snow day.

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Depois do jantar, subi para colocar Louis na cama, mas ele estava inquieto, não queria dormir antes de dar um beijo em Cheryl.

— Mommy, chama a mamãe pra vir me dar um beijo de boa noite, por favor.

Implora com os olhinhos brilhando. Como negar algo para ele? Se ele me olha com esses olhinhos mel tão lindos e essa carinho fofa, como? É impossível.

— Tudo bem. — Concordo e ele sorri, pega a chupeta e coloca em sua boca. Preciso começar a ensinar ele a dormir sem isso, já passou da hora dele largar a chupeta. — Já volto.

Ele apenas acena e agarra o tigre de pelúcia que está em seus braços. Levanto-me do chão e saio do quarto, a porta do quarto onde Cheryl dorme está aberta, o que quer dizer que ela não está ali. Desço as escadas em busca de Cheryl, nada de sala, penso em ir em seu escritório mas, ao ver a luz da cozinha acesa deduzo que ela está lá.

— Cher...

Me calo ao me deparar com aquela cena, engulo seco e travo no lugar. Cheryl está encostada em um dos balcões da cozinha, ela lê algo em seu aparelho celular enquanto come alguma fruta que está no pequeno pote verde ao seu lado. Mas o que me chamou a atenção não é o que ela está fazendo e sim a forma que ela está vestida. Pigarreio e balanço a cabeça, tentando em vão desviar a atenção de suas pernas.

— Que susto, porra. — A voz alarmada de Cheryl me faz voltar a olhar seu rosto, ela está com uma mão na boca e os olhos meio arregalados. — Desculpa, você me assustou, amor.

Amor...

Poderia até tentar pensar em alguma coisa mais coerente, mas por que raios as pernas dela parecem tão atrativas? Por que Cheryl está usando essa camisola, robe, não sei o que é. E por que eu simplesmente não consigo raciocinar ou ter reação de não olhar para ela?

Cheryl parece ter algum tipo de áurea sexual que te atrai como um imã. Não é porque não me lembro de alguns anos da minha vida que parei de apreciar a anatomia feminina, afinal, sempre gostei de admirar as garotas da escola. E admito... Cheryl sempre foi uma delas.

Mesmo sendo irritante e idiota, Cheryl sempre foi linda. Confesso.

— Ou? Tudo bem? — Cheryl estala seus dedos em frente ao meu rosto, salto com o susto e quase caio no chão, mas Cheryl me segura pelos ombros. — Está sentindo alguma coisa? Você está meio pálida.

Sua voz demonstra preocupação, balanço a cabeça negativamente. Cheryl solta meus ombros e dá um passo para trás, mantendo o olhar em meu rosto, estudando-o com cautela, como se estivesse se certificando de que está mesmo tudo bem comigo.

— Eu estou bem, eu só...

— Quer cereja? — Cheryl me interrompe, olho para ela e a vejo pegar o mesmo potinho que vi antes. — Essas estão doces, do jeito que você gosta.

Ela pega uma cereja e leva até sua boca, seus lábios envolvem a pequena fruta e ela fecha os olhos para saboreá-la. Meus lábios se abrem um pouco sozinhos, minha respiração falha e tenho que me controlar para não pensar besteira alguma. Por que de repente tudo em Cheryl me faz pensar em algo sexual?

Foi a maldita dança... Maldita Bachata!

— Eu não quero, não, obrigada. — Finalmente consigo dizer, Cheryl dá de ombros e pega outra cereja. — Eu vim te chamar, Lou pediu que você fosse dar um beijo nele de boa noite.

— Hm. — Cheryl se afasta do balcão e deixa o pote em cima do mesmo, limpa a boca com as costas de sua mão. — Eu esqueci de ir lá falar com ele.

stupid wife ∙ cheronicaOnde histórias criam vida. Descubra agora