Ciúmes

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Clary chegou em casa bem na hora do jantar, ela havia passado o dia inteiro com Rafael e se divertiu muito. Rafael era doce e gentil e a fazia rir, e principalmente a lembrar do Brasil. Ele a levou há vários lugares turísticos. Clary tinha andado tanto que suas pernas estavam doloridas. Tudo que ela queria quando chegassem em casa era tomar um banho quente e dormir, porém ao entrar na grande mansão de Valentim, Clary ouviu a voz de Jace vindo da sala de estar. Ela suspirou e foi até lá.
Clary não queria ver Jace TÃO cedo. Ele tinha sido grosseiro com ela na cafeteria. Mal falou com ela e tratou como se não a conhecesse, uma parte de Clary se sentiu magoada pelo modo como Jace a tratará. Outra parte estava confusa, pois Jace sempre foi muito doce com ela. Clary não entendeu o motivo daquela reação do loiro.

Assim que entrou na sala de estar percebeu que deveria ter ido direto para seu quarto. Na sala estava Jace, uma garota de cabelo preto e liso estava em seu colo. Era a garota que interrompeu a conversa deles no casamento da mãe.  O braço de Jace circulava a cintura marcada da garota e ela ria, parecendo muito confortável no colo do loiro. Valentim estava no outro sofá, sua mãe Jocelyn bem ao lado dele e ela sorria, parecendo estar se divertindo. Havia mais um casal também, parecendo ter a mesma idade de sua mãe e Valentim. O casal se parecia com a garota que estava no colo de Jace e Clary constatou que fossem os pais dela.

Clary até pensou em dar meia volta e sair de fininho mas sua mãe a viu antes dela colocar seu plano em ação.
Jocelyn sorriu largo para a filha.

Clary, você chegou. Finalmente. - Ela se levantou e foi até a filha, abraçando-a.

Onde estava, querida? - Valentim perguntou gentilmente.

Clary piscou. Não estava nem um pouco acostumada a ter que dar explicações para Valentim.

Com o Rafael. - Disse baixinho.

Jace estava olhando-a por cima do ombro da garota em seu colo. Ele parecia um pouco pálido e surpreso? Clary não conseguiu decifrar. A garota que Clary não lembrava o nome também a olhava, mas com desdém evidente em seus olhos.

Estávamos te esperando para jantar. - Disse Jocelyn, levando-a até os outros.
- Esses são, Thomas e Ashley. - ela os apresentou. O casal sorriu para Clary que se forçou a retribuir o sorriso.
Essa é a Violet. Filha deles e namorada do Jace.

Clary sentiu seu coração doer e por um momento parecia que tudo havia parado. Ela se sentia... Como se tivessem lhe dado um socão bem na boca do estômago.
O que era ridículo, pensava ela.
Ela nem o conhecia direito pra ter ciúmes. Além do mais, ele era filho de seu padrasto, não poderiam ter nada. E mesmo se pudessem, Clary duvidava que Jace fosse a querer. Olhando a menina que estava em seu colo, Jace tinha um tipo e Clary não se encaixava nele.

Clary se obrigou a olhá-los e sorrir forçadamente. A garota também sorriu, mostrando toda sua falsidade no sorriso. Jace a olhava com os olhos um pouco arregalados e o rosto parecia ter perdido um pouco a cor. Seu braço já não circulava mais a cintura de Violet. Ele parecia meio atordoado mas Clary não se demorou olhando-os.

— Vamos jantar. - Chamou Jocelyn.

— Mãe, eu estou um pouco cansada. Vou subir e dormir, tudo bem? - Clary disse baixo para a mãe.

Jocelyn ficou olhando-a por alguns segundos e então suspirou e sorriu.

— Tudo bem. Boa noite, querida.
- Ela beijou-lhe a bochecha.

Clary sorriu e murmurou um boa e noite e com licença a todos da sala, se dirigindo para seu quarto em seguida.

[...]

Jace estava apavorado. Sim. Ele estava realmente apavorado.
Após o encontro com Clary na cafeteria ele estava se corroendo de ciúmes e raiva. Não sabia exatamente o que estava sentindo na verdade, e foi isso que o deixou bastante irritado.
Ele foi direto para um pub, onde bebeu e se encontrou com Violet.
Jace não perdeu tempo e ficou com ela, é claro. Estava frustrado também, pois sempre que Clary estava por perto ele ficava muito nervoso e até mesmo gago. Era ridículo. Uma simples garota não poderia exercer esse efeito nele. Mas foi aí que Jace se deu conta, Clary não era uma simples garota, longe disso, ela era incrível, linda e doce.
Ele bebeu e ficou com Violet para esquecer a ruiva mas então seu pai ligou e exigiu que ele fosse para casa. Os pais de Violet também ligaram e Jace percebeu que estava ferrado. Ele não queria que Clary o visse meio bêbado e pior, com Violet. Mas ele não tinha opção, ou era ir ou ir. Simples assim.
Então Jace pegou um táxi, e ele e Violet foram até à mansão.
Para a surpresa de Jace, Clary não estava em casa e Jace constatou que ela ainda estava com o amigo brasileiro.
Ciúmes queimou em suas veias mas ele se obrigou a ignorar.
Estavam todos esperando Clary chegar para jantarem, os pais de Violet queriam conhecê-la e Jace estava seriamente pensando em dar um desculpa e dar o fora daquela casa antes de Clary chegar.
Jace havia bebido um pouco de wishky e já se sentia levemente tonto.
Clary chegou que ele nem percebeu, só quando Jocelyn falou seu nome que ele a viu. Jace queria empurrar Violet do seu colo e explicar a Clary que não era nada do que ela estava pensando.
Mas então Jocelyn a apresentou ao pais de Violet e depois a própria Violet e ainda afirmou que a garota em seu colo era sua namorada.
Jace quase gritou negando aquilo.
Clary olhou para eles com indiferença e sorriu forçadamente. Jace sabia que ela estava desconfortável ali. Tudo que ele queria era abraçá-la, mas como?
Clary provavelmente nem queria falar com ele. Jace tinha sido um pouco grosseiro com ela na cafeteria e agora isso...
Clary falou algo baixinho com a mãe e então deu boa noite para todos e foi para o quarto. Jace queria tanto correr atrás dela e então abraçá-la e beijá-la até cansar.

Ele estava apavorado. Estava com medo de Clary nunca mais olhar para ele, falar com ele. Jace se sentia até mesmo desesperado, uma bomba de sentimentos o atacou e o fato dele estar levemente bêbado não ajudou muito.
Jace tirou Violet do seu colo e saiu da sala sem dar satisfação a ninguém. Ele subiu as escadas que davam para o segundo andar e procurou o quarto de Clary. Ele não sabia qual era, havia tantos quartos mas apenas um estava com a luz acessa.
Jace se preparou e bateu na porta.
Nada aconteceu.
Ele bateu novamente e mais uma vez nada aconteceu.
Jace bateu pela terceira vez e enfim a porta se abriu, revelando uma ruiva com um longo cabelo solto, vestida com uma camisa larga que batia no meio das coxas.

Jace ficou imóvel, apenas seus olhos se mexiam. Ele foi descendo o olhar parando nas coxas de Clary e soltou um suspiro.

Pelos Deuses, a garota era a pura perfeição.

Desejo subiu pelo o corpo de Jace e ele teve que se controlar para não agarrar Clary ali mesmo.

— Então? - Ele ouviu a voz dela.
Jace voltou a olhá-la nos olhos.

Clary estava inexpressiva. Não parecia nem incomodada e nem feliz por Jace estar ali. Ele não sabia se isso era bom ou ruim.


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