Capítulo 17

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HENRY

-Pode deixar. -falo para o pobre rapaz que ficassem saber o que fazer vendo a Caitlen sair antes chegar o pedido.

-Sim senhor. –ele se afasta, tenho certeza que ela não reclame de demora no atendimento.

Clarck Hayes consegue ser ainda pior do que eu imaginei. Fazer tudo isso com a própria esposa? Se eu ainda tinha alguma duvida sobre a crueldade dele, com certeza foram embora, mas ainda não entendi onde minha mãe entra nessa historia. Ainda sentado na mesa do clube ligo para Valentin, preciso contar pra ele essa história.

-Alô? –ele atende apresado, eu posso escutar ao fundo o choro estridente da pequena Fleur.

-Eu posso ligar depois se estiver muito ocupado. –tomo um pouco do suco que a Caitlen tinha pedido.

-Não precisa. Pode falar. Eu estou só trocando a frauda da Fleur.

-Ah sim. Caitlen Hayes me procurou hoje.

-Não me diga que ela descobriu que você também ia usar ela, e foi te dar uns tapas. –o deboche dele é evidente.

-Não. Ela me propôs um acordo para falir de vez a Hayes Company.

-O que?! -ele grita e o choro de bebê, antes silenciado, volta de novo. Valentin solta um suspiro. –Ela estava tão quietinha.

-Ela quer me ajudar a falir a empresa do pai. Se é que eu posso chamar ele de pai, o cara acabou com a vida da mãe da dela.

-Não me admira. Sabemos muito bem do que ele é capaz.

- Ela veio até o clube para falar comigo, tudo bem ela trabalhar na empresa?

-Nããão. –não? Por que não? – Eu aumentei o volume do viva voz e a Fleur fez silêncio quando escutou você falando.

-Você está me saindo um pai bem babão.

-Nic não vai gostar de saber disso. Ele manda brincados e roupas toda semanada, para agradar ela. –bem cara dele, mas será que ele não percebe que ela não tem nem um ano? –Ela ficou tão bonitinha em uma jaqueta de couro preta que ele mandou.

Meu Deus meus irmãos tem problemas, e sério. Eu sinto pena dessa criança quando ela crescer, vai passar cada vergonha.

-Estávamos falando da Caitlen lembra? –ele suspira.

-Tudo bem, você sabe o que tá fazendo. –a voz dele fica mais perto, provavelmente tirou o celular do viva voz. –Qualquer coisa é só me ligar.

-Obrigado. Eu vou deligar, certifique-se de não afogar sua filha nessa baba toda. –ele rir e acho que a Fluer também está fazendo isso.

-Muito engraçado. Au revoir.

-Tchau. –desligo o celular e levanto a mão pedindo a conta. Pego a minha carteira dentro da mochila e deixo o dinheiro dentro do envelope.

Pego minhas coisas e saio do clube, prefiro tomar um banho em casa. No caminho ligo para Beca preparar a sala em frente a minha para ela, como uma mesa para secretária. Elas devem ser bem apegadas para Caitlen está levando ela junto.

Quando chego no meu apartamento está tudo muito silencioso. Se Dona Tine estivesse em casa, eu já teria escutado seus gritos para não deixar minhas coisas espalhadas. O que posso fazer? Eu mal sei onde ficam as coisas dentro da minha própria casa.

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Nunca estive tão ansioso como hoje, desde ontem eu não consigo parar de pensar que ela vai está tão perto e saber que ele vai chegar a qualquer momento me deixou assim. Não minto pra mim mesmo, eu gosto dela desde a primeira vez, dormimos juntos e mal consegui tirar isso da minha cabeça. O que me torna um idiota que ficou ofendido quando soube que ela estava me usando, sendo que eu estava tentando fazer o mesmo. Se eu soubesse que tínhamos o mesmo objetivo, eu não teria colocado essa ideia de seduzi-la na cabeça.

Desse que contei o que queria fazer para os meus irmãos, eles me aconselharam a deixar tudo no passado. Mas agora não é só pela morte do meu pai, é por tudo que ele fez Caitlen passar também. Essa vingança é por nós dois.

Quando escutei a voz dela, eu comecei a suar como um adolescente na frente do primeiro amor. Amor? Você deve está delirando Henry Velmont. Ela se senta na minha frente tão elegante e determinada.

A ideia para o jogo de realidade virtual é boa, chama a atenção dos jovens, mas precisa ser muito diferente do que a existe, vamos precisar de algum tempo para desenvolver..

-Já que tem alguém passando seus projetos para o Clarck. Eu prefiro que esse seja feito somente por nós dois, e o seu irmão. Fiquei sabendo que ele é muito bom com o marketing e vai conseguir vender isso fácil.

-Tudo bem. –concordo com a ideia, melhor não correr o risco. Se algo vazar vamos saber quem foi.

-Certo. Eu vou indo. –ela pega sua bolsa e sai rápido. Eu tó perdido.

-Caitlen. –a chamo antes que saia da sala. –Vamos almoçar juntos.

-Espero que isso tenha sido uma pergunta. –eu acho que soou como uma afirmação. Ela parece um pouco ofendida.

-Foi pergunta.

-Eu prefiro um jantar. Vou ter muitas coisas a fazer.

-Tudo bem. –ela concorda com a cabeça e um sorriso de lado ao sai da sala. Eu raramente a vejo sorrindo. Me encosto na cadeira. –Se controla Henry.

Eu espero que com o fim dessas farsas, quem sabe não poderia ser possível tentar. De qualquer maneira os jornais ainda acham que estamos juntos e a maneira como seu corpo reagia ao meu não poderia ser fingimento.

-Eu juro que esperava que tivesse brincando quando disse que ela iria trabalhar aqui. –Beca entra na sala fechando a porta e falando baixo, mesmo estando visivelmente incomodada. –É a filha do cara, ela pode está te enganado.

-Ela tem motivos para odiar ele. –eu me acomodo na cadeira. –Não se preocupe.

-Eu não me preocupo com a empresa, vocês são inteligentes o suficiente para se reerguer de qualquer coisa. –ela suspira, eu entendo o ponto dela, Beca é como minha irmã e se preocupa comigo.

-Não precisa se preocupar comigo.

Trilogia Irmãos Velmont  -Conectados (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora