Capítulo 41

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Sai de lá com a minha mãe, ela foi pra casa da tia Ari e eu fui pra boca.

Independente de tudo, favela tem que continuar e pa.

Th separava as drogas num puta ódio.

Geral calado mané.

Vitinho: Separa isso aí direito Th, tá maluco? - Bateu na cabeça dele.

Th : Foi mal aí Vitinho, tô com cabeça não cria.

Vitinho: Qual é,  pivete? Vamo atrás dos pau no cu e vamo vingar tudo aí, jae? - Th assentiu.

Desci pra cobrar os negos com o Menor.

Menor : Vou pro beco de baixo, tu fica ligado nos cana, Menor. - Assenti.

Subi pros beco de baixo. Entrando nas vielas e vi um moleque de mais ou menos 10 anos com cigarro nos dedos.

Vini : Qual é, menor? Tá fumando isso pra quê?

Xxx : Qual é o quê tio? Pode mais não? - Riu.

Vini : Tá cheio de marra pivete, relaxa aí, demorou?

Xxx: Tô só sentindo a brisa..

Vini : Da pa sentir brisa com cigarro não, acho melhor tu parar com isso aí. - Ri.

Xxx : Tu não sabe o que é melhor pra mim, não fode!

Vini : Respeita, sabe com quem tá falando? - Bati na cabeça dele.

Xxx : Quero entrar pro tráfico, tô sabendo quem é. - Moleque apontou pra mim.

Vini : Quem é então? - Peguei o fuzil.

Xxx : Vinícius, vulgo Vini filho do Vitinho. - Riu jogando o cigarro no chão.

Vini : Ta sabendo de mais. Como sabe isso aí, moleque? - Peguei ele pelo braço trazendo ele pro beco.

Xxx : Eu sou morador daqui, sei tudo.

Vini : Cadê tua mãe e teu pai, caralho?

Xxx : Minha mãe me abandonou e meu pai morreu em tiroteio daqui. - Riu.

Vini : Tá rindo por que porra? Tô mandando tu rir?

Xxx : Desculpa, tio!

Vini : Teu nome, cria? - Falei baixinho.

Xxx : Kaio. - Soltei ele.

Vini : Mas aí, teu lugar é na escola, não é em bagulho de tráfico não! - Sai.

Kaio : Da uma chance, posso ser vapor, aviãozinho sei lá. Topo qualquer coisa. Só não aguento mais passar fome! - Veio atrás de mim.

Vini : Vai achando que vamo te bancar menor, tá erradão nos teus pensamentos.

Kaio : Sei que vou ganhar se eu entrar. - Ainda tava atrás de mim.

Vini : Aí menor, vou fazer umas cobranças. Quando eu voltar passo aqui e te levo pros mano, pa nós ver o que faz contigo, sai daí não mané. - Apontei a arma pra ele que se encolheu na calçada.

Sai indo fazer cobrança no beco 10.

Chego no beco e vejo a Manu fumando maconha.

Vini :  Não sabia.. - Fechei a cara.

Manu : Não corta minha brisa! - Falou embargada.

Vini : Vim só cobrar memo, vim atrás de tu não.

Manu : Quem disse que eu queria ver tu? - Sorriu.

Vini : Tu quer ver eu toda hora.  - Cheguei perto dela.

Manu : Aí que tu se engana, gatinho! - Chegou perto da minha boca.

Vini: Eu não me engano, tô sempre certo! - Puxei o verdinho da mão dela e sai.

Manu : Filha da puta, devolve meu cigarro! - Gritou.

Deixei ela falando sozinha e sai.

Fiz minhas cobranças e voltei aonde o moleque.

Não ia deixar ele nesse estado.

Levei ele pro meu coroa, ele dava pra ser vapor e pa.

Meu pai encheu ele de perguntas e os bagulhos tudo.

Tá ligado que não pode trazer qualquer um pra cá.

Vitinho : Tu vai ficar responsável por ele, se ele roubar qualquer droga, passar a perna em nós é tu que vai pagar tudo. - Falou
firme comigo. - E tu, atira naquele gato ali pa mim ver se tu é bom de mira mermo. - Virou pro moleque.

Kaio : E..eu? Nunca peguei numa arma, tio! - Falou gaguejando.

Vitinho : Tu chegou aqui todo machão menor, dá tua arma pa ele Th.

Th passou a arma dele pro menor que não sabia nem segurar direito.

Menor : Segura isso direito se não tu vai matar geral aqui, filha da puta!

Kaio apontou pro gato e atirou.

Vitinho : Pontaria não é das melhores, mas da pro gasto. - Chegou perto dele. - Aí, se tu for x9 de algum lugar, tu desce.

Percebi o medo no olhar dele e meu pai saiu.

Tudo Aconteceu 2. CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora