Shikamaru//
Depois do ocorrido, resolvemos andar mais um pouco e paramos muito tarde da noite. Dessa vez, pararíamos por poucas horas, Temari assumiu o lugar de Mika na guarda de Gaara e eu fiquei de vigia do acampamento e da espiã.
O tempo passou rápido, com Mika dormindo e sem nenhum sinal de perigo.
Quatro horas depois, saímos para o último trecho do caminho até Konoha, e ainda estava um pouco escuro.
Inaho tinha assumido a vigia de nossa espiã e a conduzia pelo caminho.
Temari e eu viajávamos lado a lado, ambos bem cansados, então reinava um silêncio entre nós, mas um silêncio confortável.
...
Um bom tempo depois do amanhecer, chegamos na vila, e eu só queria hibernar, dormir no mínimo 14 horas seguidas, mas ainda tinham alguns detalhes sobre a missão a serem acertados.
Inaho e Yakku se direcionaram ao departamento de interrogação com Mika. Ino entraria em sua mente e grandes avanços seriam feitos.
O restante de nós fomos para a mansão do Hokage, onde Gaara dispensou Ayato.
Estando apenas os que sabiam da real missão dentro do gabinete, decisões começaram a serem tomadas. Como chegamos cerca de meio dia antes do previsto, o local que eu ocuparia com Temari ainda não estava pronto para nos receber.
Foi decidido que, provisoriamente, nós ficaríamos na casa da minha mãe e só a noite nos instalaríamos efetivamente.
A cerimônia de apresentação seria no dia seguinte, os pormenores nos seriam passados pela manhã e logo antes do evento, com foi em Suna. Teríamos o resto do dia de hoje "livre", desde que não abandonássemos a missão principal.
Logo fomos dispensados.
-Para a casa da minha mãe, então - coloco as mãos na minha nuca.
-Pelo visto, sim - Temari diz, nada animada.
Conduzo ela até a casa e paramos em frente a porta. Ambos respiramos fundo.
-Não esperava conhecer sua mãe logo de cara - ela começa.
-Não tem porque ficar nervosa. Certeza que vai sobrar tudo para mim - respondo e bato à porta.
Tenho a impressão de que ela prendia a respiração. Seguro sua mão como se fosse o mais natural a fazer.
Ela me encara.
-Ela já sabe. O hokage mandou avisar, lembra?
-Ah, certo - ela estava corada e fazia um biquinho.
O pensamento de que ela fica muito bonita assim cruza a minha mente.
A porta se abre e vejo o rosto da minha mãe. Ao notar que somos nós, ela dá um pequeno sorriso para Temari.
-Não estava esperando vocês tão cedo. Entrem - ela deu espaço para passarmos.
Entramos em casa e nos sentamos na cozinha.
-Vocês estão bem? - minha mãe perguntou.
-Estamos sim, só um pouco cansados - respondi. Temari apenas sorriu, concordando.
- Como foi a viagem?
-Tivemos uns imprevistos, mas nada que não pudéssemos contornar - falei.
Minha mãe, desistindo das formalidades, tocou no assunto que eu sabia que ela realmente queria saber.
-Então, Temari, não é? - ela começou, fitando-a.
-Sim.
-Me conta como foi que você e meu filho acabaram ficando juntos - Ela se virou para mim, franzindo as sobrancelhas - Porque se depender desse aqui, eu não fico sabendo de nada.
Temari//
Shikamaru e eu não combinamos história nenhuma, então, eu comecei com a verdade.
-Bom, a gente se conheceu no Exame Chunin, aquele em que o Orochimaru invadiu a vila. Chegamos até a batalhar um com o outro nas finais.
Ela prestava atenção em cada sílaba minha.
-Nos encontramos outras vezes, em missões conjuntas das duas vilas, durante a Quarta Guerra e em reuniões dos kages - o que não era totalmente mentira.
Olhei para ele, que acenou com a cabeça, dando certo crédito ao que estava dizendo, e me encorajando a continuar.
Então, não estou me saindo mal, acho.
-Bom, aí, a senhora sabe como é, a gente acabou se aproximando - acabei me enrolando um pouco.
Tomara que ela pense que é timidez.
-Então, um dia, depois de uma reunião em Suna, eu tomei coragem e convidei ela para jantar - Shikamaru interveio, me ajudando.
-Quem diria, você tomando iniciativa para algo, filho.
Deixo escapar uma risada.
Então, foi isso que ele quis dizer com "vai sobrar para mim".
-Desde esse dia, a gente passou a conversar mais e sobre coisas diferentes de trabalho, desenvolvemos uma certa intimidade - disse tentando ajudar o Nara.
-Isso - ele concordou.
-E como foi o pedido? - senhora Nara disparou, empolgada.
Puts. Como foi o pedido?
-Foi...bem simples - comecei - E eu não gostaria que não fosse assim também.
-E depois eu falei com o irmão dela - Shikamaru me cortou.
-Não que isso fosse preciso.
Em que época ele acha que a gente vive?
Mas me poupou de pensar em pormenores do pedido, então não foi de todo ruim.
A senhora Nara deu uma leve risada.
-Já gostei de você.
Um misto de felicidade e culpa surge em meu peito. Consigo apenas dar um pequeno sorriso em agradecimento.
-Vocês precisam descansar - ela disse se levantando - Eu vou ao mercado buscar algumas coisas para o almoço. Já que um certo alguém não me avisou que teríamos visita - seu tom se tornou mais agressivo.
-Não deu tempo, mãe - Shikamaru falou como uma criança.
-Eu não quero dar trabalho - disse, vendo a confusão se formar.
-Imagina - senhora Nara respondeu doce novamente - Eu já vou indo. Fique a vontade.
Ela foi em direção a porta e se despediu com um aceno, deixando eu e Shikamaru sozinhos.
Uma tensão se instalou no ambiente. Não era a primeira vez que nos encontrávamos em uma situação desse tipo. Mas algo estava diferente.
Shikamaru coloca uma das mãos na nuca antes de começar a falar
-Podemos deixar nossas coisas provisoriamente no meu quarto.
-Por mim, tudo bem - concordei.
Ele foi na frente, me mostrando o caminho, e eu o seguia de perto.
Eu estava bem sem jeito com toda aquela situação, estar na casa dele, conhecer a mãe dele, ir para o quarto dele.
De repente ele parou em frente a uma porta fechada, que deduzi ser seu quarto.
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Uma história de amor e ódio {{Shikatema}}
FanficTemari nunca foi muito com a cara de Shikamaru, sempre o achou preguiçoso e convencido. Shikamaru nunca deu moral para a princesa de Suna, Temari, sempre a achou complicada e estressada demais. Mas, quando ficam cara a cara com uma guerra iminente e...