Capítulo 04 - Por mil anos

2 0 0
                                    

Leticia Onn

Bem dada a situação, acho que não é segredo o lugar em que eu me encontro agora... mas francamente eu já adivinho o que é que eu vou ouvir...

— Pelo amor de Deus, mal voltamos ao ano letivo e essas coisas desnecessárias já voltaram a surgir, agora, se eu não estou enganado e perdendo a memória, você, Leticia Withney é nova aqui não é mesmo? —Pergunta o diretor pra mim.

— Xeque Mate Diretor... xeque mate... mas só acho estranho você começar comigo, já que eu sou a inocente na história — Eu digo ao diretor com uma cara desconfiada.

— "Aii, eu sou muito inocente na história... e tananã, piripipi" se você não tivesse se intrometido na conversa e me xingado, talvez ele não estaria começando por você! — Diz Jeniffer me tirando do sério.

— O que? Garota, você é tonta ou se faz? Não é possível... Diretor... olha, ela é quem ficou irritada por causa de um apelido e me xingou de testuda! O que eu ia fazer? Abaixa a cabeça e seguir em frente? Mas não mesmo... — Eu tento explicar ao Diretor.

— Eu já estava imaginando que essa conversa não seria fácil, por isso me dei a liberdade e mandei a vice diretora Barbara chamar seus Pais... e olha, sua mãe já está aí na porta Senhorita Martins! — Diz o diretor com um tom sério.

— Blá, blá, blá, bateram na minha filha ingrata novamente só por que ela é uma dementadora que suga felicidade dos outros... Buá, buá, mas ela é tão boazinha... — Diz a Mãe da Jeniffer... na minha cabeça!

Eh não foi o que ela disse, e sinceramente quem liga? Mas uma parte é verdade, não foi a primeira vez, mas eu me lembro da primeira vez como se fosse ontem!

2 Anos atrás, Central Park.

— Ei Withney, o que eu disse sobre ficar de boca fechada? — Chega Jeniffer no banco aonde eu estava sentada.

— Ahn.... eu não tenho certeza do que você está falando... mas se for em relação ao Willy, bem... eu tenho certeza que ele é esperto suficiente pra descobrir que a namorada ridícula dele mente na própria cara! — Eu digo a ela.

— Você está tentando acabar com o meu namoro, e vê se para de chamar ele de Willy, só você não vê que pra ele você não é nada! E digo mais, se continuar falando com ele, dizendo bobagens, ou algo que não é verídico, que não tem provas para mostrar a ele, eu vou fazer da sua vida um inferno! — Ela me diz com uma voz séria e rosto de quem está com medo da verdade.

— Tá já chega, me cansei! — Eu digo me levantando e fechando minha mão.

Bem... o resto eu nem conto, mas tá na cara que eu dei um soco na cara dela, e olha, o olho dela ficou com um roxo bonito 'pra' um primeiro soco que eu dei na vida...

Willy Onn / Teatro da escola.

— Pegue minha mão, pegue minha vida inteira também, Pois eu não consigo evitar de me apaixonar por você... pois eu, não consigo evitar de me apaixonar por você.... (♪)

— Uau... tô impressionada... foi demais, sério! Nunca encontrei alguém cantando "Can't Help Falling In Love" — Diz uma garota que eu não reconheço.

— Valeu! Eu tô ensaiando para o festival da escola, você ouve Elvis Presley pelo visto né? — Eu agradeço e pergunto a ela.

— Sim... bem na verdade meu Avô ouvia e como eu fui criada pelos meus Avós, eu cresci ouvindo os clássicos dos anos 70,80 e por aí vai, mas essa é a canção que eu mais gosto, ah desculpa, eu sou Sarah a propósito, e não eu não sou de invadir lugares... só no caso de você pensar isso... enfim, prazer em te conhecer! — Fala Sarah ironicamente com suas bochechas ficando vermelhas.

— Ah que isso, imagina! Eu sou William, mas pode me chamar de Will ou qualquer outro apelido que venha na sua mente! Você é nova aqui Sarah? — Eu pergunto a ela.

— Sim... eu era de outra escola... porém tive que ser transferida, não estava mais gostando de lá... — Ela me fala.

— Longe de mim querer ser galã ou algo do tipo, mas se quiser eu posso te mostrar a escola, mas não agora, por que... bem por que matemática não é meu forte e eu estou matando essa aula... péssimo exemplo eu sei! Mas depois eu posso te mostrar... se quiser! — Eu falo a ela.

— Tenho uma oferta melhor, no almoço a gente pode ir em alguma lanchonete... eu pago! Adoraria conhecer você melhor, parece ser um garoto gente boa! — Ela me fala.

Eu tô vendo algo muito especial nessa garota... sei lá, eu acho ela atraente, pode ser mais uma paranoia minha e ela só quer almoçar como amigos... de qualquer forma é melhor eu não demonstrar sentimentos já... vai que eu assusto ela... ou saio de coração partido... de novo...

— Fechado! Mas assim, eu pago! Agora vem cá, você canta também? Ou sabe tocar algum instrumento? — Eu pergunto a Sarah.

— Olha... saber, saber... eu não sei não, mas fiz algumas aulas de canto... pelo Youtube... e já tentei tocar violão... mas me dei mal... acredite se quiser, mas tava tudo desafinado e era impossível de afinar! — Ela me diz esbanjando um sorriso.

— Acontece! Quando eu comecei eu tocava horrores também, era ruim demais para as pessoas... que ouviam, porém ao meu ver eu era o maior músico de todos os tempos... bem já que você canta quer ficar aqui e cantar comigo? Tenho mais algumas canções talvez você conheça... — Eu digo a ela.

— Hum... bem, eu não tenho nada pra fazer mesmo além de esperar pela Vice diretora... mas pode ser! Eu topo! Eu escolho "A Thousand Years" pode ser? Eu amo essa música... — pergunta Sarah se aproximando do mini palco.

— O coração acelerado, cores e promessas, como ser corajoso, como posso amar, quando tenho medo de me apaixonar? Mas ao assistir você sozinha, toda a minha dúvida de repente se vai... (♪) — Willy

— Um passo mais perto... Eu morri todos os dias esperando você, querido, não tenha medo, eu te amei por mil anos.... eu te amarei por mais mil! (♪) — Sarah

Algum tempo depois, Pátio da Escola / Leticia Onn.

— Você teve sorte... não vai achando que será sempre assim! — Diz Jeniffer para mim.

— Convenhamos sua própria Mãe não te tolera! Por que se tolerasse ela não teria aceitado você levar suspensão e eu uma advertência! — Eu digo a Jeniffer.

— Isso ainda não acabou Withney, acho bom saber que eu vou reconquistar o William, eu amo ele, ele é minha Vida, se eu quisesse poderia escolher outros garotos, mas não, eu quero ele, escolho ele pra ser o meu amor, o Pai dos meus futuros filhos! Ele me faz feliz, coisa que ninguém ao meu redor faz! — Diz a Jeniffer olhando nos meus olhos.

— Aiai... parece que quanto mais apanha, mais o cérebro diminui de tamanho, se liga Jeniffer, ele aprendeu a te rejeitar, acho que ele acordou pra realidade, ele é apenas seu estepe, se um dos seus Pneus fura, ele está lá de reserva, e é isso que você ama nele, a forma como ele vem com a bondade dele, com todo amor e carinho que ele pode dar! Deixe ele ser feliz com quem realmente quer ter um futuro com ele! Para de se alimentar da felicidade do garoto, ele já teve depressão e conseguiu se livrar, porém com você fazendo isso, só está fazendo tudo voltar! — Eu falo para Jeniffer e vou embora do Pátio.

— Diz isso por que nunca teve a chance de beijar ele... ou de transar com ele... nunca soube o que é um amor de verdade, você nem se quer sabe como é ser a namorada dele... então você não me entenderia, e não pense que fazendo isso você vai conseguir se aproximar dele e ficar com ele! — Diz Jeniffer.

— Eu já te disse Jenny, mas vou repetir, o Will pode nunca me amar, ele pode me ver até mesmo como uma amiga ou uma conselheira pra quando ele precisa, mas eu, no fundo do meu coração com todas as forças vou amar ele, e vou sempre desejar ver a felicidade dele, independente se eu estiver perto ou não! Então não, eu não fiz a cabeça dele por que eu amo ele e quero ele... mas sim por que você brincou com ele ao ficar com ele e outro cara ao mesmo tempo, iludindo e brincando com dois corações! Resumindo, eu fiz como uma amiga dele... — Eu falo a Jeniffer e vou embora.

AS LONG YOU LOVE ME VOL. ÚNICOOnde histórias criam vida. Descubra agora