Capítulo 2

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Larissa


Quando eu cheguei no portão da casa me deparei com um homem alto e forte. Fiquei surpresa, não fazia a mínima ideia de quem era. Ele estava vestido de preto e tinha algo pendurado no pescoço.

— Você que é a dona da festa? - pergunta sério vendo eu me aproximar.

— Da casa! A festa não é só minha... - tomo um gole da cerveja que estava no meu copo.

— E quem é a dona da festa então? - ele me encara.

— Eu e a Bia ué. E você, é amigo dela? Ela ta lá na piscina! - aponto para o fundo do quintal.

— Tudo bem, você serve...

Enquanto ele fala, eu o analiso da cabeça aos pés. Ele é bem gatinho. Os olhos esverdeados, o cabelo castanho, a barba por fazer... E eu nem vou falar desse corpo, ele parece ter sido esculpido.

Eu percebo que o objeto pendurado em seu pescoço era um distintivo e entendo na hora o que esta acontecendo.

— Humm... Eu já sei quem você é! - falo maliciosa - Você é um stripper!

Me aproximo mais dele e passo a mão pelo seu tórax.

— Não, eu s... - ele segura minha mão.

— Gente é sério, como vocês descobriram que eu tinha tesão em farda?

Grito rindo olhando para as pessoas no quintal.

— Cadê a Beatriz? Isso foi ideia dela né? Chama ela lá. - peço a um homem que passava por perto.

— Você pode prestar atenção? Eu disse qu... - ele começa.

Mas Bia chega o interrompendo.

— Que isso? - ela pergunta vendo eu me atirar no homem.

— Não foi você? - paro e a olho confusa.

— Amiga, eu não to sabendo de nada não. - ela solta meio embolado - Pode ser coisa dos meninos...

— Vem, entra. - eu o puxo o pra dentro e fecho o portão.

— Olha só moça - ele fala irritado - Eu sou policial. Teve uma queixa de som alto e eu vim verificar...

— Vo-Você é policial... De verdade? - falo retornando a minha consciência.

Não acredito que passei essa vergonha.

— Um segundo... - falo para ele.

Pego meu celular e ligo para Guilherme, que esta na mesa de DJ. Ele atende.

— Amigo, abaixa o som ai que eu acho que deu merda aqui...

— Ok - ele desliga o telefone e abaixa um pouco o som.

Eu olho para o homem a minha frente.

— Seus vizinhos ligaram reclamando de barulho, disseram que essa festa está acontecendo desde cedo.

— Esses vizinhos chatos dela tão falando o que? Eles fazem pior! Essa rua parece mais um puteiro! - Bernardo chega completamente alterado.

Pior que nem é mentira. Esse lugar é uma bagunça. E eu tenho quase certeza que meus vizinhos me odeiam.

Eu olho para o policial a minha frente, ele não para de me encarar. Estou morrendo de vergonha, mas não posso deixar isso por conta dos meus amigos ou vai acabar muito mal.

— Olha só, a festa vai continuar por que isso aqui é uma comemoração...

Bernardo continua, preciso para-lo.

Meu namorado PolicialOnde histórias criam vida. Descubra agora