Capítulo 7

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Mais um mimo zurenil pq estou em falta com vocês, espero que gostem do cap e desculpem os possíveis erros, ando bem cansada e está sendo difícil me manter presente aqui.
Agradeço os comentários <3 

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POV MACARENA

Perdi a noção de quanto tempo estávamos aqui deitadas. De frente pra ela tenho a vista perfeita de seu cabelo molhado com os fios espalhados pela cama, sua expressão é tranquila com as bochechas coradas depois de um banho quente, seus braços estão relaxados com as mãos apoiadas em cima da barriga e seus olhos estão fixos no nosso teto com papel de parede com estampa de nuvens.

— Posso saber onde estão seus pensamentos? – antes que eu posso controlar as perguntas saem e me arrependo no mesmo instante por ter feito um questionamento.

— Em como você é péssima cozinheira e que se dependêssemos de você iriamos passar fome – ela se vira de frente para mim ficando de lado e apoia o cotovelo na cama usando a mão para sustentar a cabeça, vejo a camisa branca que ela está vestida levantar um pouco mostrando mais de suas coxas, paro por instante nesse trecho buscando mentalmente se alguma vez já tinha visto ela usar branco. A verdade é que a camisa era minha e ela roubou quando estava recolhendo do varal por ter uma estampa da Frozen. Sustento o olhar em sua pele exposta por mais alguns instantes vendo um pequeno sinal ali, adorava perceber esses detalhes nela.

— Desculpa se eu nasci apenas com o dom de apreciar a culinária – vejo seu sorriso se formando, certamente com a lembrança da minha tentativa frustrada de fazer um omelete, tomei banho e em seguida esperei ela entrar no banheiro para fazer uma surpresa gastronômica que resultou em uma pasta preta queimada, o prejuízo de uma frigideira que certamente não poderia mais ser utilizada e uma caravana tomada de fumaça. Felizmente ela nos salvou com seus dotes culinários para comida árabe, em alguns minutos tínhamos um pão sírio coberto com coalhada seca com um molho feito de azeite de oliva com uma mistura de especiarias e o café feito por mim, que só precisei apertar os botões da cafeteira – da próxima vez eu prometo que consigo – ela ri balançando a cabeça em negação.

— Você nunca mais vai encostar naquele fogão Rubia – ela se deita novamente ficando de barriga pra cima, embalada pelo momento descontraído levo a mão até a ponta dos fios de seu cabelo e brinco com eles enrolando entre as pontas dos meus dedos — que? – ela vira a cabeça me olhando de forma curiosa, provavelmente questionando minha audácia por tocar nela a todo momento.

— Nada Zulema... – então solto o cabelo e levo minha mão até a lateral de seu rosto fazendo carinho com o dedo indicador, subindo e descendo por sua bochecha e sentindo a textura macia de sua pele. Agradeço mentalmente o fato dela não ter me afastado, visto que tínhamos tido uma briga mal resolvida.

— Te conheço Rubia, você quer algo – seus olhos estavam fixos aos meus, seu olhar estava penetrante como se me desafiasse a dizer aquilo que ela queria ouvir e sem pensar duas vezes as palavras saem da minha boca.

— Você sabe o que quero Zulema... você.

Imediatamente ela avança em minha direção e me segura pela nuca me puxando para um beijo, ela passa uma perna pelo meu corpo ficando por cima do meu, minhas mãos rapidamente procuram contato com sua pele, deslizo por suas coxas subindo em direção a suas costas, mergulho por debaixo do tecido da camisa e arranho suavemente a região para baixo e para cima com as pontas dos dedos e sinto sua pele se arrepiar completamente. Ela segura meu rosto com ambas as mãos e nossas línguas se tocam num ritmo deliciosamente lento, era um beijo com gosto de desejo que eu poderia ficar presa por horas.

Ela corta o contato e mordisca meu queixo me fazendo murmurar em protesto, então desce por meu pescoço deixando um rastro de beijos, como eu queria ter o poder de controlar o tempo, rebobinaria isso repetidas vezes. Tudo parecia surreal, nós duas fazendo o que temos vontade sem bloqueios, sem desentendimentos, apenas aproveitando sem pudor a química maravilhosa que possuímos. Zulema ergue o tronco para se livrar do meu pijama que sai facilmente por ser um vestido e sinto minhas bochechas queimando com seu olhar sobre meu corpo.

— Você é muito gostosa – ela morde o canto do lábio inferior e novamente sinto sua boca em contato com meu corpo agora chupando meus seios, ora com mordidas leves e intercalando em chupadas que me levam a loucura, ela inicia uma massagem carinhosa em meu clitóris por cima da calcinha e por impulso involuntário prendo as pernas em volta de seu punho deixando sua mão presa ali — calma Rubia, estou só começando.

Então ela se afasta novamente e retira a peça e após jogá-la no chão volta a atenção ao meu corpo e deslisa o dedo por minha região íntima sentindo o quanto eu estava molhada de desejo — puta merda, você está enxercada – então ela penetra o dedo médio e o retira logo em seguida, leva a boca e chupa o dedo lentamente me olhando, a cena foi o suficiente pra fazer meu interior pulsar pedindo que ele estivesse dentro de mim.

— Zulema para de conversa e me come logo! – meu pedido era um misto de súplica e ordem.

Sem pensar duas vezes ela abaixa e ajoelha fora da cama e me puxa pelas pernas e afasta as mesmas me deixando completamente exposta pra ela, levanto o corpo e me apoio com os cotovelos sobre a cama e tenho uma vista perfeita da sua ação lá em baixo, ela inicia lambidas lentas de baixo pra cima finalizando com uma chupada em meu clitóris, ela repete os movimentos algumas vezes me fazendo voltar a deitar na cama de fraqueza, aperto meus próprios seios ao sentir sua língua fazendo maravilhas em mim.

— Não pp..ara por f...avor – meu pedido sai em um sussurro entrecortado ao sentir seus dedos entrando e saindo de meu interior ao mesmo tempo que ela dá uma atenção completa a meu clitóris, ela acelera os movimentos e poucos minutos meu íntimo se contrai a cada estocada, meus gemidos são audíveis os espasmos tomam conta de meu corpo me levando as estrelas com a chegada do orgasmo.

Me encontro sem forças com os olhos fechados desejando prolongar aquela sensação por mais tempo, sinto um peso em cima de mim e abro os olhos encontrando Zulema com um olhar sereno me encarando. Ela apoia os cotovelos de cada braço no colchão me prendendo debaixo dela, seus dedos passeiam por minha testa retirando os fios espalhados.

— Você fica linda nesse estado pós orgasmo Rubia – em seguida em cola nossas bocas em um selinho lento e minha primeira reação é de espanto por receber tanto carinho dela e a segunda é o sentimento de felicidade, meu peito se enche de alegria e esperança por achar que as coisas podem funcionar de agora em diante — que foi? – ela se afasta fazendo menção de levantar ao perceber meu olho encher de lágrimas.

— Nada – imediatamente a puxo pelo braço colando nossos corpos novamente, a envolvo em um abraço e ela deita a cabeça em meu peito desnudo — está tudo bem – fecho os olhos e respiro tranquilamente com a certeza de que vou lembrar desse momento toda a vida.

Odio que no te odio | ZURENA Onde histórias criam vida. Descubra agora