10 - O retorno

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   Marinette pegou a estrada, ligou seu GPS e partiu para Londres. No meio do caminho parou para um café e lembrou do como era sua vida lá antes de se mudar. Analisou o quanto mudara, o quanto amadurecera, principalmente depois da partida de Luka. Eles ainda se falavam por mensagens, Luka mandava fotos do seu filho para Mari e ela ficava feliz de ver como ele estava realizado com sua família. Pensou em Adrien, como ele estaria, se já estaria comprometido com alguém, mas resolveu parar de pensar nisso tudo e voltar a dirigir. 

   Algumas horas depois chegou à mansão Agreste. Havia uma grande movimentação nos jardins: era aniversário de 60 anos de Gabriel. Ela estacionou sua joaninha e enquanto olhava tudo aquilo ao seu redor, uma lamborghini preta parou ao seu lado. Quando a porta se abriu, saiu dela um homem alto, loiro e de olhos verdes. Mari não podia acreditar que seria ele, justo ele seria a primeira pessoa que ela veria naquele lugar. Tanta gente em volta e ela tinha que encontrar justamente com Adrien Agreste.

 Tanta gente em volta e ela tinha que encontrar justamente com Adrien Agreste

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Adrien:— Não está um pouco adiantada para a festa, princesa? Se bem que...se quiser sair daqui agora comigo, eu nem venho a essa festa... - sorriu fazendo charme

   Mari estava linda! Calça de couro preta, botas de salto alto, uma jaqueta nude de grife que ganhou de presente de Chloe e óculos escuros. Seus cabelos azulados já estavam longos novamente, com uma grande franja lateral e repicado nas pontas. E um belo batom vermelho para finalizar o look!

Mari:—(Ele não me reconheceu - pensou). Você não mudou nada, Adrien...continua o mesmo galanteador de sempre...

Adrien:—Você me conhece? Então estou em desvantagem...se bem que tenho certeza de que eu jamais me esqueceria de uma mulher tão linda como você

Mari:—Eu duvido muito...-riu

Adrien:—Então, veio para a festa?

Mari:—Bem, na verdade...

   Nesse instante Felix estava passando pelo jardim quando viu os dois.

Felix:— Seja bem vinda de volta, Marinette.

Mari:— Obrigada, Felix.

Adrien:— Marinette? - disse perplexo

Felix:— Como foi a vida em Paris?

Mari:— Foi realmente muito boa.

Adrien:— Marinette? - ainda pasmo

Felix:— Não me diga que você não a reconheceu, Adrien...

Mari:— Bem, eu aposto que não...-riu

Adrien:— Você está tão...diferente...

Mari:— Paris me fez ficar diferente, em vários sentidos... 

Adrien:— Então permita-me conhecer esse seu novo lado hoje mais tarde, na festa. Faço questão que venha! - deu um beijo em sua mão

Mari:— Está bem. Nos vemos mais tarde. 

   Mari pegou sua mala e foi ver sua mãe. A mais velha nem acreditou quando viu a garota. Estava tão mudada, tão linda! As duas se abraçaram por uns instantes e logo os outros empregados vieram para vê-la. Mari tinha levado presentes para todos: vinhos, bombons, echarpes, chapéus...lembrou com carinho de cada um deles e levou uma lembrança para cada um. Estava feliz, querendo ou não a mansão Agreste sempre fora o seu lar. Lembrava dos jardins, da horta e das brincadeiras com os meninos, sentia um calor aconchegante em seu peito, mas ao mesmo tempo sentia que ali não era mais o seu lugar. Paris tinha conquistado o seu coração, e ela pretendia voltar pra lá assim que possível. 

   Foi para o quarto de sua mãe descansar um pouco. O seu velho quarto já não existia mais. Desfez as malas e deitou na cama. Pensou em Adrien, em como ele estava ainda mais lindo! Seu cabelo estava um pouco grandes e aqueles fios dourados emolduravam um rosto que sempre foi muito bonito. Com o passar dos anos, perdeu aquela carinha de rapazola e agora era um homem, robusto e elegante. E charmoso como sempre! Mari passou quase quatro anos fora e seu coração acelerou como antigamente assim que o viu. Mas aquilo era bobagem, ela agora era uma mulher feita e não podia ficar sonhando como uma adolescente. Ela tinha levado um belo vestido de gala...nunca se sabe quando uma festa pode aparecer do nada, né? Pendurou seu vestido e voltou para descansar. Tinha que estar renovada para aquela noite. Sua mãe entrou no quarto e perguntou pra que aquele vestido. Ela respondeu que tinha encontrado Adrien assim que chegou e que ele a convidara para a festa. A mais velha franziu a testa e não gostou da notícia. 

Mari:— Mamãe, fique tranquila. É só uma festa.

Sabine:— Nós duas sabemos bem que o problema não é a festa...

Mari:— Mãezinha, eu voltei porque preciso enterrar velhos fantasmas de vez. Eu sempre quis ir a uma dessas festas, fazer parte desse mundo...e agora eu posso! Eu fui convidada, mãe, não vou ficar olhando pelo muro. Por favor, eu preciso fazer isso.

Sabine:— Tudo bem, filha. Só não quero que você se magoe...algumas coisas não mudaram por aqui.

Mari—Eu sei me cuidar, mãe. Fique tranquila! (Mari abraçou sua mãe e lhe deu um beijinho)

Sabine:—Vem, vamos almoçar. Você deve estar com fome.

Mari:— Estou sim, vamos.

   E as duas saíram para almoçar junto com os demais empregados.

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