16 - Te amo tanto

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   Marinette acordou cedo e sentou com seu laptop para editar as fotos. Preparou tudo e foi para a cidade para imprimi-las. Pensou em passar no escritório de Felix, mas ainda não estava pronta para vê-lo. Aproveitou o dia e saiu pela cidade. Foi a algumas lojas e comprou presentes para levar para seus amigos. Passou na Cadbury e comprou chocolates maravilhosos para todos. Para Alya levou botas de couro da Barbour; na Floris comprou perfumes para Chloe e Sabrina; na Burberry comprou duas jaquetas de couro para Nath e Marc ; na Bose Store comprou fones de ouvido para o Nino e na Fortnum & Mason comprou chás, biscoitos requintados e geleias para preparar um delicioso lanche para seus amigos quando voltasse. Tinha pensado a princípio em ficar uma semana ou duas, mas depois dos acontecimentos, estava pensando em retornar a Paris no dia seguinte.

   Voltou para casa e foi informada pela sua mãe que Adrien a estava procurando. Não quis falar com ele. Quanto mais tempo estivesse perto dele, mais difícil seria se despedir. Foi para o seu quarto, arrumou suas malas e se preparou para partir no outro dia. Tomou um banho e quando acabou, sua mãe a chamou. Disse que Felix queria lhe falar. Ela não tinha mais como fugir, além do mais, ele devia estar querendo as fotos. 

   Mari se arrumou e foi ao seu encontro. Quando chegou no escritório, era Adrien quem a esperava.

Mari:— Pensei que o Felix tivesse me chamado.

Adrien:— Quer dizer que por ele você viria, mas por mim não.

Mari:— Adrien, não torne as coisas mias difíceis pra nós dois, por favor.

Adrien:— Tudo bem. Me deixe só tirar uma dúvida, depois deixo você ir embora.

   Adrien se aproximou de Mari e a beijou. Forte e intensamente. E ela correspondeu na mesma medida. Foi o beijo que ela esperou a vida toda, e era muito mais do que ela podia imaginar. Sentiu naquele momento que o amava realmente com todo o seu coração e que seria difícil demais abrir mão dele. Mas o sonho durou pouco e logo a porta do escritório se abriu: era Felix com Kioko.

Felix:— Mas o que está acontecendo aqui?

Adrien:— Felix? O que você está fazendo aqui? E Kioko? Você não estava em Tokio?

Kioko:— Estava, mas Felix me pediu que voltasse antes para resolver assuntos importantes. Pelo visto "ela" é o assunto importante, não?

Felix:— Esse é o meu escritório, Adrien. Eu tenho todo o direito de entrar nele a hora que eu bem entender. Já você, devia procurar outro lugar para os seus encontros clandestinos.

   Mari sentiu-se extremamente envergonhada, mas manteve a postura. Afastou-se de Adrien, pegou o envelope que estava em sua bolsa e o entregou a Felix. Dirigiu-se à porta, olhou para Kioko e lhe disse "sinto muito por isso tudo". Saiu e deixou os três ali discutindo. Voltou para o seu quarto, pegou suas coisas e colocou tudo em seu carro. Foi até a cozinha e despediu-se de todos que estavam ali, inclusive de sua mãe. Sabine pediu que a filha a acompanhasse até o quarto, pois precisava lhe falar algo.

Sabine:— Filha, por que vai embora agora, já está escuro...deixe para ir amanhã cedo.

Mari:— Não dá, mãe. Eu não posso mais ficar aqui. Eu já causei problemas demais para essa família. Não quero que minhas ações ou minha presença prejudiquem mais ninguém. Estou indo agora, eu vou ficar bem. Quando a senhora sentir saudades de mim, vá a Paris para me ver e para passear um pouco. A senhora nunca tira férias! Vou amar passear com você por lá e lhe mostrar tudo. Mas pra cá eu não volto mais, mãezinha. Não dá pra mim, ainda mais agora.

Sabine:— Eu tinha medo que isso um dia acontecesse. Filha, tem uma coisa que eu quero lhe dar.

   Sabine abre a gaveta e pega um cartão de banco. 

Sabine:— Toma, filha. Isso é pra você.

Mari:—Mãe, pra que isso? Eu tenho emprego mãezinha, tenho salário, não estou  precisando de nada não.

Sabine:— Não é isso filha. Seu pai sempre foi muito inteligente. Enquanto ele foi motorista do senhor Agreste, ele prestava atenção nos negócios que o homem fazia por telefone. Eu não entendo disso, mas era uma tal de bolsa de valores. Se o senhor Agreste comprava, seu pai comprava. Se ele vendia, seu pai vendia. E ele ganhou um bom dinheiro com isso. Nós abrimos uma poupança em seu nome e seu pai depositava tudo lá.

Mari:— Nossa, mãe, que loucura! Só falta você me dizer que o papai ganhou 1 milhão com ações da bolsa...-riu

Sabine:— Bem, na verdade tem quase 2 milhões nessa conta. Minha vida é aqui, eu já estou ficando velha e não tenho mais sonhos. Já você é jovem! Com esse dinheiro pode comprar uma casa pra você, começar seu próprio negócio ou fazer qualquer coisa que você quiser onde você quiser. Vai ser feliz, filha. Seja em Paris ou na China, vai ser feliz sem depender de ninguém.

Mari:— Mãe, eu nem sei o que dizer. Eu te amo tanto!!!

Sabine:— Eu também te amo, meu amor. Se cuida! E me avise quando chegar lá, tá bom?

Mari:— Pode deixar, mãezinha. Fica com Deus!

   Mari pegou sua bolsa e foi para o seu carro. Logo estava na estrada rumo a Paris. Parou algumas vezes em postos de gasolina para chorar. Seus olhos já estavam doendo. Ela nem saía do carro. Chorava até não ter mais lágrimas. Então pegava a estrada novamente e assim fez por todo o caminho até chegar a Paris. 

 

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Por que te amo tanto?Onde histórias criam vida. Descubra agora