Capítulo 61

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Quando chegamos, a comida já estava pronta nos esperando. A mãe e a avó dele estavam sentadas na mesa da cozinha conversando.

– Finalmente vocês chegaram! - a mãe dele fala o abraçando.

– A culpa foi minha dona Lurdes, precisei passar na casa da minha mãe primeiro. - falo e ela me abraça também.

– E como ela está? - pergunta.

– Ela está bem melhor. Se recuperando.

Nós vamos cumprimentar a avó dele, que está sentada.

– E a senhora como está dona Glória? - pergunto me aproximando dela.

– Eu to muito bem. - responde - Como você tá bonita. Mas tá muito magra!

– Obrigada. - falo rindo - A senhora também está muito bonita.

Ela ri.

– Eu bonita? Mas eu já estou muito velha. - responde.

– Mas isso não tem nada a ver. - Rafael fala passando o braço em volta da minha cintura.

Depois de conversar um pouco, nós fomos almoçar. Hanna deu uma volta pela casa e depois se sentou em canto da cozinha e ficou quietinha nos observando.

Enquanto comíamos o assunto casamento surgiu.

– E vocês dois, vão marcar a data do casamento quando? - a avó dele pergunta.

– É verdade. - a mãe dele concorda – Será que esse casamento vai sair?

Nós nos olhamos. Estamos tão focados no bebê que não conversamos sobre o casamento ainda. Só de pensar em todas as questões para resolver...

– Bom... - Rafael limpa a garganta pensando numa resposta.

– Ainda não tivemos tempo de conversar sobre - eu falo – Mas vamos começar a planejar em breve.

– Exatamente - ele concorda - São muitas coisas para fazer, temos que ter calma.

– Não quero pressionar vocês, mas eu quero netos. - Lurdes fala.

– Sabemos disso. Mas quanto a isso, não precisa se preocupar. - Rafael fala sorridente.

– Por que não? - pergunta.

– Já estamos providenciando - ele brinca e passa a mão na minha barriga.

A mãe dele nos encara.

– Não vai me dizer que ela ta grávida!? - Lurdes põe a mão no peito.

Nós rimos e eu faço que sim com a cabeça. Ela se levanta e vem nos abraçar toda boba.

– É verdade mesmo? - pergunta.

– É sim! - respondo enquanto ela me abraça.

Depois de muito comemorar e terminarmos de almoçar fomos para a varanda conversar.

Rafael foi para a grama brincar com a Hanna de pegar o graveto. Eles ficaram assim por um tempo até voltarem para a varanda, cansados.

Eu coloquei um pouco de água e comida para ela, que trouxemos. Ela tomou a água, comeu um pouco e depois deitou perto de nós para descansar.

Estávamos conversando quando algumas galinhas apareceram e começaram a andar pelo quintal. Hanna as viu e saiu correndo e latindo na direção delas.

– Hanna! Não! - gritei, mas ela me ignorou completamente.

Eu e Rafael fomos atrás dela para tentar pegá-la. As galinhas corriam e gritavam feito malucas tentando fugir e Hanna estava determinada a capturar uma delas.

Finalmente Rafael conseguiu pegar ela antes que ela fizesse algo com alguma galinha. E eu só conseguia rir depois do susto.

Voltamos para a varanda e rimos muito disso.

– Acho que ela nunca tinha visto uma galinha na vida. - falo.

– Talvez ela só queria brincar - Lurdes.

– Eu acho que a galinha não estava disposta a descobrir - Rafael.

– A cachorra de vocês é caçadora - a avó dele fala examinando Hanna.

– Será? - pergunto – Ela foi criada num apartamento.

– E o Gilberto teria percebido, quando ficou com ela e me dito. - Rafael.

Eu os deixei conversando e fui ao banheiro. Quando voltei, Rafael estava encostado em uma cerca ali perto observando os cavalos e eu fui até lá.

– Pensando em montar? - pergunto me aproximando.

– Não. Lembrando da vez que você me desafiou e perdeu pra mim duas vezes.

– Não me lembro de ter sido assim...

Ele ri.

– Queria ver como a Hanna reage - falo encarando os animais também – Acho que ela ia gostar de nos acompanhar num passeio.

– Para ela seria de mais, uma aventura.

– Sim. - suspiro - Mas eu prefiro não tentar, acho um tanto arriscado.

– Eu também não gostaria que você fosse - ele se vira pra mim - Pode não ser bom para o bebê.

– É eu sei. Falando nisso... Agora que contamos para as pessoas mais importantes, pode contar para alguns amigos se quiser. Eu imagino que você esteja ansioso para isso.

– Sobre isso... - ele coça a cabeça - Eu contei para uma pessoa ontem.

Eu franzo a testa.

– Eu estava conversando com a Patrícia e acabei contando. Eu pedi para ela não contar a ninguém, disse que queríamos esperar mais um pouco para dar a notícia oficial.

Eu não confio muito nessa Patrícia, mas entendo ele. Eu também estou empolgada. Da vontade de sair contando para todo mundo mesmo.

– Tá chateada? - pergunta.

– Um pouco, não vou mentir. Mas tudo bem - passo a mão em sua barba.

– Mesmo?

– Sim. - falo sincera - Eu sei que por você todo mundo já estaria sabendo. Você ta se segurando para contar por minha causa. Por que eu to insegura.

– Mas já conversamos sobre isso né? Não precisa ficar com medo. Está tudo bem com o nosso bebê. - ele me tranquiliza.

– Eu sei. É que o começo é muito delicado. Precisa tomar cuidado.

Ele me puxa para um abraço.

– Evita pensar em coisas negativas, tá? Vai dar tudo certo. - ele me solta – Daqui uns anos, vamos estar aqui correndo pra lá e pra cá atrás da Hanna e da Jade.

– Jade? - sorrio franzindo as sobrancelhas.

– Não gostou? - pergunta.

– Acho que ainda é cedo para escolher um nome.

– Você disse que seu palpite era uma menina.

– Eu posso estar errada. Mas nós ainda vamos discutir sobre isso.

– Eu gosto de Jade. - ele me abraça de lado e nós voltamos para a varanda.

Começou a escurecer e nós decidimos voltar para casa. Nos despedimos da mãe e da avó dele.

– Agora vocês tem que se apressar em casar! - dona Glória fala para o neto.

– Pode deixar. - ele ri.

Meu namorado PolicialOnde histórias criam vida. Descubra agora