O Meu Namorado têm Amnésia

VII

me apenas:

_ Descansa Sofia, já não precisas de te estar a preocupar com o teu passado...
Já passou, agora olha para o teu presente...
Foca te no teu presente, ao lado de quem te merece, realmente...

Ouvindo aquelas palavras do meio irmão do Eduardo, eu própria acabei por lhe agradecer...

E dei lhe um abraço, mostrando lhe finalmente que confiava nele...

E que o Eduardo não tinha absolutamente nada, a ver a minha vida...

Pois ele também fazia parte do meu passado...

Tal e qual como o meio irmão do Eduardo me tinha dito...

E ele tinha razão...

Porque se eu deixar o meu passado me vencer, ele vai fazê lo, mas se eu própria não o permitir, isso não irá acontecer...

Por isso só preciso de ter força, mas a cima de tudo, de confiar em mim própria.

Como o meio irmão do Eduardo, me tinha acabado de dizer...

Até ao dia de hoje...

Continuámos a falar no meu quarto, sentados na minha cama, ao lado um do outro.

Ao contrário daquilo que tinha notado no Eduardo, não tinha absolutamente nada a ver, em relação ao que via no seu meio irmão...

Os seus olhos meigos castanhos, os seus lábios carnudos e ao mesmo tempo fofinhos.

Que me faziam rir, porque eu própria costumava ter algumas vezes cócegas na cara...

Eu gostava do lado querido e fofinho do meio irmão do Eduardo.

Gostava ainda da imensa alegria que ele próprio tinha dentro de si.

Mas a cima de tudo, gostava da paz que ele me trazia, e ainda da imensa amizade que ele me estava a demonstrar...

Durante todo o tempo em que estávamos um ao lado do outro...

Ele conseguia ser tudo o que o Eduardo não tinha conseguido ser realmente para mim...

E eu estava lhe eternamente grata por isso, mas a cima de tudo por estar ao meu lado, numa altura difícil como aquela tinha sido sem dúvida alguma para mim.

No final da nossa conversa, eu própria olhei para o relógio, vendo que era quase horas de almoço, eu pedi gentilmente ao meio irmão do Eduardo:

_ Gostavas de almoçar cá em minha casa hoje?

Ele, no momento, não me conseguiu dizer absolutamente uma palavra, até que começou a andar de um lado para o outro...

Talvez a pensar na resposta mais adequada que me heveria realmente de dar, até que:

_ Aceito Sofia, almoçar hoje contigo.
O Eduardo disse me que tu és uma excelente cozinheira, e eu quero sem dúvida nenhuma provar um desses teus pratos.
O que vai ser hoje o almoço?

Ele tinha realmente muita piada, e eu mesma ainda não tinha pensado bem, no que faria para o almoço, mas estando na cozinha, talvez me surgisse alguma coisa na cabeça, quem sabe?

Descemos ambos as inúmeras escadas, até lá a baixo à cozinha, para eu própria ter alguma ideia, à cerca do que haveria ou não cozinhar, até que...

O meio irmão do Eduardo pediu me para fazer lhe uma salada, e foi exatamente isso, que eu própria comecei a preparar.

Mas primeiro teria de ir ao quintal, buscar alguns legumes, que teria de usar naquela sala, que faria para o almoço daquela tarde...