IV

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—CAPÍTULO IV—
Nostalgia e cheerleaders

NOAH'S POV
Eu estava tomando o meu café preto tranquilamente quando sinto beijos começando a serem distribuídos no meu pescoço e eu rapidamente coloco a minha caneca azul na mesa e me viro para trás dando de cara com a Zoe.
—O que você quer Zoe?-eu perguntei sem ânimo
—Nossa eu não posso nem dar um carinho para o meu marido que eu já quero alguma coisa, não sou interesseira Noah.-ela disse e se sentou na cadeira ao meu lado emburrada
Eu ri sem humor
—Ah não você não é interesseira.
Ela bufou irritada e me acertou um tapa no braço, eu ia reclamar quando Lara entrou na cozinha sorridente.
—Bom dia família!-ela exclamou se sentando na cadeira na minha frente
—Você tá com febre?-eu perguntei com o cenho franzido e ela me olhou fingindo estar ofendida
—Nossa pai eu sou tão ranzinza assim a ponto de você achar que eu estou doente por estar feliz!?
Eu suspirei cansado e tomei um gole de café antes de perguntar:
—Por que você está tão feliz?-ela sorriu e deu uma mordida na sua rosquinha
—Hoje tem teste das líderes de torcida!-ela começou animada-Eu me inscrevi no meio da semana e uma das garotas que está na banca de "jurados" disse que eu tenho grandes chances de entrar.
—Tenho certeza que você vai entrar querida, você é ótima!-falou Zoe e Lara sorriu confiante, mas aquele sorriso tinha um fundo de arrogância
Aquilo me enjoava, ela era tão igual a Zoe que me deixava com pena. Lara tinha tudo para ser uma boa pessoa e se tornar muito grande, mas Zoe era sua mãe e Zoe não era nada boa.
—Vou pegar as minhas coisas, saímos em vinte minutos Lara.-eu disse e me levantei
Antes de sair da cozinha e subir para o quarto eu dei uma última olhada nas duas, que conversavam animadamente sobre os testes de líderes de torcida, e suspirei baixo. Aquilo era o que eu queria, uma família, mas não aquela família. Queria a Sina e a criança que eu não sei se é uma menina ou um menino e muito menos se ela teve, pode ser que com toda a pressão dos nossos pais ela tenha tirado o bebê.
Balanço a cabeça para espantar todos esses pensamentos, preciso me concentrar em outras coisas como o meu trabalho.
—Onde eu coloquei minha mochila?-perguntei para mim mesmo enquanto vasculhava a minha gaveta com as coisas do colégio-Zoe pode ter guardado em outro lugar por um acaso.
Começo a vasculhar as outras gavetas e nada na primeira, nada na segunda e nada na terceira. Decido olhar no meu armário e no de Zoe e se não tiver nada em algum deles eu vou estar muito ferrado, porque todas as coisas da escola estavam naquela mochila, meu pendrive, meu bloco de anotações, uma cópia das duas próximas provas de química do ano com gabarito e o estojo preto com canetas, caneta de quadro branco e um lápis com borracha na ponta.
Depois de dez minutos procurando no meu armário e no de Zoe eu finalmente achei a minha mochila no meio das coisas da Zoe. Puxo a alça dela e um livro fino de capa preta cai no chão quando a pego.
—O que é isso?-eu pego o livro do chão e passo os dedos levemente pela capa
Quando abro o livro me assusto com o que
vejo, como Zoe tinha aquilo?

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(Pg 1.)

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