24. Surprises

49 7 63
                                    


Ao fim do dia os três amigos já estavam nos seus quartos, ansiosos pelo dia seguinte. Principalmente Donghyuck, para ele não era só a questão de falar com o Jeno e encontrar os dois desaparecidos, mas sim voltar a falar com o Jeno. Por chamada tinha sido extremamente difícil, ele nem queria imaginar como seria pessoalmente. Dois anos, foram praticamente dois anos sem falar com o próprio irmão, e começar tudo de novo nestas circunstâncias era estranho.
No dia seguinte encontraram-se todos à hora de almoço, sentados nos dois banquinhos verdes escuros que estavam na parte de fora do colégio.

- Donghyuck.

- J-Jeno. - Não conseguiu esconder o nervosismo que sentia ao vê-lo frente a frente sem o ignorar e seguir caminho.

- Como estão vocês?

- A aguentar-nos, sentem-se aí. - Chittaphon respondeu enquanto apontava para o banco à frente daquele em que estavam sentados. - Tu aí deves ser o Zhong Chenle, certo?

- Sim, sou eu. - O esverdeado confirmou enquanto se sentava ao lado do amigo. - Porque é que queriam falar comigo também?

- Simples, é assim, - Johnny começou, inclinando-se para a frente, colocando os braços apoiados nos joelhos. - Todos nós aqui sabemos o que se passa e sabemos que é preciso fazer alguma coisa. E obviamente que para isso precisamos de diferentes... qualidades, digamos assim. O Donghyuck e o Jeno vão por razões óbvias, eu e o Lucas vamos como o corpo da situação, a força. O Chittaphon é a nossa arma secreta, é flexível, tem estratégia, faz tudo. - Sorriu ao falar e viu o mencionado sorrir também ao receber o elogio. - Tu, Chenle, tu és o cérebro, a fonte de informação, entendes? - Viu o menor assentir com a cabeça. - Assim, meus amigos, acho que vamos conseguir tirar os dois de lá.

- Mas... De lá, de onde? - Jeno perguntou confuso.

- Tantos anos que passaram e tu continuas o mesmo compreensão lenta de sempre. - Donghyuck implicou, sentindo a paciência fugir. - , em casa do nosso querido pai.

- Em casa do pai?! Porquê o pai?

- Isto é normal? - Donghyuck olhou para os dois estrangeiros ao seu lado, recebendo risos em troca. - Tu às vezes parece que não conheces o nosso pai.

- Eu conheço-o, idiota. Só não acredito que ele chegasse ao ponto de raptar alguém.

- Pois mas chega. Tu viveste com a mãe, então eu dou-te o desconto, mas aquele homem... Ele é louco.

- E então qual é o plano?

- O plano também é relativamente simples. - Johnny voltou a falar. - As férias começam na próxima segunda, nesse dia, vamos.

- Mas hoje é sexta! - Foi a vez do Chenle se manifestar.

- Bem visto, e amanhã é sábado. - Donghyuck ironizou, não estava com paciência nenhuma para aturar aquela alface de voz esganiçada, ainda para mais sabendo que ele estava envolvido em tudo aquilo. Mas agradava-lhe o facto de ele não saber que ele sabia.

Quando combinaram e acertaram tudo, foram pelos seus respetivos caminhos. Enquanto voltavam para os seus quartos, um rapaz moreno foi contra Johnny por acidente e pediu desculpas perguntando se algum deles tinha visto o Huang Renjun.

- Huang Renjun?

- Sim, eu precisava de falar com ele mas não o encontro em lado nenhum.

- Pois eu não sei dele, mas não me importava de saber. - Johnny respondeu com um sorriso na cara. Os três olharam para ele confusos.

|•°•°Sick•°•°|Onde histórias criam vida. Descubra agora