Capítulo 2

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Capítulo II

E também houve mais um dia em que não teve a sorte que gostaria de ter...

Estava conversando com seus amigos sobre o mais novo episódio de Dragon Ball e nem percebeu que não olhava para o caminho.

No começo Luciano não percebeu que havia mais alguém ao seu lado, muito menos que teria esbarrado no aluno, até se virar para o lado e perceber seus amigos encarando, desesperados.

Virou se lentamente, rezando para que não fosse o repetente que tanto temia. Infelizmente, suas pequenas orações não foram atendidas, e ali estava Glodoaldo, o encarando com ódio.

- Desculpa – pediu com a voz quase inaudível.

Virou se rapidamente, e teria seguido seu caminho se Glodoaldo não tivesse se vingado colocando um pé em sua frente para que caísse. Sem dizer uma palavra, Luciano se levantou e continuou andando como se nada tivesse acontecido, mesmo que sua cabeça e joelhos estivesse doendo naquele momento.

Depois dos primeiros encontros com Glodoaldo, Luciano tentava ser o mais cuidadoso possível para não encontrar com o rapaz pelos corredores. Evitava encará-lo ou frequentar os mesmos lugares que ele.

Já fazia alguns dias, e depois de chegar em casa de um longo dia, Luciano foi obrigado a ir até a centro da cidade com sua mãe.

- Mas aqui é tão chato! – Resmungou enquanto era puxado pela mãe.

- Para de reclamar... Só reclama... – A mulher disse, já sem paciência enquanto entrava numa loja.

O pequeno já não prestava tanta atenção no que a mãe dizia, pois, seus olhos se focavam na vitrine da loja na frente de onde estava. Animado, correu até sua mãe.

- MÃE! Mãe! Mãe! Manhee – cutucava a moça que já estava sem paciência com a atendente ao seu lado, e agora com o filho

- O QUE FOI MOLEQUE!? PARA DE ME ENCHER! – Explodiu de repente, chamando a atenção de todos da loja – O que você quer!?

- Posso ir na loja da frente? Eu juro que eu não saio dali! – Pediu fazendo bico, tentando ser o mais convincente possível – Eu só fico na vitrine, mãe! Por favorzinho!

- Vai!

Luciano sorri e sai animado para ficar observando a vitrine da outra loja. O que havia chamado sua atenção naquela loja desde o início era uma pequena coleção de miniaturas de carros, parecidos com a coleção que ele já possuía. Entretanto, naquele meio, um carrinho em específico chamara sua atenção: Era um carro azul escuro com duas listras brancas.

Não sabia quanto tempo tinha se passado enquanto encarava o carrinho azul, só voltou a realidade quando o vendedor da loja cutucou seu ombro.

- Precisa de ajuda, garotinho? – Perguntou educadamente

- Não precisa não! – A mãe de Luciano interrompeu, chegando no recinto, depois de deixar a outra loja. Impedindo que o filho respondesse.

- Mãe! Mãe! Olha esse carrinho! – O menino puxou a mãe até a vitrine para mostrar o carrinho – Eu não tenho esse. Compra para mim?

- Você já tem muitos carrinhos, Luciano. Depois eu compro – a mulher tentou puxar o garoto para ir, mas ele não saiu do lugar

- Senhora, não tem problema comprar um carrinho para o menino. Esse é da coleção ilimitada, ninguém tem um como esse! – O vendedor explicou fazendo os olhos do menino brilharem mais ainda sabendo que mais ninguém teria um carrinho como aquele.

Só alegriaOnde histórias criam vida. Descubra agora