Capítulo 4

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Larissa


Já se passaram duas semanas desde a festa maluca que fizemos na minha casa e o dia do meu aniversário oficialmente chegou. Olá 21 anos!

Beatriz me pediu para passar na casa dela quando saísse do trabalho, tenho certeza que ela está preparando alguma coisa. Ela ama surpresas.

Tentei tirar alguma informação de Guilherme, é obvio que ele sabe, mas ele não me contou nada.

Minha mãe também me ligou e marcou um almoço em família amanhã. Eu não sou muito chegada nesses eventos de família, mas não posso recusar, afinal é para mim, então disse a ela que estarei lá.

Depois de um longo dia de trabalho, eu fui para a casa da Bia.

Ela fez um drink e eu a ajudei a montar uma tábua de frios.

Tudo que eu precisava agora, uma boa bebida e um tempo com a minha melhor amiga.

Enquanto conversávamos sentadas na sala, os meninos chegaram.

- Se eu disser que estou surpresa, alguém vai acreditar? - brinco observando eles entrar.

Guilherme vem em minha direção e me da um abraço.

- Feliz aniversario...

-É claro que você já sabia. - Victor.

-Ela não tem culpa se a Beatriz é previsível. - Guilherme me solta.

- Ei! - Beatriz.

Guilherme a ignora.

- Tenho uma coisa para você. - me olha.

- Gui, não precisava...

Ele abre a mão e me mostra um colar com um pingente de borboleta.

Eu me lembro de quando contei a ele que gostava.

Estávamos em uma cachoeira com o pessoal, foi uma das primeiras vezes que saímos todos juntos.

Estavam todos brincando na água, mas eu não quis entrar por que estava muito fria. Eu estava sentada na pedra tomando sol e ele veio me fazer companhia.

Enquanto a gente conversava, uma borboleta posou na camiseta dele que estava jogada a poucos centímetros de mim.

Guilherme queria mata-la, mas eu não deixei.

- Relaxa, é só uma borboleta. - falou.

- Eu gosto de borboletas.

- Serio? O que tem de mais nelas? - perguntou.

- Borboletas são símbolo de transformação, de mudança... Representa recomeço, beleza, felicidade e proteção.

Aproximei a minha mão devagar e ela subiu no meu dedo, fazendo uma cosquinha de leve.

- Toda bela borboleta, um dia foi uma simples lagarta. - observo ela bater as asas e ir embora - Precisa rastejar antes de aprender voar.

***

- Posso? - ele pergunta me trazendo de volta ao momento atual.

Eu faço que sim com a cabeça e coloco o cabelo de lado.

- Eu disse que não queria presente.

- Só aceita. Não é nada de mais.

Ele fica atrás de mim e coloca o cordão no meu pescoço.

- Obrigada. É lindo. - passo a mão no pingente sorrindo.

- Não foi difícil escolher, eu só peguei o mais brega. - implica fazendo os outros rirem.

Meu namorado PolicialOnde histórias criam vida. Descubra agora