Capítulo 13

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Não demorou muito tempo para as pessoas especularem se os dois tinham retomado o noivado. Nina trabalhava dobrado até usar totalmente suas energias, para que pudesse ser liberada e correr para os braços de seu amado David. Já não era mais segredo para o mundo, que ele não a havia traído, e finalmente as pessoas pararam de acusá-la de injusta, ou acusá-lo de traidor, depois que souberam de tantas armações para separá-los. Já que suas vidas viraram um circo, eles pelo menos contavam a verdade, para que se tivessem de serem julgados pela opinião pública, que não fossem baseados em especulações vazias, por falta de informação.

Agora já não tinham mais o que fazer, os "haters" iam continuar sendo "haters", porque são o que são, não iam mudar se não quisessem, e os fãs iam continuar os apoiando. Não havia mais nada que alguém pudesse fazer para mudar o fato de que Nina e David iam se casar e um dia formar uma família tão grande quanto a que ele sonhava em ter.

O mês de dezembro chegou mudando a paisagem de outono para um mundo iluminado, branquinho, cheio de neve nas ruas e estradas. O cheiro que vinha das lareiras das casas, quando se está queimando a madeira, era único! Marcava aquela estação do ano. Nina amava a neve! Isso também já não era novidade para ninguém. Seu encanto e deslumbramento era de tirar o fôlego. David amava a ver contemplando a natureza, flertando com o reflexo do lago que ficava de frente a cabana de montanha onde eles estavam hospedados.

Procuravam se isolar do mundo quando tinham a oportunidade de se encontrar. Uma rotina não muito sólida devido ao meio em que viviam, mas que compensava todos os outros dias que não os fora permitido estar juntos.

— O inverno, a neve, chocolate quentinho, uma cabana, um lago e meu amor... o que mais poderia uma pessoa querer?

— Vários patinhos no lago?

— Dave... — risos — Pode parar com essa história de filhos agora. Vem me azucrinando há dois meses com isso... Amor, teremos todo o tempo do mundo. Tenha fé na gente!

— Eu tenho.

— E além do mais não quero me casar com um barrigão não. Seria até legal me casar com 9 meses, barrigão enorme de fora, marcando a mudança de uma época em que mulheres eram acusadas de desonra, e indignas de um casamento visto aos olhos da igreja, se não fossem mais virgens.

— Estou gostando da ideia.

— Não quero me casar grávida. Aliás você sabe, já estamos casados. Para mim, um papel e uma pessoa nos dizendo que agora somos "marido e mulher" não vai fazer diferença alguma. Eu mesmo posso declarar todos os dias que estamos casados, embaixo de uma árvore, na beira de um rio, embaixo da chuva, do céu, das estrelas... podemos escolher fitas, pulseiras ou galhos de árvores secas, qualquer coisa pode simbolizar uma união, não só anéis de aliança.

— Eu sei disso. Você é a minha mulher, futura mãe dos meus filhos, mas eu sou uma alma antiga, eu gosto das coisas feitas assim... quero uma cerimônia para declarar minha sinceridade diante dos meus entes queridos, e dos amigos mais íntimos. Meus pais não estão ficando mais jovens, e eu gostaria muito de dar-lhes essa alegria.

— Tá... eu já concordei..., mas... já que vamos fazer isso, por que não fazemos para o mundo?

— Como assim?

— Seus fãs têm tanto direito quanto seus amigos íntimos. Sem eles nada disso seria o que era, afinal de contas.

— Eu ouvi direito? Não está sendo coerente, esta não é você.

— Não, não sou eu, mas o que ainda não foi exposto da minha vida privada? As pessoas compartilharam fotos minhas até no banheiro... pelo menos dessa vez, nós teríamos decidido quando e como, eu acho que transmitindo uma "live", acabaríamos com especulações, declararíamos que esse é um presente exclusivamente para os fãs, e que o presente deles para nós é saber que irão estar presente conosco de alma e coração, nos enviando boas energias, fortalecendo o nosso círculo de proteção...

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