Capítulo 10

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HENRY

Nunca pensei que seria tão fácil me aproximar de Caitlen Hayes, deveria agradecer aquele ex namorado dela, mesmo não indo com a cara dele. Seja o que ele tenha feito de tão ruim a ponto dela ter tido aquela reação, me ajudou muito a historia do namoro falso. Quem sabe eu consiga transformar ele em um verdadeiro e me aproximar mais das informações que preciso para acabar com aquele homem.

Tentei parecer mais cordial e apagar qualquer má impressão que tenha deixado quando sai daquela maneira do apartamento dela. Tento conversar sobre a família, mas ela não entra muito no assunto, não sei se a relação dela é muito boa com o pai, mas não vou desistir agora. Eu a deixo na porta do prédio, não a beijo, mesmo que quisesse, não quero força nada.

Pego a chave do meu apartamento no bolso e abro a porta e deixo a chave cair com o susto.

-Santo Deus.

-Chegou tarde. - Dona Tine acende o abajur e me assunto ainda mais quando eu a vejo com vestido de dormi longo e rosa com uma touca colorida na cabeça. -O que houve mon petit? Parece que viu um fantasma.

Solto o ar pela boca, pego a chave no chão e fecho a porta. Ela se aproxima tocando meu rosto que ainda deve está branco com o susto, em todas as vezes que cheguei tarde ela nunca ficou me esperando.

-Quase isso.

-Eu sou velha, mas não estou morta. -ela da um tapa forte na minha cabeça. Não tem como não rir. Ela se afasta passando pelo sofá da sala.

-Ficou me esperando? Não precisava, é melhor a senhora ir dormi. – tiro o sapato e jogo o paletó em cima do sofá, mas recolho quando ela me olha feio.

- Sente aqui Henry. -ela senta no sofá e da batidas para que eu sente ao lado dela. Chamou pelo nome, eu já sei quem vem sermão. -Seu irmão Valentin me ligou.

Não acredito que ele fez isso, meus irmãos estão começando a me tratar como um adolescente. Moro na mesma cidade que Nic e mal o via, agora todos os dias ele passa na minha sala, assim como o Valentin que me liga religiosamente me perguntando como eu estou. Mas ligar para a dona Tine foi golpe baixo, mesmo que ela fale algo eu não vou desistir do que pretendo fazer.

-O que ele contou? –me sento no sofá.

-Ele disse que você está afastado dos seus irmãos. -afastado? Eu contei o meu plano, aceitei as desculpas e entendi o porquê deles terem me escondido tudo aquilo. E não reclamo deles terem se tornando minhas sombras. -Sua sobrinha vai completar dois mês e você nem se interessa em saber sobre ela , antes você ia todos os fins de semana visita-lo.

Não tinha pensado nisso, realmente não tenho mais ido a França, Nic vive no meu pé dentro da empresa, por isso não devo ter reparado que estava me afastando.

-Vou visitar a Fleur. – eu até que gostei do novo nome dela. Me levanto do sofá. -Boa noite dona Tine.

- Boa noite mon petit.

-Dona Tine. -a chamo assim que chego no meio da escada, e longe o suficiente para ela não me dá um bom tapa. -Não me espere acordada com essa roupa.

-Garçon! – ela briga, ainda me vê realmente como um menino. Eu sempre acabo me divertindo, dona Augustine sempre foi como uma segunda mãe.

Tomo o banho e me jogo na cama. A visão de Caitlen entra na minha mente, ela estava realmente muito bonita. Me revolta pensar que aquele cara tenha feito mal a ela, tão assustada quando o viu. Mesmo assim se manteve firme, completamente decidia.
Quase pude sentir seus lábios nos meus de novo, foi por tão pouco, me controlei o caminho inteiro para não parar o carro e tê-la ali mesmo.

-Foco Henry. Plano em primeiro lugar. -no caminho ela me falou quem é o seu pai, e perguntou se eu me importava. Ela realmente acha que eu não tenho nada contra Clarck e que sou só o dono de uma empresa concorrente.

Não sei em que momento eu acabei dormindo, mas me sinto tão exausto, não fisicamente, mentalmente, toda a historia que meus irmão me contaram se mantem todos esses dias na minha mente.

O celular desperta e me levanto com a maior má vontade para tomar um banho. Depois de me arrumar eu desço e pego só uma fruta pra comer no caminho, demorei demais pra levantar. Dou um beijo na testa da Dona Tine e corro para fora antes que ela comece a brigar, para o desespero dela não tenho fome pela manhã.

O caminho para empresa foi mais longo que o normal, um transito estava um inferno. Não bastava ter saído de casa atrasado ainda teve um acidente no caminho, que me fez passar quase uma hora no trânsito lento. Entro apresado na empresa, sempre cumprimentando os funcionários.

Tudo dentro da V.TEC. é muito divertido, quase não temos paredes para os funcionários interagirem, áreas de lazer para descanso com tudo que uma empresa de tecnologia tem direto e toda a cor do local da um ar descontraído.

-Atrasado. -Beca fala assim que o elevador abre no andar da minha sala, acha que uma das poucas salas individuais daqui, a sala do Nic mesmo tem paredes de vidro.

-Bom dia para você também. -entro na sala e Beca entra atrás de mim. Coloco a mochila em cima da mesa e ligo computador. O silêncio e o olhar da Beca me incomodam. -Tem alguma coisa para me dizer?

-Você que tem uma coisa para me contar. - ela se senta na cadeira a minha frente. olho para ela me fingindo de desentendido. - Então. O que aconteceu? Me conta.

-Nos conte maninho. -Nic entra na sala. -Nunca tem ninguém pra me anunciar. Sou alguém importante sabiam?

Se alguém que não conhece o Nic escuta algo assim, vai acabar pensando que ele é um esnobe, mas é só a mania dele de ser o centro das atenções.

-Se você não percebeu eu estou um pouco ocupada tentando arrancar informações do seu irmão.

- Mais pelo visto você não conseguiu. Vamos lá maninho conte tudo para o seu irmão mais velho. -ele senta na cadeira ao lado Beca e arruma os óculos. Óculos?

-Desde quando você usa óculos?

-Desde hoje. Fiquei gatão. -ele da uma piscada. Normal ele não deve ser. -Não mude de assunto rapazinho.

Me sento, dou uma arrumada no boneco do Capitão América em cima da mesa, fazendo silêncio só para provocar, digito a senha no computador. Escuto a Beca suspirar irritada.

-Nós estamos namorando. - eu disparo vendo a cara de espanto deles. É até engraçado.

-Rápido assim? –os olhos da Beca estão surpresos. Sorrio com o espanto deles.

-Esse é meu maninho. -ele levanta a mão para uma batida de mãos, mas ele logo abaixa quando a Beca o olha feio. -Deixa pra lá.

-É uma brincadeira, ela queria enganar o ex-namorado.

-Então foi só para se livrar dele? -a ruiva parece mais aliviada, mesmo que ela saiba que pretendo usar Caitlen para saber mais sobre Hayes, seria de mais um relacionamento assim.

-Sim. Por acaso, você também a conhece, Nic. – viro da tela do computador para ele.

-Eu lembro, eu lembro. -Nick levanta a mão como se estivesse no primário pulando na cadeira. -É a garota da boate, que tava bem afim de mim e você foi um pouquinho mais rápido.

-Eu não tinha ligado as coisas. É a que fez você passar um mês nas nuvens?! -a cadeira vai ao chão quando Beca se levanta rápido. -Abortar plano! Henry você tem sentimentos por ela, isso não vai dar certo.

-Nada vai atrapalhar meus planos. -eu não vou me apaixonar por ela, é só uma atração passageira. -Eu não tenho sentimentos por ela.

-Henry!

-Nada vai me atrapalhar e eu já sei o que fazer, já que essa chance caiu no meu colo , eu vou usa-la. 

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bjs

Trilogia Irmãos Velmont  -Conectados (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora