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Marinette Dupain-Cheng nunca se sentiu tão satisfeita.
Estava ao lado de seu crush, naquela saleta da casa dos pais de Adrien. Ok, não estavam fazendo nada a mais do que um simples trabalhinho de colégio, mesmo assim... já era um desejo realizado.
Marinette estava absorta demais vendo como aquele branquelo tão bonitinho ficava tão jeitoso enquanto estava prestando atenção nos livros de física espalhados na mesa central da sala monocromática e bem decorada. Vez ou outra, o Agreste — como era carinhosamente chamado pelos íntimos — levava a ponta do lápis amarelinho e mordia a borrachinha com os caninos branquinhos. Fazia isso quando estava tão concentrado ao ponto de criar suas próprias hipóteses para aquela matéria tão cheia de detalhes.
Em alguns momentos, o olhar de Marinette escorregava rapidamente pelo corpo do maior. Usava uma camiseta simples e uma calça jeans. Havia retirado o par de tênis que antes protegia seus pés, e pisava apenas com a meia preta sobre o tapete felpudo.
— Mari
Marinette voltou para o momento, saindo no mundinho imaginário que havia a sugado por instantes — e onde Adrien oferecia-se voluntariamente para mostrar que sua cueca também combinava com aquela roupa pré-selecionada, antes de agarra-la no meio da sala de estar — e percebeu que havia sido pego em flagrante.
— Tem algo no meu rosto? — Adrien tombou o rosto para trás, curioso.
— Não, não! — Marrinette soltou uma risada que quase materializava-se em nervosismo puro. — Eu... uh... estava vendo seu caderno. Você está treinando lettering?
O Agreste soltou uma risadinha.
— Não. Por que?
— Sua letra... uh... ela está mais bonitinha. — Foi o jeito mais estupido, em sua mera opinião, de tentar sair daquela situação.
Adrien não tinha a letra bonita pela mania de escrever rápido, algo que todos no colégio já sabiam. Dava trabalho para os professores durante a correção, porque era difícil compreender o que Adrien escrevia naqueles pequenos garranchos. Pelo menos, era um ótimo aluno.
— Claro. — Soltou um sorrisinho de canto. — Bonitinha como a de um médico ou como a de um homem pré-histórico?
Novamente, Marinette riu de nervoso.
— Eu acho as letras dos médicos bonitas... — A Cheng murmurou. Pensou em um jeito de contornar a situação, e mudar rapidamente de assunto. Pigarreou, e tateou o bolso da calça. Juntaria o útil ao agradável, precisava comunicar seu pai que se atrasaria para o jantar. — Eu... preciso ligar para o meu pai. Se importa?
— Não, fica à vontade. — Adrien deu de ombros, voltando o olhar para o livro que fazia pequenas anotações no rodapé.
Marinette sorriu, e olhou para o celular.
Sentiu preguiça de desbloquear, e por momentos, agradeceu a Deus pela bendita Siri.
Oh, se ela soubesse...
— Siri, ligar para dad. — Murmurou. Havia colocado o contato de seu pai como “dad” justamente por uma brincadeira, e também, porque achava “dad” uma palavra bonitinha quando acompanhada daquele emoji de girassol.
Ela só não esperou que a Siri fosse fazer uma confusão.
— Ligando para daddy. — A voz robótica daquela espécie de “inteligência artificial” murmurou. Marinette sentiu o sangue correr tão rápido por suas veias que pensou que desmaiaria.
“Merda, merda, merda...” Gritou internamente, tentando ao máximo cancelar aquela ligação. O problema era que estava tão nervosa que seus dedos simplesmente não iam para o ícone certo.
Tudo pareceu perdido quando o toque de celular característico de Adrien ecoou pela sala.
A sala nunca pareceu tão silenciosa, se não fosse pelo barulho do toque. Adrien o olhou, puxando o celular do bolso. Mordiscou o lábio.
— Minha mãe, tem problema se eu atender?
Marinette meneou a cabeça em negação.
Havia sido salva pelo gongo! Relaxou, enquanto o loiro se distanciava até a cozinha.
Achou que tudo estivesse bem, até a chamada — que ela havia, sem perceber, colocado no viva-voz — ser atendida. Olhou, os olhos arregalados para a tela.
— Então, daddy, huh? — Ouviu a voz de Adrien, e olhou-o. Estava atrás do balcão com um maldito sorrisinho de canto.