6 | o melhor de nós - parte I

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JONATHAN HIMMES
20/21 anos (Um pouco mais de 2 anos e meio antes de Inércia)
Leeds - England

- É minha vez Elivie! - Brie protestava enquanto eu chegava no hall de saída da casa dos Ludwig, com as minhas coisas e as de Hailey, que tinha ficado no quarto terminando de se arrumar.

- Não tem essa coisa de vez. - Elivie, a bela namorada francesa do Carl, disse virando de costas pra Brie com a Liana nos braços. A garotinha riu.

A semana foi inteira assim: todos queriam um pouco a atenção da linda e esperta menininha de oito meses. Minha afilhada, a três dias. Obviamente eu já a considerava antes disso.

Viemos todos para Leeds, para batiza-la, e estamos hospedados na casa do Ben e de seus gentis avós, senhora Antonieta e o senhor Joe. A família do Ben era católica, principalmente os avós dele, então tudo foi cuidado por eles.

Entretanto, hoje tínhamos programado algo diferente, para passarmos o fim de semana. Com o tempo estranhamente bom na Inglaterra, acabamos resolvendo acampar em um vale em um parque florestal há alguns quilômetros daqui.

- Bom dia. - Desejei a elas.

- Bom dia. - Responderam quase em uníssono.

Soltei nossas coisas ali no chão, junto a dos outros, e me aproximei de Elivie e de Liana, com a Brie e Elivie me fulminando com o olhar.

Elivie suspirou.

- Com quem ela quiser ir. - Disse em seu sotaque forte.

Estendi os braços pra Liana, e Brie fez o mesmo.

Quando ela estendeu os bracinhos pra mim, com um sorriso meio banguela, fui eu a sorrir vitorioso pra Brie, a tomando de Elivie.

- Ela gosta mais de você porque você tem cara de palhaço. - Brie resmungou.

- Eu não tenho culpa de ser tão popular. - Brinquei, balançando Liana, que com suas mãozinhas agarrou o cabelo da minha nuca, e o puxou, achando isso incrível.

- Ela gosta do cabelo do Jonathan. - Elivie disse sorrindo. Eu preferiria que ela não gostasse. Deixar o cabelo grande nunca foi tão dolorido, nem mesmo quando a Hailey acha que é uma cabeleireira e enche meu cabelo de trancinhas difíceis demais de se desfazerem.

E nesse exato momento ela aparece em nosso campo de visão, como um colorido furacão.

- Bom dia, mulheres bonitas! Bom dia bebê! Bom dia de novo, meu lindo! - Cantarolou estranhamente bem humorada se aproximando de nós, normalmente ela não era assim pela manhã. Mas a Inglaterra estava fazendo bem a ela, era notório.

- Bom dia! - Desejamos.

- Posso saber porque de tanto bom humor? - Brie perguntou a ela, enquanto eu notava que ela vestia um casaco grande e militar masculino que eu não tinha visto. Ele pegava em suas coxas, e a meia calça grossa nas cores do arco-iris e o coturno preto pesado a deixam no mínimo exótica. Eu gostava.

- Ainda não vi o Henry... - Ela brincou. Mas verdade seja dita, ela não gostava muito dele, e eu não tinha entendido o porque, mas segundo ela, ele era um "peso negativo". Ela prosseguiu, chegando bem ao meu lado. - Acho que só acordei assim. - Disse me olhando brevemente, erguendo o rosto e piscando um olho em cumplicidade para mim, me fazendo sorrir, em sua malicia, enquanto as garotas nos olhavam da mesma forma.

Eu poderia dizer que tivemos uma noite de muito sexo, mas eu mentiria pois apagamos completamente vestidos, enquanto assistiamos a reprise de um programa de culinária, comendo comida roubada da geladeira dos avós do Ben.

Ignorando as Leis de Newton Onde histórias criam vida. Descubra agora