O Meu Namorado têm Amnésia

VIII

Não te preocupes, o doutor já tratou dessa tua ferida, e tiveste de levar alguns pontos.
Vais ficar bem...

Quando ela me disse aquilo, eu senti um enorme alívio dentro de mim.

Mas onde estava o Samuel?

Quando a enfermeira saiu daquele quarto, eu comecei rapidamente à procura das minhas coisas, assim como do meu telemóvel, e das minhas roupas, porque queria sair da li o mais depressa possível...

Porque não sabia o que se tinha passado, mas a cima de tudo, não sabia o que tinha realmente acontecido entre o Eduardo e o Samuel, o que me deixava bastante nervosa.

Logo após dar de caras, com o doutor, vi com enorme espanto, que era o pai do Eduardo...

Bastante envergonhada, eu tentei, de qualquer forma esconder a minha cara, até que ele me disse:

_ Sofia, encontramos nos novamente, e desta vez o culpado acabou por ser o meu próprio filho...
Peço te muitas desculpas, pelo que o Eduardo te fez.
Mas acreditas estarás muito melhor sem ele...

Logo após ele ter referido o nome do Eduardo, eu perguntei lhe ligo de seguida:

_ E o Samuel , como é que ele está...?

E q o pai do Eduardo me disse estas seguintes palavras, eu acabei por respirar de alívio:

_ Ele está bem, está em casa, mas agora não te preocupes com ele, preocupa te antes contigo e com o teu estado de saúde, que se encontra todo ele bastante fraco.

Ao ouvir as palavras dele, eu comecei a pensar realmente no meu estado de saúde, e sim estava demasiado fraca, quer dizer eu mesma sentia me assim, dia após dia...

Agora pelos vistos a minha casa, passaria a ser aquele mesmo hospital, ver aquelas cores brancas, dia após dia, e aimda aquela mesma janela para o mundo exterior, a única janela que me restava...

Mas pelos vistos, não foi por muito tempo, algumas semanas depois zde eu própria ter ficado a li naquele hospital, deitada naquela mesma cama, dia após dia.

Finalmente recebi alta hospitalar, ou seja iria voltar novamente para casa, iria voltar a ver o meu irmão, e estar com aqueles que me eram mais próximos...

Incluindo o Samuel naquela altura, a única pessoa que tinha permanecido ao meu lado, nas alturas difíceis da minha vida, e que eu própria sentia realmente muitas saudade dele, de estar com ele, do cheiro dele, dos seus olhos, da sua boca a tocar na minha, de tudo...

Estaria realmente apaixonada pelo Samuel, assim como me tinha apaixonado pelo Eduardo em tempos?

Esperava que não, porque não queria de todo voltar a magoar me, e muito menos a ser magoada...

Como infelizmente já me tinha acontecido...

O pai do Eduardo, levou me a casa, naquela altura, e ao olhar durante toda a viagem, para a janela do carro em que ia, eu comecei a lembrar me, de todas as coisas boas que eu própria tinha vivido...

Assim como das coisas más, que tinham acontecido no meu passado, passado esse do qual eu própria já mais conseguiria esquecer...

Quer dizer podia tentar, mas...

Seria difícil isso vir sequer a acontecer, especialmente nesta altura.

Em que sinto, que não tenho forças para nada, nem para andar, nem para me levantar, para nada, ou quase nada...

Naquela altura bem queria ser, ou voltar a ser aquela menina cheia de forças que costumava ser.

Assim como feliz...