|•°•°Sick•°•°|

21. Search I

ʟᴇᴇ ᴅᴏɴɢʜʏᴜᴄᴋ (이동혁)
|• 19 anos
|• 173 cm
|• 58 kg
|• Tipo sanguíneo: AB

|• Ansiedade
|• A1

Donghyuck olhava para a folha de papel com a mente em branco. Tinha tirado fotocópias de todas as fichas de todos os alunos e levado para o seu quarto para analisar no dia seguinte, como estava agora.
Separou nove fichas à parte: a sua, Mark, Johnny, Ten, Jungwoo, Lucas, Chenle, Jeno e Jaemin. Tinha a esperança de encontrar a mínima pista sobre o que estaria a acontecer no colégio interno masculino na periferia de Seul.

– Eu não percebo. Porquê? - Falava consigo próprio, sozinho naquele quarto, sentado na cadeira à frente da secretária. As horas passavam como vento.

ᴍᴀʀᴋ ʟᴇᴇ / ʟᴇᴇ ᴍɪɴʜʏᴜɴɢ (이민형)
|• 20 anos
|• 175 cm
|• 60 kg
|• Tipo sanguíneo: A

|• Depressão
|• D2

No meio de todas as dúvidas que rodeavam a sua cabeça naquele momento, uma sobressaía: porque é que informações como a altura, peso e tipo sanguíneo eram úteis? Para que é que os professores precisariam de saber isso? São informações básicas, mas não essenciais.

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ᴍᴀʀᴋ

Acordou com uma criatura de cabelos cor de rosa a abaná-lo e a chamá-lo repetidamente.

– Hmm... O que foi?

– Acorda!

– Eu já estou acordado! Para de me abanar!

– Ótimo. Acordei muito cedo, não me apetecia ficar aqui sozinho.

– Jaemin, passaste quatro meses aqui sozinho.

– Eu sei mas agora que tenho opção, prefiro ter companhia.

– Inacreditável. Que horas são?

– Seis horas da manhã.

– Tu acordaste-me às seis da manhã.

– Pois foi. - Sorriu simples.

O silêncio reinou ali durante longos minutos. Não por opção, mas não era como se eles tivessem muito sobre o que falar a não ser o facto de serem adolescentes com problemas psicológicos que foram parar a um colégio interno que não os permite sair de lá nem que sejam maiores de idade, e que foram raptados pelo pai doido e homofóbico dos seus namorados adolescentes também com problemas psicológicos no mesmo colégio. Não lhes pareceu uma boa ideia de diálogo naquele momento.

Ouviram passos a subir as escadas.

– Ele vem aí.

– Fazer o quê especificamente?

– Ele vem aqui todas as manhãs por volta desta hora. Ver se estou acordado. Se não estiver, ele acorda-me.

A porta é aberta, revelando o monstro que os mantinha fechados naquele quarto sem objetivo aparente.

– Ah, vejo que estão acordados. Ótimo, assim sou mais rápido a anunciar - Fecha a porta atrás de si e senta-se no chão, formando um triângulo em conjunto com os rapazes. – Que agora que vos tenho aqui aos dois, e devo admitir que tu, - Apontou para o americano. – Foste mais complicado do que eu esperava. De qualquer forma, agora que estão aqui os dois, venho falar um pouco convosco para ver se vocês entendem porque é que têm que ficar bem longe dos meus filhos.

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ᴊᴏʜɴ sᴜʜ / sᴇᴏ ʏᴏᴜɴɢʜᴏ (서영호)
|• 24 anos
|• 185 cm
|• 70 kg
|• Tipo sanguíneo: B

|• Depressão
|• D2

Mais uma vez Donghyuck não fazia ideia do que fazer com aqueles dados, não lhe eram úteis. Por enquanto nada lhe iluminava a mente.

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ᴊᴏʜɴɴʏ

Johnny estava deitado na cama, ainda debaixo dos cobertores, pensando que a pergunta indicada não era Porque é que o Mark desapareceu, mas sim Porque é que o Mark se deixou desaparecer.
Não tinha dormido quase nada durante a noite por ter ficado a pensar nisso, mas Chittaphon não tinha dormido melhor, remexia-se no colchão a cada cinco segundos.
Eram agora oito horas da manhã, Chittaphon parecia ter finalmente adormecido, pois pelo menos agora não se movia. Mas Johnny não conseguia, ele tinha quase a certeza que o pai do Donghyuck tinha levado o Mark, mas faltava ter provas... Ter quase a certeza não lhe servia de nada.
Mas se realmente tinha sido ele... Porquê? Terá sido o puro ódio que o consumia ao ver que os seus dois filhos não tinham uma orientação sexual igual à dele? Parecia uma ideia irracional, mas naqueles tempos nada parecia racional o suficiente para fazer sentido.
O que o incomodava mais era imaginar como o canadiano se estaria a sentir naquele preciso momento. Johnny sabia como a mente de Mark funcionava, principalmente porque a sua funciona da mesma forma. Consome-os por dentro, deitando-os abaixo até não haver mais forma de subir.
E a dúvida que pairava no ar mas que ninguém se atrevia a falar sobre: Será que o Mark Lee sairia disto vivo?