| Livro um da série "SkyTown" | DARK ROMANCE | História completa na Amazon em sua versão original |
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Sem muita opção, Julie se muda para uma cidade um ta...
ATENÇÃO: Esse capítulo contém cenas mais delicadas, estejam avisados. Não se preocupem, não tem estupro, porém, ainda assim pode causar gatilho.
Olha que tá de volta!!!!! Quem amou?
Boa leitura amores ♡
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Prólogo
∞
13 anos atrás
Já fazia horas que estavam naquele local, o qual ela não sabia dizer onde ficava ou o que era. Se tivesse que chutar, diria que se tratava de um porão.
Suas mãos encontravam-se amarradas em torno de uma espécie de tronco duro, muito duro. As pernas também estavam amarradas, o que a impedia de se mover. E o cheiro era quase insuportável. Há dias não tomava banho.
Sua barriga roncou em protesto. Ela sabia que não ganharia algo para comer tão cedo, afinal, estava de castigo.
— Está acordada? Consegue me ouvir? — A voz do garoto soprou suavemente pelo local escuro.
Ela nunca vira seu rosto, pois estava muito escuro. Era sempre escuro. Não o conhecia, mas — pelo timbre fraco e odor intenso que sentiu ao chegar — sabia que o garoto estava ali há mais tempo. A garota não sabia se podia realmente confiar nele, mas aprendeu a não se assustar toda vez que ouvia sua voz.
Seu corpo doía, principalmente entre as pernas. Ainda podia sentir algo seco entre elas. Não sabia o que era, no entanto, causava certo desconforto.
O gemido que escapou dos lábios dela, serviu como resposta para a pergunta do rapaz.
— Vai ficar tudo bem. — Ele repetia aquela frase toda vez que despertava. Era como se fosse um método para acalmá-la e, ao mesmo tempo, tranquilizar a si próprio também.
A garota se mexeu enquanto fungava. Estava com medo. Odiava o escuro. Sentia dor, fome e receio.
Ele poderia chegar a qualquer momento para levá-la, mas ela não queria ser levada. Preferia ficar ali. Ele era malvado, dizia coisas estranhas, e a tocava em lugares que ninguém nunca tocara antes. Ele sempre a machucava entre as pernas. Doía demais.
O silêncio de seu companheiro a fez pensar que, talvez, ele tivesse caído no sono novamente. Ela não sabia dizer, pois não conseguia ver nada.
De repente, a garota ouviu o som ensurdecedor de passos duros e firmes, que se aproximavam mais e mais. Ela ficou apavorada. Sabia que era ele; só ele visitava os dois, mais ninguém. Portanto, encolheu os ombros e fechou os olhos, sentindo as lágrimas voltarem a rolar por suas bochechas. Pôde ouvir a porta abrir, logo soube: ele estava ali.
Eu não quero voltar para lá!
— Docinho... — A voz gutural alcançou seus ouvidos, assim como os lábios ressecados, que roçaram em sua pele, fazendo-a tremer ainda mais. Odiava o cheiro dele. — Como está a minha garotinha?
