ela precisava acreditar que tudo daria certo.

Lembrou-se do seu pai dizendo "Liz, a esperança é o que move o mundo" ele tinha razão.

- Você acha mesmo? Que nós vamos conseguir? - David se virou para ela pela primeira vez desde que ela se sentou ao seu lado.

- A gente tem uma grande chance juntos.

- Espero que você tenha razão.

- Eu também.

- Sabe, minha vida foi boa enquanto durou

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- Sabe, minha vida foi boa enquanto durou. Espero que digam coisas bonitas no meu funeral.

- Eii! Cade o David que estava falando a poucas horas atrás para ninguém se desanimar com o sorteio da morte? Que diversão era com ele mesmo.

- Esse David foi sorteado no sorteio da morte.

- Mas ainda não morremos. Você prefere passar seu último dia livre se divertindo ou chorando?

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