IV

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preparar o jantar.

Nessa noite, seria bacalhau com natas, para ficar também para amanhã, e ainda para o meu irmão levar na segunda feira para o trabalho.

Era sem sombra de dúvidas o meu prato preferido, e eu adorava prepará-lo.

Dava trabalho, mas não me importava de fazê lo, até porque era o meu prato preferido, era tanto o meu, como o do meu pai...

Mas depois dele ter partido para longe, o meu gosto para cozinhar, já não foi o mesmo desde então...

Porque acabei perdendo no fundo quase todos os sonhos que tinha, incluído a cozinha, a restauração, o contacto com as outras pessoas, com a minha própria família, tudo...

Quando o bacalhau com natas se encontrava finalmente no forno, eu resolvi ir um pouco ate à sala de estar, descansar um bocadinho no sofá.

Até liguei à televisão, mas não estava a dar absolutamente nada de interessante, naquela altura, apenas o jornal da noite. Assim como as mesmas notícias tristes...

Fui um pouco até à parte de trás da casa, onde se encontrava um pequeno canteiro, cheio de raízes, quer fosse de cenoura, de cebola, de romã, etc.

Tanto eu como o meu próprio pai, tínhamos perdido tempo a cultivar todos aqueles legumes que a li se encontravam.

Tinha sido num dos melhores verões de toda a minha vida, no primeiro Verão que tínhamos todos passado lá naquela casa, e eu como adorava em qualquer circunstância que fosse, ajudar o meu pai, eu ajudava.

Não tinha medo de nada, nem de trabalhar e muito menos de sujar as minhas próprias mãos, aliás eu adorava mexer na terra, na areia...

Estando a li naquela casa, com todas aquelas memórias ou até mesmo recordações, de tantos bons momentos que eu própria tinha passado a li, deixava me triste, mas por outro lado feliz.

Feliz por ter tido um infância feliz, rodeada de amor e carinho.

Porque no fundo sentia, que isso nunca me tinha faltado, e ainda bem.

Quando o forno começou a apitar eu acabei correndo o mais depressa possível, até à cozinha, para o desligar, e logo de seguida comecei por colocar a mesa, para mim e para o meu irmão.

E sentindo o suave aroma a bacalhau com natas, a sair do forno, eu recordei me, de todas as refeições que tínhamos tido todos a li uns com os outros e da imensa felicidade que sentíamos por fazer parte desta família, unida e feliz...

Recordações essas que já mais voltariam...

Novamente, porque o meu pai infelizmente tinha falecido, e a nossa mãe encontrava se num lar, sem se conseguir lembrar de absolutamente nada, mas...

Claro que aquela senhora, não era a minha mãe, pois a minha verdadeira mãe, já tinha falecido à quinze anos, na altura em que eu mesma tinha nascido...

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O Meu Namorado têm AmnésiaOnde histórias criam vida. Descubra agora