Capítulo 30

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— Oi Rafael – falo atendendo o celular

— Oi princesa, já to aqui em baixo.

— Chegou cedo.

— É eu sei, é que eu precisava falar com você.

Eu noto uma certa preocupação em sua voz.

— Ok, to descendo.

Falo indo em direção ao elevador e apertando o botão do mesmo.

— Ta bom, to te esperando – ele fala e eu desligo

Entro no elevador e aperto o botão para descer.

Saindo do prédio vejo Rafael encostado no carro, me esperando. Eu caminho em sua direção e o abraço. Derrepente toda aquela energia ruim some.

— Ta tudo bem? – ele pergunta me soltando

— Sim, só... um problema que eu vou precisar resolver. – sorrio para ele

— O que aconteceu? Talvez eu possa ajudar.

— Podemos ir almoçar primeiro? Não quero falar sobre isso de barriga vazia.

— Claro. Vamos, vou te levar para ver a Bia – ele abre a porta do carro e pisca para mim

Durante o caminho eu penso no que posso fazer para ajudar Juliana, isso não pode ficar assim. Se nois não agirmos logo, vai acabar acontecendo de novo. E pode até ser pior...

Aquilo martelava tanto em minha mente que eu nem vi o tempo passar, quando me dei conta já estávamos parados em frente ao restaurante.

Assim que entro no lugar eu vou até Beatriz, que estava sentada atrás do balcão mexendo no celular.

— Oii! – ela sorri quando me vê encostando do outro lado.

— Eu preciso conversar com alguém se não eu vou enlouquecer!

— O que foi? O que aconteceu? – a cacheada fala descendo do banco de madeira preocupada

Eu olho em volta e ela entende que precisa ser uma conversa privada.

— Vem, vamos para o escritório do meu pai.

Ela pega na minha mão e me puxa para os fundos. Me levando para a sala de seu pai.

— Pronto, aqui ninguém vai nos ouvir! – ela fala encostando a porta

Ela se senta em uma das cadeiras e fica me olhando andar de um lado para o outro.

— Larissa você tá me deixando preocupada!

— Desculpa. É que é muita coisa pra processar... – falo me sentando na cadeira a sua frente

— Processar o que? Fala logo de uma vez!

— É muita coisa na minha cabeça Beatriz. Um velho pagou a Renata pra ela deixar ele assediar a Juliana... E ainda tem aquilo com o Rafael, eu não sei... Acho que eu to tendo um treco.

— Como assim a Renata vendeu uma menina pra um velho? E que parada é essa com o Rafael?

— Pois é, ela disse que precisava de dinheiro já que a agência ta falindo.

— A agência ta falindo? – ela franze o cenho

— Ai Beatriz acompanha! - bato na minha coxa

— Ta, olha só! Isso não tem nada haver com você. Você não pode fazer nada pra essa menina, a não ser dar apoio para ela. A culpa do que esta acontecendo não é de ninguém além da Renata!

— Eu sei Beatriz. Mas eu preciso fazer alguma coisa pra ajudar, podia ter sido qualquer um lá inclusive eu...

— Eu sei disso. Graças a Deus que não foi com você! Mas não fica com isso na sua cabeça, orienta ela pra procurar um advogado. Mas não perde o sono por causa disso não. – ela pega na minha mão e faz um carinho

— Ok... – eu respiro fundo

— Agora me conta o que aconteceu entre você e o Rafael.

Eu conto para Beatriz sobre hoje mais cedo, a cacheada quase faz um escândalo.

— Me conta como foi. – ela pede mais detalhes

— Eu já te contei tudo que você precisava saber!

— Aí, você é muito chata! – ela cruza os braços se encostando no descanso da cadeira

— Eu não pergunto sobre o desenvolvimento do Victor!

— Mas eu te contaria – ela da de ombros — Enfim... Então quer dizer que ele falou?

Eu concordo comprimindo os lábios.

— Larissa isso é ótimo! Eu não sei porquê você tá tão preocupada. Você finalmente encontrou alguém que realmente te ama, te respeita, faz de tudo pra te ver bem...

— Você tem razão...

— De nada! – ela responde sorrindo

***

Depois de desabafar com a minha melhor amiga eu me senti mais leve.

Almoçei com o Rafael e no caminho de volta decidi que faria outra coisa.

Mandei mensagem para o pai de Beatriz pedindo o número da advogada dele e também para ele não dizer nada a Bia para não preocupa-lá.

Entrei em contato com a advogada por mensagem mesmo e ela conseguiu liberar um horário em sua agenda para falar comigo

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Entrei em contato com a advogada por mensagem mesmo e ela conseguiu liberar um horário em sua agenda para falar comigo.

— Vou precisar do seu carro. – falo guardando o celular

— Claro princesa. Aconteceu alguma coisa? Quer que eu vá com você? – ele me olha rapidamente

— Não, esta tudo bem. Tem haver com mais cedo, quero ajudar uma amiga.

— Ok, vamos direto para a delegacia então. Eu desço e você pega o carro.

— Perfeito. Mais tarde eu te busco.

***

Meu celular toca no banco do carona e eu pego para atender, é Daphne.

— Fala rápido. Não posso falar agora Daph, to dirigindo. – falo atendendo a ligação

— A Renata tem uma reunião agora a tarde para discutir um projeto e você precisa estar lá, onde você tá?

— Ta bom. Avisa pra ela que eu não vou ta? Preciso resolver uma coisa.

— Mas é...

— Tchau Daph! – desligo e jogo o celular no banco novamente

Eu chego ao escritório da advogada, estaciono o carro e desço.

— Boa tarde, posso ajudar? – uma jovem fala assim que eu entro no local

— Eu estou aqui para ver a Aline.

— Ah sim, ela está te aguardando. Segunda porta a direita. – a moça aponta para um corredor

— Obrigada – falo caminhando até a porta da advogada

Meu namorado PolicialOnde histórias criam vida. Descubra agora