Ele abre a porta e me encara confuso. Esses olhos claros e essa cara de sono...
Ele abre espaço e eu entro.
— Pensei que ia sair com a Beatriz - fala fechando a porta
— Eu saí – me viro para ele — Voltei pra casa cedo mas não consegui dormir.
— Ai decidiu dirigir até aqui de calcinha e camiseta?
— Posso dormir com você? – falo dengosa
Ele ri fraco vindo em minha direção, estende o braço passando ao redor dos meus ombros e me guia até o quarto.
Nos deitamos abraçadinhos de baixo da coberta. Era só isso que eu precisava.
***
Acordo e levanto com cuidado para não acorda-lo. Coloco uma música para tocar baixinho enquanto preparo o café.
Planejei um dia incrível para nois dois. Quero passar o máximo de tempo possível com ele antes de viajar.
Estava distraída cantarolando e dançando no ritmo da música enquanto fazia tapioca, quando sinto uma mão na minha cintura.
— Ahh! – eu grito e dou um pulo de susto
Quase derrubei a frigideira.
Ele ri me abraçando por trás e deposita um beijo molhado na minha nuca.
— Bom dia pra você também! O que te fez acordar animada assim?
— Você sabe que o meu voo é amanhã né? – me viro ficando de frente pra ele
— Na verdade, eu tava torcendo para que isso fosse brincadeira.
— Queria que fosse comigo...
— Eu também queria poder ir, mas é seu trabalho e eu também tenho o meu aqui.
— Eu sei - faço beicinho encostando a cabeça em seu peito
— Ta sentindo esse cheiro? - pergunta
— A tapioca!
Eu olho para o fogão. A tapioca já estava com o fundo preto. Eu giro o botão apagando o fogo enquanto Rafael da risada.
— Droga!
— Me da aqui, deixa que eu cuido disso.
Ele assume o controle do fogão, joga a minha tapioca queimada no lixo e faz uma omelete.
Depois de tomar café, ele toma um banho e se arruma.
—Você tem mesmo que ir? Eu planejei tanta coisa pra gente fazer juntos. – resmungo entrando no quarto
— Você sabe que eu queria ficar com você, não sabe? – beija o topo da minha cabeça
Eu suspiro e concordo com a cabeça.
— A noite saímos juntos para jantar. O que você acha? - pergunta
— Por mim tudo bem. – dou de ombros
***
Eu vou para casa. Abro o portão da garagem, guardo o carro e desço do mesmo.
— Bom dia vizinha! – escuto atrás de mim
— Que merda! – sussurro batendo a porta do carro.
Segurando a barra da camisa e puxando para baixo eu me viro e olho para minha vizinha.
— Oi... Vizinha! – falo completamente sem graça
A mulher encara minhas pernas de fora.
— Eu to com um pouquinho de pressa, então eu vou subir. Mais tarde a gente conversa melhor. – falo passando por ela.
Eu tenho o dom de passar por situações constrangedoras. Entro em casa, me jogo na cama e encaro o teto.
Eu decido ligar para minha mãe. Falo para ela se arrumar pois vamos ao parque. Ela amou a ideia, ficou toda animada e desligou falando que ia ligar para Denise.
Depois de desligar, eu tomo um banho e me arrumo.
Hanna corria atrás de mim pela casa sem parar.
— Você não pode ir meu amor. – me abaixo e faço um carinho nela — Mais tarde eu te levo pra correr um pouco.
Eu coloco ração em seu pote e saio de casa.
Passo para pegar minha mãe e nois vamos para o parque. Denise disse que vai nos encontrar lá.
Depois de um tempinho de viagem, chegamos ao parque. Nois entramos e vamos passear pelo lugar.
Pouco tempo depois Denise chega com os meninos e nos encontramos perto da entrada.
Foi uma tarde muito divertida, tiramos muitas fotos juntos. Eu amei passar esse tempo com eles.
Quando a tarde caiu e o sol começou a se por, fomos embora. Já estávamos cansados. Me despedi de todos e deixei minha mãe em casa.
Voltei para casa e me joguei no sofá. Hanna apareceu com sua guia na boca e se sentou de frente pra mim me encarando.
— Ta bom, você venceu! – falo rindo e me levantando
Levo ela até a praia e nois caminhamos pela orla, estava um lindo fim de tarde. Eu posto um stories do céu e continuo caminhando com Hanna, distraída.
Eu não sei bem como, mas a guia escapou da minha mão e Hanna saiu correndo pela praia.
— Hanna! – eu saio correndo e gritando atrás dela
Consigo ver de longe um homem se abaixando e pegando ela no colo. Quanto mais me aproximo, mais acho ele familiar.
— Acho que a sua dog fugiu! – ele fala quando estou a poucos metros dele
— Guilherme? O que esta fazendo aqui? - pergunto
— Eu to trampando nesse quiosque hoje – fala me entregando Hanna
Eu a pego de seu colo e a coloco no chão, dessa vez eu enrolo a guia na mão.
— Legal...
— Por que não vem aí a noite me ver tocar? – sugere
— Eu... Tenho outro compromisso – coço a cabeça
— Sei...
— Mas se der eu dou uma passada por aqui – falo sem graça
— Beleza – limpa a garganta
Um silêncio constrangedor se forma.
— Eu vi suas fotos de hoje no parque – quebra o gelo
— É, tava passeando com a família.
— Isso é importante...
— É sim...
— Dog bonita – aponta para Hanna
— Valeu... – sorrio fraco para ele
Eu consigo ouvir um grilo fazendo CRI CRI.
— Então, o que tem de legal nesse quiosque? - pergunto
— Eu – ri — Ah, vai ter tipo um luau. Vão fazer uma fogueira, cantar umas músicas e tocar violão... E no final, eu vou entrar em cena.
— Bacana...
Hanna começa a latir e se agitar olhando para o calçadão. Eu olho na direção em que ela está latindo e vejo uma silhueta que eu conheço bem.
— Bom, eu tenho que ir. Vou começar a montar meu equipamento. – Guilherme fala olhando para Rafael e sai.
Eu olho para Guilherme indo embora e depois para Rafael, que se aproxima.
— Oi! – vou em sua direção — Como me achou?
— Seus stories – ele me da um selinho.
Percebo que ele está olhando para algo atrás de mim e olho para trás, ele e Guilherme se encaravam.
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Meu namorado Policial
Romance"O colote não me defendeu do tiro que você deu no meu coração" Larissa é uma modelo no início de sua carreira. Ela e sua melhor amiga Beatriz estão dando uma festa de aniversário com direito a Dj, piscina e uma chuva de convidados. No auge da festa...