9 - O adeus

370 54 6
                                    

   Às oito em ponto Luka chegou. Mari abriu a porta e quando ia beijá-lo ele virou o rosto.

Mari:— Ei, o que houve?

Luka:— Então, é sobre isso que precisamos conversar.

Mari:— Entre. Pode falar (os dois sentaram-se no sofá)

Luka:— Mari, quando eu voltei pro Canadá, passei uma semana no hospital cuidando da minha mãe. Nesse tempo, a Clara soube que a minha mãe estava doente e voltou para vê-la. Ela gosta muito da minha mãe e fez questão de ajudar eu e minha irmã nos cuidados com ela. Nesse tempo a gente conversou e ela me pediu uma explicação sobre o que tinha acontecido. Eu contei tudo a ela e ela me pediu perdão, por não ter me dado a chance de me explicar. Disse que ainda me amava e estava muito arrependida de ter ido embora. Eu estava fragilizado com tudo o que estava acontecendo, mas isso não era desculpa. A verdade é que quando eu a vi meu coração quase parou. Nós voltamos Mari...eu sinto muito por ter que te dizer isso assim...

Mari:— Tá tudo bem, Luka. Eu fico feliz por você - disse enxugando uma lágrima

Luka:—Me desculpe, baixinha. Eu te amo muito, mesmo. Você é uma pessoa extraordinária e muito especial pra mim...você vai ter sempre um lugar especial no meu coração...

Mari:— Tá tudo bem mesmo, sério. Que bom que vocês se acertaram. Eu sempre soube que você a amava e, diferente de mim, ela também te ama e o que vocês tiveram foi um mal entendido.

Luka:— Tem mais uma coisa...

Mari:— O que?

Luka:— Eu vou ser pai! Ela tá grávida!

Mari:— Luka, isso é maravilhoso! Meus parabéns!

Luka:— Obrigado! Eu estou muito feliz! Por outro lado, vou voltar para o Canadá e ficar lá de vez.

Mari:— Sério?

Luka:— Infelizmente sim. Vou ter que ajudar minha irmã na agência, já que minha mãe está afastada por tempo indeterminado. E com a chegada do bebê a Clara vai precisar mais de mim. Eu só voltei aqui porque eu precisava te dar uma satisfação pessoalmente. Não achei justo fazer isso por telefone.

Mari:— Eu te agradeço a consideração. E desejo do fundo do coração que vocês sejam muito felizes. Vou sentir saudades sim, mas sabendo que você vai estar bem, eu vou ficar bem.

Luka:— Obrigado baixinha! Isso é muito importante pra mim.

Mari:— Se a Clara não for muito ciumenta, eu posso ir visitar vocês?

Luka:— Claro! Quando o bebê nascer eu te aviso e você vai lá para conhecê-lo.

Mari:— Olha que vou mesmo, ein? - disse isso e deu um grande abraço no amigo

Luka:— Vou esperar. Agora tenho que ir. Se qualquer dia, você precisar de qualquer coisa, a hora que for, de dia ou de madrugada, pode me ligar, ouviu?

Mari:— Pode deixar! E digo o mesmo para você!

Mari:— Pode deixar! E digo o mesmo para você!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Os dois se despediram e Luka foi embora. Mari sentou no sofá e chorou. Tinha um misto de tristeza e alegria pelo amigo. Uma parte dela estava feliz por ele ter se acertado com o amor da sua vida; a outra sentia um vazio por saber que ele não voltaria. Não quis jantar. Abriu uma garrafa de vinho, bebeu e dormiu. No dia seguinte foi trabalhar e contou a todos o que tinha acontecido. Alya já sabia, Luka já tinha conversado com ela, afinal era sua chefe. Os amigos confortaram Mari que estava bem tristinha, não por perder um "namorado", mas pelo fato de que o amigo estava indo embora. 

   Todos tinham muito trabalho para fazer e Mari mergulhou de cabeça nas fotografias. Aprendeu a revelar, editar e vários outros recursos fotográficos. Resolveu estudar moda à noite para ocupar o restante do seu tempo. Nathaniel e Marc já não tinham mais o que ensinar a Mari, era um daqueles casos de que "a aluna supera o mestre". Então ela colou com Rose e foi aprender a parte administrativa: contabilidade, RH, impostos, licenças...tudo o que envolvia o funcionamento de uma empresa. Alya dizia que a garota trabalhava demais, mas Mari preferia assim. E assim ficou com eles por 3 anos.

   Marinette já não tinha mais o que aprender. Depois de Rose, ela colou com Alya e aprendeu tudo o que podia com a amiga. O mesmo fez com Nino e até como DJ ajudou ele em uma festa. Esse tempo todo em Paris ajudou Mari a se transformar em uma mulher independente. Mas faltava alguma coisa. Ela era feliz e autossuficiente, mas sentia que tinha que voltar para enterrar de vez o passado. Resolveu voltar para Londres, tinha muita saudade da mãe e mesmo estando a poucas horas de distância dela, nunca voltou. Sabine também nunca pôde tirar um tempo para ir ver a filha. Então Mari conversou com Alya, fechou seu apartamento com tudo dentro e tirou umas férias. Preferiu voltar dirigindo. Já tinha trocado sua joaninha por um modelo mais novo, mas manteve a cor vermelha e os detalhes em preto que ela tanto gostava. E assim ela fez, se despediu dos amigos com a promessa de que voltaria, afinal, Paris agora era o seu lar e seus amigos eram a sua nova família.

Por que te amo tanto?Onde histórias criam vida. Descubra agora