Esperamos que gostem ❤️
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Ragnar sentiu a fúria crescer dentro de si ao ver o homem que invadiu o espaço deles.
Será possível, que toda vez que eles estivessem em paz esse idiota iria aparecer e estragar tudo?
— O que faz aqui? Estamos em um espaço público e não te diz respeito. – Indaga Ragnar cruzando os braços e olhando o carrasco de forma ameaçadora.
O homem também cruza os braços, ele era enorme e a barba já passava da hora de ser feita. Seus olhos alternavam dos filhotes para os adultos.
— O que faz aqui? – Questiona Freya com uma voz nem um pouco doce.
— O grande ancião solicita a presença de vocês.
Indaga o homem com uma expressão fechada.
O casal se olha em sinal de confusão.
— Por que...?
O carrasco não diz o porquê, apenas sai andando, era sinal de que deveriam segui-lo.
Os filhotes ficam em forma animal, assustados com a presença daquele homem e seguem os pais em silêncio.
Aos chegarem na casa do velho, todos fazem uma pequena reverência ao entrarem e com cuidado seguem caminho
“papai?”
Chama Vagn em seus pensamentos, mas Ragnar não responde, estava tão nervoso quanto ele
O carrasco pede para que eles se sentem no sofá enquanto sai para chamar o pai.
Ragnar se senta no sofá nervoso e Vidar logo se transforma pulando nos braços do pai com certo medo. O carrasco lhe assustava.
Vagn também se transformou logo em seguida, seguindo o exemplo do irmãos e se aconchegando no colo do pai, buscando proteção.
Ragnar os abraçou com intensidade depositando um beijo na cabeça de cada um.
Freya se senta ao lado do namorado e coloca Austin sentadinho em suas pernas. Logo o ancião aparece, com uma postura calma como sempre.
— Olá crianças...
— Senhor... – Ragnar cumprimenta tentando esconder o nervosismo – Em que podemos ajudá-lo...?
Ragnar e Freya logo fazem uma reverência para o velho que apenas sorri para eles.
Os filhotes ficam atrás de seus respectivos pais, se escondendo ainda assustados.
Ragnar da um leve empurrão em seus filhos para cumprimentarem o ancião da maneira correta e evitar problemas.
Vagn e Vidar vagarosamente fazem uma reverência para o homem sem olhar nos olhos dele
— Ola senhor ancião.
Falaram os dois filhotes timidamente e voltando a se esconder atrás do pai e de Freya.
O carrasco não tirava os olhos de Vagn e Vidar, Freya rosnou em aviso para ele, se chegasse perto ia perder a mão.
— Por que não nos deixa a sós meu filho? – Pergunta o ancião e embora soasse como uma pergunta o homem sabia muito bem era mais uma ordem indireta.
Concordou com a cabeça e saiu em direção a porta, dando privacidade aos demais.
Ragnar ainda se surpreendia que um homem como o carrasco era facilmente controlado. Não conseguia acreditar como não havia percebido aquilo antes... O grau de parentesco entre os dois.
Balançou a cabeça voltando a se sentar e segurando os filhotes de forma protetora.
O ancião senta na poltrona olhando os convidados durante alguns segundos antes de finalmente começar a falar.
— Então?
Freya pergunta querendo acabar com aquele suspense todo, ainda preocupada com os filhotes.
— Ah sim, então, eu andei sabendo que Vidar passou pelo meu guarda…
Ragnar quase caiu para trás nervoso, Freya e ele se olham, Vidar se encolhe e Vagn suspira baixinho.
— Filhotes são travessos, eu entendo, mas isso foi muito grave Vidar. – Ele falou em um tom doce, não parecia que ia fazer alguma coisa mas ainda sim Ragnar ficou em frente ao seus filhotes de maneira defensiva
— Você se tornou um bom pai Ragnar.
— Um bom pai protege seus filhos... Não importa de quem seja...
Sua frase foi uma indireta porém sem raiva ou ódio, ele estava calmo e até gostava do ancião. Porém ninguém iria tocar em seus filhos..
— Não precisa protegê-los de mim Ragnar, eu jamais os machucaria. Sabe disso. – Indaga o homem ainda em um tom de voz extremamente calmo e gentil. – Mas vocês sabem o quanto isso foi errado... Muitas coisas poderia dar errado.
— Eu sei... Vidar já entendeu isso, eu conversei muito com ele. Inclusive já lhe castiguei por isso.
O ancião suspirou com pena e olhou para Vidar com olhos doces e se levantou andando até Ragnar
— Você sabe tanto quanto eu Ragnar que se fosse assim que funcionasse estava bom, sabe que eu preciso puni-lo...
Ragnar rosnou e se colocou na frente do filho assustado o protegendo, mas o velho apenas sorriu para ele.
—Esta tudo bem Ragnar, ninguém vai machuca-lo ou puni-lo em público, muito menos meu filho. Eu apenas tenho que fazer meu dever.
O velho fala com ternura, ainda tentando passar calma para Ragnar, ele jamais machucaria um filhote.
O ancião abriu os braços como se fosse dar um abraço, mas era sinal de que queria que Ragnar entregasse Vidar, estava tentando passar confiança.
Ragnar nega com a cabeça, não conseguia entregar o filho dessa forma. Embora confiasse no ancião
— Ragnar... Sabe que é meu dever cuidar de todos os habitantes da vila, inclusive do seu pequeno quando este se coloca em risco.
— Mas eu já o castiguei, ele entendeu...
— Eu não serei duro sim? Porém não há como evitar isso meu garoto.
Murmura o ancião em um tom de voz gentil, assim como seu olhar.
Ragnar tremia, Freya segurou sua mão com carinho e com um suspiro muito profundo ele se abaixou para falar com Vidar:
— Vá com o ancião meu filhotinho, tudo ficará bem, mas precisa obedecer.
Ela falou o pegando pela mão e o levou até o mestre que sorria com sua escolha sensata.
O ancião segurou a mão de vidar com carinho para lhe passar calma.
—Calma filhotinho, vamos conversar?
Vidar hesitou mas concordou levemente com a cabeça.
Ele sabia a influência que o ancião tinha sob todos... Tinha medo de irrita-lo.
— Eu.. Eu já entendi senhor... – Murmura colocando o polegar na boca de forma terna. Um gesto muito típico dele.
— Sei disso, você é um menino muito inteligente uh?
Vidar sorriu levemente e concordou com a cabeça.
— Mas você sabe que agiu mal indo na floresta e conversando com o humano não é filhote?
Vidar concordou novamente com a cabeça.
— Sim senhor...
— E o que acontece com os filhotinhos que agem mal?
Vidar corou de vergonha e olhou para baixo, seus pés agora pareciam muito mais interessantes do que normalmente eram.
O ancião colocou um dedo embaixo do queixo e o obrigou a olhar em seus olhos .
—O que acontece com os filhotinhos que agem mal Vidar?
—Eles são punidos…
—E como eles são punidos meu filhote?
O ancião perguntou muito calmo e doce para não assustar vidar
— Ficam com o bumbum quente?
— Isso mesmo, como você é esperto Vidar, lembra de todas as regras.
O ancião falou com carinho e guiou Vidar para seu quarto, afinal estavam na presença de uma dama, e também não queria que seu filho visse aquilo.
— Vamos por aqui pequeno.
Ragnar se levantou disposto a segui-los, pedindo com o olhar para que Freya ficasse com Vagn.
Quando o ancião ia castigar algum filhote era comum que o responsável desse estivesse presente. E Ragnar jamais deixaria seu filhote sozinho em uma situação como aquela. Por mais que lhe doesse muito...
Seguiram o velho ancião para um cômodo mais afastado e com mais privacidade, o senhor de idade fechou a porta assim que todos entraram.
O local era lindo... As paredes em uma tonalidade clara, com uma vista para um lindo jardim lá fora.
O ancião caminhou até uma cadeira que havia ali e a puxou para o centro no quarto, chamando Vidar com a cabeça.
O menino se aproxima mordendo o lábio em sinal de nervosismo e parando a poucos centímetros do mais velho.
O ancião se sentou na cadeira e olhou para Vidar com carinho enquanto o filhote ficava parado na sua frente
— Ande meu pequeno, deite aqui nas minhas pernas e sem as calças filhote.
Vidar corou e obedeceu, abaixou as calças e deitou nas pernas duras do mais velho.
— Serão poucas meu pequeno, mas preciso que entenda que o que fez foi muito grave. Então Vidar por que vai ser castigado?
— Porque eu conversei com um humano, quando foi proibido...
— Como você é esperto filhotinho, viu? Já vai facilitar muito.
O ancião fazia carinho de leve nas costas do filhote para acalma-ló e com mágica fez surgir uma varinha fina em suas mãos
Sem deixar que Vidar olhasse o que estava em sua mão ele começou sem aviso.
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Ragnar sentiu o coração apertar ao ver aquela cena, seu filhotinho chorando sobre as pernas do ancião.
Mas ele pode ver que era mais manha de vidar do que qualquer estrago que o ancião estivesse fazendo.
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—Pronto, pronto filhote, está acabado.
O ancião levantou Vidar chorando e soluçando e o sentou em seu colo com carinho:
— Você foi muito bem, e agora sei que aprendeu sua lição.
Ragnar não perdeu tempo, apressou os passos até o dois e estendeu os braços querendo pegar o filhote no colo e mima-lo até não poder mais.
Vidar estendeu os bracinhos e foi para o colo do pai lhe abraçou com intensidade.
— Sinto muito por tudo isso senhor... Eu prometo que ficarei mais pendente dos filhotes... – Murmura Ragnar sabendo que ele também tinha parte de culpa no que havia acontecido. Ele era o responsável ali, ele deveria estar sempre de olho nos pequenos.
Estava tão distraído que não notou as fugas de Vidar, e se algo de ruim tivesse acontecido o lobo jamais iria se perdoar.
— Não se cobre tanto Ragnar, filhotes aprontam, mas agora sei que ele aprendeu a lição
O velho falou com carinho e os guiou novamente para o pátio, onde Vagn correu até o irmão
—Ta tudo bem Vidar?
—Seu irmão está bem, foi muito corajoso, e também é muito inteligente.
O ancião elogiava com carinho, Freya sorriu para a aquilo, estando feliz por o ancião ser compreensivo.
—Então… quais filhotes querem doces?
O ancião perguntou vendo os três filhotes quase pularem no lugar ansiosos por doces.
Ele estalou os dedos e uma tigela de doces apareceu, Vidar já estava mais calmo e devorando os docinhos.
Ragnar agradeceu com o olhar para o velho, ele era quase um segundo pai para seus filhos.
— Só isso?!
Eles se viram para ver o carrasco na entrada da casa de braços cruzados e com raiva no olhar.
Os filhotes já se transformam em lobos novamente e se escondem atrás do pai.
— Ele quase mata a todos nós é só ganha isso?
— Não se meta, isso não é da sua conta meu filho.
Diz o ancião ainda calmo, embora não estivesse gostando nem um pouco da interferência de seu filho naquela situação.
Sabia que o rapaz não tinha a mesma bondade que ele.. Embora estivesse tentando mudar isso. Era bem difícil.
— Mas...
— Mas nada. Por que não vai ver como sua filha está? Eu não a vi a manhã inteira, e ao invés de cuidar da vida dos outros deveria cuidar da sua.
Indaga o ancião ainda com toda a tranquilidade do mundo.
Ragnar se surpreendeu ainda mais, o carrasco tinha filhos??? Como aquilo era possível?
Mas o carrasco ainda tinha planos antes de sair, ele se atreveu a atravessar o jardim.
—Stefan… Não se atreva…
O ancião agora falou em um tom perigoso, que ele não deveria chegar perto, mas o carrasco parecia não se importar.
— Talvez eu mesmo devesse dar uma surra nesses filhotes, já que você não tem pulso firme para isso velho.
Pela primeira vez, Ragnar antes de fazer alguma coisa, viu os olhos do ancião se tornarem negros, um vento começou a soprar muito forte, trovões foram ouvidos no céu.
Então o homem se aproximou segurando o enorme filho pelo pulso. Embora não aparentasse ser tão forte ele era mais do que qualquer um naquela aldeia.
— Eu te avisei. – Indaga o ancião com um tom de voz irritado.
— Papai...
— Calado Stefan. – Diz entre dentes e logo olha os convidados – Obrigado por terem vindo... Minhas portas estarão sempre abertas para vocês. Agora se me dão licença tenho um assunto para resolver com o meu filho intrometido.
Ragnar pega Vidar e Vagn no colo com cuidado para não apertar demais o traseiro de seu filhote que fora recém castigado.
Freya pega Austin e eles se curvam para o ancião enquanto saíam apressadamente deixando o ancião sozinho com o carrasco.
— Papai… o que o senhor vai fazer?
Stefan pergunta com olhos estreitos, tentando se afastar do pai.
Apesar de velho o ancião era alto e musculoso, além de saber feitiços era o homem mais forte da aldeia.
— Calado Stefan, que comportamento foi esse? Ameaçando filhotes?
O ancião quase grita para seu filho, não importa o quanto ele tivesse crescido, ainda respondia a ele.
O grito faz o carrasco se encolher um pouco, ele conhecia muito bem o homem diante de si.
— Eu só iria fazer o que era preciso. Você não tem pulso firme, é um fraco...
Stefan quase sussurra a última frase.
Porém o ancião tinha uma audição perfeita e ouviu muito bem as palavras que saíram da boca do filho mais rebelde que possuía.
— Parece que você esqueceu o significado de respeito rapaz.
Indaga o ancião caminhando até uma árvore e pegando uma varinha que havia ali no chão.
O carrasco ao ver as intenções do pai, recua alguns passos, ele não apanhava de vara fazia décadas.
— Papai, espera... Vamos conversar, desculpa...
— Agora quer conversar? Me chamando de fraco? Ameaçando os outros?!
O ancião dava passos ameaçadores em direção ao filho rebelde que mal conseguia se mexer de medo.
— Vou te lembrar o que significa ser um filhote meu. – Fala o mais velho batendo a varinha contra a própria mão. – Debruce contra a mesa do jardim.
— Aqui? Pai, não por favor não!
— Agora Stefan, e por favor... Não me faça repetir.
Indaga o velho com a voz calma enquanto aponta para a mesa esperando que o filho finalmente obedecesse.
O carrasco sabia que não tinha muita escolha, simplesmente obedeceu com uma expressão extremamente fechada.
O ancião andou até ele com passos lentos e segurou nas costas de seu filho com certa suavidade.
— Não esqueceu das regras esqueceu?
O ancião perguntou enquanto abaixava as calças e cuecas do filho que corou de vergonha.
— Você tem vergonha agora, mas na hora de me humilhar, a mim seu pai, você não se importiu nem um pouco.
Observa separando um pouco as pernas do filho para a varinha não pegar em nenhum lugar que pudesse machuca-lo realmente.
— Pai… Por favor.
— Stefan há tempos você está agindo assim. O que aconteceu com você hein meu filhote? Você era tão doce...
Indaga o homem soltando um suspiro, não havia gostado nem um pouco do que seu filho havia se tornado e pretendia acabar com aquilo de uma vez por todas.
Stefan estremeceu com a frase, sentindo seus olhos marejados. Fazia tanto tempo que não se via em uma cena como aquela, era extremamente constrangedor.
O ancião não perdeu tempo, ele levantou a varinha de carvalho no ar e começou o castigo.
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As varadas caiam com força moderada, o ancião sempre teve consciência da força que utilizava ao disciplinar alguém.
— De um filhote doce e gentil, que gostava de brincar, para alguém sem coração.
O ancião falava enquanto acertava a varinha no filho que chegava a saltar no lugar.
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O carrasco esperneava e gritava tentando fazer o pai parar, mas aquilo caia em ouvidos surdos
— Onde está o meu filhotinho? Me chamar de fraco? Me desrespeitar? Isso não é coisa que o Stefan que eu criei falaria.
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—Papai, papai, pelo amor dos deuses, está doendo muito...
— Ótimo isso é um castigo.
— Eu sinto muito mesmo, por ter te insultando, ter ameaçados os filhotes, por tudo...
Ele berrava desesperado colocando a mão na frente do traseiro castigado.
O ancião respirou fundo e segurou as mãos de Stefan para trás das costas. Isso pouco antes de continuar com o castigo.
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O ancião sabia que estava sendo duro, mais duro do que normalmente costumava ser. Porém Stefan estava fora de controle. Ele precisava entender.
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Finalmente parou, ouvindo os soluços altos e sentidos de Stefan ecoar pelo jardim.
O rapaz chorava tanto que mal conseguia pensar em outra coisa.
O ancião se aproximou e puxou Stefan para um abraço apertado deixando as lágrimas do filho molharem sua roupa
— Shhh pronto, pronto meu filhote, já acabou, papai não vai mais bater...
Stefan se agarrou no pai de maneira desesperada como se fosse o fim do mundo e chorou na dobra do pescoço do homem
—Desculpa, desculpa, desculpa papai.
Stefan soluçava enquanto esfregava a bunda de maneira assustada e recebia conforto do mais velho.
A cena durou por mais de vinte minutos, o ancião simplesmente se dedicou e consolar o filho com carinho e amor.
Ele era duro quando necessário, porém também sabia ser extremamente carinhoso.
Stefan já estava mais calmo, suas roupas já estavam novamente em seu devido lugar. Ele olhou o pai com os olhos vidrosos.
— Eu vou procurar a Missy... – Diz baixinho se referindo a filha que estava desaparecida desde cedo.
— Tudo bem.. – Murmura o homem depositando um beijo na cabeça do filho.
Stefan levantou com cuidado, fazia tanto tempo que ele não se sentia daquela forma.
O mais novo seguiu em busca da filha, a menina não costumava sair sem permissão, e como vivia com com o pai e o avô sempre estava por perto. Porém daquela vez foi diferente, ela simplesmente não estava em lugar nenhum.
Enquanto isso Missy andava pela aldeia curiosa, quando encontrou Ragnar e Freya juntamente ao seus filhotes
Não demorou muito e Missy estava brincando com Vidar, Austin e Vagn correndo de um lado para o outro.
Quando os mais velhos finalmente notaram que havia uma criança a mais ali se entreolharam.
— Olá querida, onde estão seus pais?
Ragnar pergunta parando a brincadeira e afastando um pouco seus filhotes de Missy
— Qual seu nome querida?
A menina tinha aparentemente a idade dos filhotes, era extremamente terna. Seus cabelos loiros e cacheados, estava com um vestido azul céu que chamava a atenção. Parecia uma criança de família, a julgar por sua vestes.
— Milissandry. Mas é um nome muito longo e todos me chamam de Missy.
Sorri a menina de forma gentil enquanto dava pequenos saltinhos ao redor de Vagn, ela estava se divertindo com aquilo era óbvio.
Ragnar olhou Freya sem saber o que dizer, crianças não andavam sozinhas pelos bosques.
— Aonde estão seus pais? – Pergunta Freya olhando ao redor esperando que algum adulto aparecesse.
— Meu pai está em casa. Eu acho. – Murmura ela dando de ombros – Não importa, posso brincar com eles?
—Pode, claro que pode, mas devia falar com seus pais antes querida.
Freya falou gentilmente e olhou para seus filhotes que faziam força para tentar brincar com Missy.
Vidar conseguiu se soltar de Ragnar e correu para a menina, Vagn fez o mesmo e em segundos os filhotes estavam brincando entre si.
Ragnar e Freya tentavam chamar a atenção deles, mas eles os ignoravam e continuavam a correr pela aldeia.
— Você não nos pega Missy!
Ragnar pode ouvir Vidar fazendo graça para chamar a atenção da garota.
A menina então sorriu de forma travessa e se transformou em um urso marrom e pequeno, um filhote para ser mais exato.
A jovem podia se transformar tanto em uma tartaruga quanto em um urso, herança de seus pais e avós. Era raro alguém como ela, muito raro. A pequena sorriu e correu atrás de Vidar.
Isso até avistar uma figura bem conhecida há alguns metros dela.
Stefan se aproximava do grupo rapidamente e com um semblante um tanto preocupado.
—Missy!!
O homem berrou e automaticamente os filhotes correram para trás de Ragnar.
— Ela é sua carrasco?
Ragnar e Freya perguntaram juntos se assustado, a garotinha era um amorzinho, como poderia ser filha dele?
A pequena voltou a sua forma humana e olhou o pai com certo cuidado.
— Oi..
— Sim ela é minha. – Responde sem desviar o olhar da filha – O que faz aqui? Você sabe que não deve sair sem permissão, ainda mais entrar no bosque.
A menina deu de ombros desviando o olhar.
— Eu estava entendiada.. Não havia nada divertido para fazer papai...
—Então falasse comigo, sabe o susto que me deu saindo assim dessa maneira garota?
Os filhotes olhavam para os dois alternando de pessoas a cada momento tentando entender.
— Ele é o seu pai?
Vidar perguntou curioso ainda atrás do pai.
— É sim, ele parece bravo mas é uma pessoa muito legal e corajosa.
Missy fala sorindo para seus dois novos amigos, mas para ao notar que eles pareciam sérios de mais.
— Alguma coisa errada?
— Sim, não vamos mais ser seus amigos!
Vagn falou duro e ouviu seu pai chamar a atenção, mas Vidar concordou com o irmão mais velho.
— O que? Por que? O que foi que eu fiz?
—Você é filha de um homem mau, que batia em nós!
Vidar falou manhoso, antes que ela pudesse responder, os filhotes correram para longe e Freya e Ragnar se obrigaram a segui-los.
Ragnar apenas disse um rápido “sinto muito” para Missy e foi atrás de seus filhotes...
Missy olhou o pai como se buscasse alguma explicação... Ela não entendia.
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O uivo do lobo
FantasyEm um mundo aonde animais que podem se transformar em humanos são reais, Ragnar vive uma vida solitária, fazendo jus ao lobo que era. Criado em uma aldeia repleta de costumes e tradições, o jovem havia decidido viver uma vida tranquila e longe de co...