20. The Truth

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Mark virou-se com dificuldade, encontrando um rapaz de cabelos rosados e aparentemente pouco mais novo que ele. E ele podia jurar que já tinha visto aquele cabelo em algum lado.

– Mark Lee. E tu és?

– Ah, o famoso Mark Lee. Prazer, o meu nome é Na Jaemin. - Sorriu, como se fosse a situação mais normal do mundo.

– Como é que tu consegues estar a agir tão naturalmente? E como vieste parar aqui? E quem és tu? E que sítio é este? E porque é que eu também estou aqui? E porque--

– Ei! Calma! Uma coisa de cada vez. Eu estou aqui há cerca de quatro meses, por isso é que já não tenho um ar tão surpreso. - Mark arregalou os olhos. Quatro meses? – Eu vim parar aqui mais ou menos pela mesma razão que tu, e neste momento estás sentado no chão do quarto do Lee Donghyuck.

– Espera, deixa-me processar...O quê?! - Gritou.

– Porra pá tem calma! E para de gritar, senão ele volta. - Sussurrou a última parte.

– Isto não pode estar a acontecer. Isto não pode ser real. Não pode.

– Mas é. Agora acalma-te e encosta-te aí à cama para eu te contar a bela história da minha vida.

– Eu não sei se estou muito interessado na história da tua vida.

– Queres saber porque é que estás aqui?

– Sim.

– Então ouve a história da minha vida.

Mark apenas suspirou em rendição.

– Há quatro anos atrás eu fui parar àquele colégio, tinha 15 anos. Quando cheguei lá não conhecia ninguém, mas dois rapazes vieram falar comigo. Eventualmente um deles separou-se de nós, por uma discussão, foi o Donghyuck. Então fiquei só eu e o outro rapaz, Lee Jeno.

– O Jeno?

– Conheces o Jeno?

– Conheci-o há muito tempo quando ele foi de férias para o Canadá, pura coincidência.

– Hm, então não conheces o Jeno.

– Como assim?

– Presta atenção. Como eu estava a dizer, fiquei só eu e o Jeno, e o Donghyuck com os outros dois rapazes...um americano e um tailandês, se não me engano. Nunca mais nos falámos. Eu e o Jeno tínhamos outro tipo de relação...se é que me entendes, mas nunca quisemos avançar muito, preferimos deixar no patamar mais simples. - Parou um pouco para pensar. – Passado um ano, tu chegaste, certo?

– Sim..

– E por mais que eu não falasse mais com o Hyuck, eu vi-lhe nos olhos que ele gostou de ti. Mark, ele nunca gosta de ninguém. Se for preciso nem do Chittaphon ele gosta.

– Não é bem assim..

– Também não sabes da história da chantagem do beijo?

– Sei. - Baixou a cabeça, lembrando-se das circunstâncias em que descobriu.

– Então estás só a ser burro. O Donghyuck é cruel, não é maldoso, mas é cruel e frio. E quando ele te viu, não era óbvio que ele gostava de ti, mas era nítida a curiosidade dele. Vocês passaram a ser colegas de quarto, se bem me lembro...

Mark assentiu.

– E também acabaram por se apaixonar.

– Não pelas melhores razões.

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