Capítulo 1

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Naruto//

- Não é comum compartilhar esse tipo de informação, mas, como preciso checar e confio em você, vou perguntar. - Gaara falou. Ele era o Kazekage de Suna - Tenho recebido muitos relatórios de ninjas que surpreenderam possíveis espiões das aldeias da chuva, da grama e do rio. Esses países ficam na divisa entre Konoha e Suna. Tem acontecido algo do tipo na Folha?

- Bom, realmente, eu não devia compartilhar nada do gênero, mas já que tocou no assunto e é você, Gaara, não vejo problema. -respondi. Gaara e eu confiamos muito um no outro, temos uma amizade que vinha de antes de nosso títulos - O mesmo se passa em Konoha. Eram casos isolados ano passado, mas de uns meses para cá, tem se tornado mais frequentes.

- Isso não pode ser boa coisa, Hokage. 

Países pequenos têm tendência a se revoltarem contra os maiores, seja por intrigas do passado ou pela desigualdade das condições de vida que elas podiam ofertar.

- Não pode ser coincidência, estão agindo em conjunto - concordou Naruto - Nossa Equipe de Inteligência conseguiu algumas informações invadindo a mente de alguns dos "espiões" que agiam de forma mais suspeita.

- Tem algo que possa me revelar?

- Sim, esse é o principal motivo pelo qual te chamei para essa reunião de emergência - expliquei - A chuva, a Grama e o Rio fizeram uma aliança secreta e pretendem destruir Konoha e Suna simultaneamente, mas com planos independentes, para que não desconfiemos de nada, nem seja possível ajudarmos uma a outra. Aparentemente, planejam uma maneira de nos atingir de dentro.

- Devem ter decidido colocar isso em prática agora que estamos todos em paz. Não esperamos um ataque repentino - o ruivo pensou alto.

Após a 4ª Guerra Ninja, a paz se instalou em todas as cinco grandes nações e, por consequência, em suas vizinhas menores também. O plano de Madara afetara todos, e, com o fim do conflito, todos passaram a colaborar para que a ordem fosse mantida.

- Aparentemente é algo relacionado às perdas causadas por conflitos entre Konoha e Suna no passado -continuei.

- Seria melhor acharmos uma maneira de evitar um conflito armado direto. Talvez fazer com que seus planos se frustrem antes mesmo de avançarem.

- Certo. Você se importaria se um conselheiro ancião meu nos ajudasse a achar uma solução? - perguntei - Você deve chamar um dos seus também, é claro.

- Acho válido.

...

Após informarmos os fatos aos conselheiros a respeito da situação.

- Então, o que acham? O que podemos fazer? - já estava ansioso.

O ancião, Conselheiro de Suna, começou a falar - Um conflito direto não seria uma boa ideia mesmo. Colocaria em risco a paz que lutamos tanto para conseguir. Seria bom que as aldeias tivessem um vínculo forte. Algo mais do que uma aliança shinobi.

Foi a fez do meu conselheiro falar - Uma guerra seria uma solução temporária e causaria mais revolta. Se nossas vilas estiverem unidas antes de eles colocarem seu plano em ação, poderíamos abafar essa revolta sem alarde.

- Se representantes de Konoha e Suna já estivessem uma na outra, não haveria necessidade de chamar por ajuda, uma vez que ela já estaria lá. Representaria uma ameaça considerável ao plano deles.

- Que tipo de elo seria esse? - perguntei.

- Um casamento, por exemplo - o conselheiro de Konoha se adiantou em dizer.

- Mas eu já sou casado - A Hinata e meus filhos são tudo para mim, nunca os deixaria.

-Mas nós temos alguém de alto escalão, Nanadaime. Seu conselheiro pessoal, Shikamaru. É a autoridade mais próxima que temos do senhor.

- E nós temos uma princesa - concordou o conselheiro de Gaara.

- Não acho justo fazermos isso com eles.

- Eu também não - Gaara concordou, não poderia fazer algo desse tipo com sua irmã.

- Não entendam mal, não é preciso ser um casamento de verdade, mas deve parecer real. Não sabemos até que nível o inimigo já conseguiu se infiltrar - meu conselheiro explicou.

- Exato. Só até abafarmos a revolta. Para que ocorra da maneira mais pacífica possível. Depois que se acalmarem, não terão mais influência para tentar algo - completou o ancião de Suna.

- Devemos consulta-los primeiro sobre isso - eu disse.

- Só colocaremos em pratica se ambos concordarem - Gaara concordou.

- Certo. Mas o importante é que absolutamente ninguém, além de nós seis, saiba sobre isso - o ancião de Konoha disse por fim.

...

- Parece ser a solução mais simples, segundo os conselheiros anciãos -disse após explicar a situação para Shikamaru.

- Que saco. É complicado.

- Não vamos seguir em frente a não ser que você e a Temari concordem.

-Não posso dizer que estou animado. Mas se é pelo bem de Konoha, fazer o quê?! - respondeu revirando os olhos - Se der certo mesmo, podem contar comigo.

- Muito obrigada, cara. - disse sorrindo - Vou te deixar por dentro de todas as decisões.

...

Gaara//

- Não acredito, Gaara - Temari respondeu após eu explicar tudo - Querem tornar minha vida um ato político.

- Eu sei que é pedir muito. Mas ao que parece essa é a solução menos danosa - continuei -Não faremos nada se vc não concordar.

- Pelo menos isso, muito obrigada. - o tom de ironia em sua voz estava pior que o normal.

- Quer um tempo para pensar?

- Quando você precisa dar a resposta?

-Amanhã às 20h farei outra reunião com o Hokage e os anciões. Seria bom já saber se colocaremos esse plano em prática ou se devemos pensar em outro.

- Certo. Até lá falo com você e comunico minha decisão. Mas não prometo nada- ela disse por fim.

-Obrigada.

Temari//

Deitada na minha cama não parava de pensar na proposta de Gaara, como tudo aquilo era um absurdo, como o destino de Suna estava em minhas mãos e eu tinha menos de 24h para me decidir. Estava com a cabeça quente, então resolvi dar um volta para respirar um pouco e pensar com calma.
Após andar alguns quarteirões, sentindo o vento da noite passar pelos meus cabelos, as ideias começaram a clarear em minha mente. Estava perdida nos meus pensamentos, quando percebo a presença de alguém ao meu lado.

Uma história de amor e ódio {{Shikatema}}Onde histórias criam vida. Descubra agora