Capítulo 23

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— Rafael?

De repente eu sinto algo puxando a minha perna e ele aparece me dando um susto. Eu dou um grito e nois começamos a rir.

Ele me puxa e me beija, eu empurro ele e mergulho na água. Ele mergulha também e nois nadamos até uma pedra e sentamos lá.

Conversamos um pouco até que de repente, Rafael se levanta e começa a subir as pedras até a parte de cima.

— O que você vai fazer? - pergunto observando ele subir

— Uma loucura! - ele grita sem olhar pra trás

— Você não vai fazer o que eu to pensando né? - eu arregalo os olhos

— Fica olhando – ele se aproxima mais da beirada e pula lá de cima caindo na água.

— Rafael! - tarde de mais, ele já pulou.

Ele sai da água rindo, vendo a minha cara de espanto.

— Calma princesa, eu sabia o que tava fazendo! - ele se senta ao meu lado novamente

— Você é maluco – nego com a cabeça e rindo aliviada — Por favor não me assusta assim mais.

— Não vou – ele passa o braço ao redor dos meus ombros e beija o topo da minha cabeça — Ta com fome?

— Morrendo! - levo a mão até a barriga que já começa a roncar

— Vamos dar um último mergulho antes de ir? - ele olha pra mim e eu assinto

Nois pulamos na água e nadamos mais um pouco. Um tempo depois nois saímos da água e vamos em direção ao carro.

Eu pego nossas roupas que estavam jogadas ali perto enquanto ele pega duas toalhas no banco de trás do carro. Nois nos secamos e vestimos nossas roupas e enfim vamos embora.

— Esse não é o caminho de casa - olho em volta e ele ri

— Você achou que nois íamos para casa? - ele fala sem tirar os olhos da estrada

— E não vamos? - franzo o cenho

— Não!

— Então onde nois estamos indo?

— Almoçar - ele ri

— Rafa! Para de fazer graça - ele ri novamente

— A gente ta indo num restaurante princesa – ele fala entrando em uma rua e parando poucos metros a frente — Chegamos!

Nois descemos do carro e entramos no restaurante. Ele leva a mão até as minhas costas, me guiando pelo local.

— Tenho a impressão de já ter vindo aqui... Mas não me lembro. - olho em volta e ele segura um sorrisinho.

— Vamos sentar nessa aqui? - ele aponta para a mesa a nossa frente e eu concordo.

Ele puxa a cadeira pra mim e eu sento, ele se senta logo em seguida também.

Alguém vem nos atender e nois fazemos o pedido e ficamos conversando enquanto esperamos.

— Queria te perguntar uma coisa... - ele estica a mão pegando na minha

— O que foi?

— Olha só se não é o casal do ano! - somos interrompidos por uma voz conhecida se aproximando.

Rafael olha em direção a voz sorrindo. Eu franzo o cenho e viro o pescoço olhando também.

— Bia? - ela se apoia na mesa olhando para nois dois

— Por que não me avisaram? Eu tinha preparado alguma coisa legal pra vocês dois.

— Foi de última hora - Rafael responde e faz um carinho na minha mão

— E você? Não reconheceu o lugar? - ela me da um tapinha no ombro

— Não, ta tão diferente... E também, tem muito tempo que eu não venho aqui. - olho em volta

— Isso é verdade... Bom, vou deixar vocês.  Aproveitem! – ela se prepara para sair dali — Por conta da casa! – sussurra e pisca para nós antes de ir.

Nois rimos vendo ela se afastar e eu me volto para Rafael.

— O que você queria falar?

— É que... Eu to preocupado. O que você acha de passar uns dias lá em casa? – eu arregalo os olhos. — Ideia ruim né? Ok finge que não aconteceu...

— Só... Não esperava.

— Eu achei que seria bom... Você não ficaria sozinha naquele apartamento, ainda mais depois do que aconteceu... – eu desvio o olhar

Só de lembrar dos acontecimentos dos últimos dias já sinto um frio na espinha.

— E também, eu vou poder cuidar melhor de você! – ele leva a mão até o meu rosto e acaricia minha bochecha.

— Pode ser bom mesmo! - falo e ele me olha empolgado

— Sério? Achei que seria mais difícil te convencer! – ele fala e eu dou de ombros

— Não vejo um porquê não!

Ele sorri pra mim e eu sorrio de volta.

O garçom chega com nosso pedido e nos serve.

— Ok. Então depois daqui, a gente passa na sua casa pra você pegar algumas coisas. - assinto

Nois almoçamos tranquilos e depois vamos para o meu apartamento, como combinado, e eu preparo uma malinha pequena com coisas essenciais.

— Pronta? - ele fala assim que me vê chegando na sala.

— Sim... – ele vem até mim e pega a bolsa da minha mão.

Nois saímos do meu apartamento, eu tranco a porta e descemos as escadas.

***

Ele coloca minha bolsa no banco de trás enquanto eu entro e coloco o cinto. Ele entra logo em seguida e nois saímos com o carro. Eu aperto o botãozinho do controle e o portão se fecha atrás de nós.

Eu conecto meu celular com o Bluetooth do carro e coloco minha playlist no aleatório, uma música da Kiiara começa a tocar e eu encosto a cabeça no vidro e fico olhando as lojas e casas.

De repente, minha mente viaja até algumas semanas atrás e eu começo a ter vários flashbacks com Guilherme. Tantos momentos felizes, de parceria, cumplicidade... Por que ele foi jogar isso tudo fora desse jeito?

Meu namorado PolicialOnde histórias criam vida. Descubra agora