Capitulo 4

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MAIS UM CAPITULO!!

Capitulo com coisinhas novas, que a gente não teve na primeira edição 

Deem muito amor a mais esse capítulo

Como prometido, um capitulo por dia, já estou postando o de amanha ^^

CAITLEN

Novamente eu acordo no meio da noite com sonhos ruins, mas assim que olho para a porta do quarto fechada, eu me lembro daquele idiota. Um filho da mãe, não deixa de ser um gato, mas continua sendo um escroto. Odeio homens que se acham os melhores só por que conseguem dar um orgasmo em uma mulher, tudo bem que tem uns que se acham e nem isso conseguem fazer.

Volto a deitar minha cabeça no travesseiro, minha mente insiste em trazer ele de volta. Os cabelos castanhos claros que tentam ser loiros, os olhos que não tenho ideia se são azuis ou verdes, a boca, ai meu deus a boca, quase posso senti-la em meu pescoço. Desço minhas mão por debaixo da coberta seguindo o mesmo caminha que as mãos dele fizeram.

Com os olhos fechados eu me deixo levar pela sensação ainda tão presente que o corpo dele deixou para trás. Preciso de alguns segundos para me dar conta do que estava fazendo, eu realmente me toquei imaginando um desconhecido?

Afasto as cobertas e caminho sem roupas até o banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água gelada percorrer meu corpo. Nem mesmo Dylan tinha feito com que eu me sentisse assim, completamente satisfeita e me deixo louca por mais. O acordo era de não ligar e sumir, então é isso que vou fazer. Esquecer esse cara.

Termino o banho e visto um roupão branco, deixo a tolha enrolada em meus cabelos e ando até a mesa dentro do quarto, o dia ainda não amanheceu, mas o céu fica tão bonito com o nascer do dia que pego meu caderno de desenho e um lápis e me sento na varanda. Coloco o caderno sobre a mesa, as folhas estão quase no fim, pego a lápis e começo um esboço. Um vestido com decote profundo, justo até o quadril e se abre solto com uma fenda na perna. Sexy e elegante, quem sabe vermelho.

Perco o tempo no desenho, pensando e colocando detalhes. Assisto o sol nascer antes de voltar para dentro do apartamento e me preparar para mais um dia tendo que enfrentar a fúria de Clarck Hayes.

Bom, eu até que me comportei, ele não deve ter necessitado gastar seu precioso dinheiro para tirar meu rosto dos tabloides. Uns amassos em uma boate não são o suficiente, não quando já fiz coisas piores.

Escolho saltos pretos, altos e finos, uma calça jeans preta com blusa social branca. Aquando não se sabe o que vestir se usa preto e branco. Sorrio com a frase que li em alguma revista de moda, meu reflexo aparece no espelho até chega a me assustar, não lembro da ultima vez que me vi sorrir, toco meu rosto.

-Trabalho Caitlen. –sacudo a cabeça e termino de me arrumar. Pego minha bolsa e os óculos escuros, minha barriga ronca com a fome, mas eu estou com preguiça de fazer algo. Passo pela sala e a luminária que fica ao lado do sofá está no chão. –Quando foi que isso caiu?

Coloco de volta sobre no lugar antes de sair do apartamento, desde que me mudei eu pouco conheço meus vizinhos, eu sei que alguém tem a vizinha de baixo tem um cachorro que sempre fica latindo na varanda. Deve ser um poodle de vestidinho.

A porta do elevador se abre eu caminho ate meu carro, jogo a bolsa no banco do passageio antes de sair do prédio e ser inundada pelo sol, qual a necessidade de tanta luz? O óculos escuro ofusca um pouco os raios. Eu me foco no transito e em ficar acordada, meu corpo começa reclamar as horas de sono perdidas.

O prédio cheio de vidros azuis é tão sem graça para ser uma empresa que trabalha com a criatividade e um mundo colorido, pelo menos é assim que eu imagino como deveria ser uma empresa como essa, as pessoas precisam de um ambiente mais amigável para criar.

Eu sou um pouco culpada pelas coisas serem assim, eu aprende que os funcionários devem nos ver como autoridades maiores. Como eu odeio esse lugar. Deixo as chaves com o manobrista e sigo como sempre o caminho ate minha sala, sem olhar, sem falar e sem sorrir.

-Peça algo para eu tomar café. –a Lucy salta da cadeira quando escuta a minha voz. Eu nem esperei o elevador abrir direito e já estava pedindo. Eu tenho carinho por ela, o mesmo que tinha com a minha mãe, mas eu não sei ser de outra maneira.

-Achocolatado? –confirmo com a cabeça e marcho como um dos soldados do Clarck. Suspiro quando vejo as pastas sobre a mesa, números e mais números. Eu adoraria olhar para eles e esquece-los, gostaria de não entende-los e de nunca ter ideia de melhora-los, talvez assim ele não teria me feito entender tudo isso ainda uma criança.

Eu ate penso em começar, mas minha cabeça está turva de cansaço e fome. Me encosto na cadeira e fecho os olhos.

"-Você vai para um internato, eu não quero a filha de outra na minha casa. – vejo o rosto de superioridade da Jane sobre mim"

-Caitlen? –Lucy me chama ao entrar na sala com um sanduiche e meu achocolatado, eu nunca consegui gostar de café, é a bebida preferida dele. –Quando foi a ultima vez que você comeu?

-Ontem. –quase engulo o sanduiche antes de mastigar, depois de um sexo daquele eu tava mesmo precisando comer.

-Você não deve ser assim Caitlen, tem que se cuidar. –eu olho para ela, e ela entende que não estou para assunto. Lucy levanta as mãos rendidas e sai da sala.

Termino de comer e volto a olhar para os papeis. Pego a minha bolsa, posso fazer isso depois, tem algo que eu quero ver agora.

-Não demoro. –falo ao passar pela mesa da Lucy.

O caminho continua o mesmo, eu só não lembro a ultima vez que o fiz depois de ter voltado do colégio interno. Entro em uma área mais afastada do centro e logo as grandes mansões surgem. Abaixo o vidro da janela do carro quando paro na frente do portão preto, os seguranças ate se assustam quando me veem, mas abrem sem pestanejar.

O jardim florido e a grama verde ainda parecem as mesmas, mas a mesa de chá e o balanço de quando eu era criança não estão mais aqui. Paro na entrada da casa, e antes que eu bata, as portas estão sendo abertas.

-Senhorita Hayes, é muito bom vê-la. –o fiel escudeiro do meu pai ainda está aqui, claro que ele não iria se livrar do Dimitre.

- Não precisa ser falso. –eu caminho em direção a escada, o homem fecha a porta e me segue. Paro sobre os primeiro degraus quando percebo que ele vai me seguir. –Não sou meu pai, não preciso de você lambendo meus pés.

-Senhorita...

-Faça a mesma coisa que você fez quando minha mãe foi expulsa daqui. Sua patroa está indo embora. –termino de subir as escadas e no corredor eu me encosto na parede com a respiração descompensada. Eu lembro dele dizendo que não podia mais receber ordens da minha mãe, eu assisti da janela do meu quarto, ele pondo as malas da minha mãe no carro e batendo a porta para não correr o risco que ela tente entrar de novo na casa.

Abro a porta da suíte, o antigo quartos dos meus pais. Jane está arrumando as malas, como eu previa, Clarck prefere não está em casa quando manda suas mulheres embora.

-Caitlen. –ela se vira para mim.

-Você vai embora, eu não quero a amante do meu pai na minha casa. – ponho no meu rosto a mesma mascara de superioridade que ela tinha.

-Essa casa não é sua.

-Eu ainda tenho o sobrenome Hayes, então sim, essa casa é minha, tudo é meu. –nunca pedi para ter, mas é meu. 

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               bjs

Trilogia Irmãos Velmont  -Conectados (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora